A urticária crônica espontânea é uma doença cutânea que acomete mais de 1 milhão de brasileiros, de acordo com levantamento do Instituto Ipsos Brasil. No entanto, apesar de uma prevalência tão expressiva, há bastante desconhecimento sobre o que é essa patologia, seu diagnóstico, tratamento e melhor opção de remédio para urticária crônica espontânea.
A urticária é uma condição caracterizada por inchaço na pele e lesões de bordas avermelhadas que coçam muito e aparecem subitamente – como resultado da reação do organismo a certos elementos alérgenos, fatores desencadeantes ou por razões desconhecidas.
Por sua vez, a urticária crônica espontânea, antigamente conhecida como urticária crônica idiopática, é uma condição que persiste por mais de seis semanas e que se dá na ausência de um fator externo provocador identificável, podendo estar associada ou não a angioedemas.
Desse modo, embora a causa para o problema não seja clara, o sistema imunológico parece desempenhar um papel em muitos casos. Alguns pacientes têm urticária crônica ao mesmo tempo em que apresentam outras condições, como doenças da tireoide, problemas hormonais, câncer e tireoidite de Hashimoto.
Você, algum familiar ou amigo tem a suspeita de que pode apresentar essa doença? Então, continue a leitura do artigo de hoje e saiba mais sobre a urticária crônica espontânea, como diferi-la de outros tipos de urticária, seus principais sintomas, impactos na vida do paciente, como se dá seu diagnóstico e opções de tratamento – incluindo a inovadora infusão de medicamentos. Acompanhe a seguir!
Afinal, o que é urticária crônica espontânea?
A urticária é uma doença debilitante, não contagiosa, não hereditária, multifatorial, caracterizada pela manifestação de urticas (lesões em alto relevo na pele, comumente com bordas vermelhas, que coçam bastante) e/ou, muitas vezes, por angioedema – inchaço nas camadas mais profundas da pele, que pode causar dor.
O quadro de urticária é considerado crônico espontâneo quando os sintomas não são desencadeados por nenhum fator externo identificado e reaparecem diariamente ou quase diariamente por, pelo menos, seis semanas.
Desse modo, por definição, a urticária crônica espontânea não tem um gatilho conhecido – não sendo, então, uma condição alérgica. No entanto, suas causas podem ter relação com doenças autoimunes, reações não alérgicas a alimentos, infecções agudas ou crônicas, entre outras.
Por tudo isso, essa é uma condição complexa e que pode comprometer bastante a qualidade de vida do paciente.
Por muito tempo, essa doença foi conhecida como urticária crônica idiopática. Na medicina, “idiopático” é utilizado para caracterizar patologias sem causa definida ou que surgem espontaneamente. No entanto, com o avanço dos estudos sobre o tema, chegou-se à conclusão de que muitos casos tinham um fundo ou uma relação com o sistema autoimune. Desse modo, passou-se a utilizar mais enfaticamente a denominação urticária crônica espontânea para descrevê-la.
Quais são os sintomas característicos?
Boa parte das pessoas depara-se com os sintomas da urticária crônica espontânea entre os 20 e os 40 anos.
Entre os sinais característicos desta condição, podemos destacar:
- Manifestação de urticas e/ou angioedema por, pelo menos, seis semanas;
- Lesões não descamativas, de coloração clara ou avermelhada que aparecem em intervalos irregulares de tempo;
- Lesões tendem a durar menos de 24 horas, para, depois disso, reaparecerem em outros lugares do corpo;
- Prurido intenso (coceira) nas lesões;
- Por vezes, sensação de ardência e queimação na pele.
Ainda, alguns pacientes com urticária crônica espontânea relatam sintomas sistêmicos associados à condição. Esses podem incluir:
- Dor de cabeça e fadiga;
- Dor e inchaço nas articulações;
- Chiado, rubor e palpitações;
- Sintomas gastrointestinais.
Como diferenciar esse dos demais tipos de urticária?
É muito importante detectar qual é o tipo exato de urticária manifestada, de modo a obter o tratamento adequado para a condição em específico.
De forma geral, podemos diferenciar os tipos de urticária da seguinte maneira:
- Urticária aguda: é definida como a ocorrência de urticária espontânea com ou sem angioedema por menos de 6 semanas.
- Urticária crônica: é a ocorrência de urticária com ou sem angioedema que se manifesta por 6 semanas ou mais.
Além disso, outro diferenciador são os gatilhos e as causas da condição:
- Induzida: urticárias induzidas são aquelas desencadeadas por fatores externos identificados, tais como frio, água, vibração, contato com produtos químicos, entre outros.
- Espontânea: não é desencadeada por agentes externos, como ocorre na induzida, mas por uma ação voluntária do próprio organismo, cujo motivador definitivo ainda é desconhecido.
Cabe ressaltar que o paciente pode apresentar mais de um tipo de urticária. De fato, há estudos que afirmam que até 45% dos pacientes com urticária espontânea podem apresentar também manifestações clínicas típicas induzidas por um gatilho específico.
Prevalência e grupos de risco para a urticária crônica espontânea
A urticária crônica espontânea é considerada o tipo de maior prevalência entre as urticárias crônicas. Estudos apontam que essa condição afete até 1% da população em geral, em algum momento de sua vida.
Há estimativas de que dois em cada três casos de urticária crônica são espontâneos, com sua incidência sendo elevada entre 20 e 40 anos de idade, sendo menos comum na infância – embora possa ocorrer em qualquer idade. Boa parte dos estudos sobre a doença relatam que as mulheres apresentam urticária e urticária crônica quase duas vezes mais vezes do que os homens.
Também é importante saber que há uma forte associação entre urticária crônica espontânea e outros distúrbios imunológicos, em particular, com doença autoimune da tireoide.
Qual é o impacto da urticária crônica espontânea na vida do paciente?
O paciente com essa condição tem diversos aspectos de sua vida prejudicados. Privação do sono, transtornos de ansiedade, depressão, falta de energia e isolamento social estão entre eles, o que, no longo prazo, sem um tratamento adequado, pode resultar em uma deterioração significativa na qualidade de vida do paciente.
Ainda, como seus sintomas apresentam natureza pública e o surgimento das lesões na pele não têm hora para surgir, quando a doença não é controlada, pode levar a cancelamentos de eventos sociais, viagens, compromissos de trabalho, etc., o que pode deixar o paciente extremamente frustrado e prejudicar sua autoestima, seu planejamento de vida e seus relacionamentos pessoais, familiares e profissionais.
De acordo com pesquisa, quase 60% dos entrevistados com essa condição desenvolveram alguma doença psicológica em decorrência dela e 56% relataram terem sofrido preconceito também em razão da patologia. Ainda, 80% deles deixaram de sair de casa e reduziram situações de convívio social.
Por tudo isso, apesar de a urticária crônica espontânea não apresentar diretamente riscos de morte, ela prejudica bastante a rotina e a vida do paciente. De acordo com estudo, seus impactos na qualidade de vida equivalem àqueles da insuficiência cardíaca grau 3.
Quando procurar um médico?
Quando perceber qualquer lesão, mancha, coceira, dor ou desconforto na pele, é muito importante buscar auxílio médico especializado. Se tais sinais já afetam sua rotina, prejudicando seu sono e suas interações sociais, procurar um médico é crucial.
Para ajudar no diagnóstico, pense sobre questões como desde quando os sintomas estão se manifestando, se houve alguma variação no quadro, se algum familiar já passou por situação semelhante, entre outras informações.
Como vimos, a urticária crônica espontânea pode gerar prejuízos impactantes para sua qualidade de vida, então, não protele a ida a um médico e o início do tratamento adequado para seu caso.
Como é feito o diagnóstico para a urticária crônica espontânea?
Ainda há bastante desconhecimento acerca dessa doença que, embora não seja rara, de modo geral, é pouco compreendida. Por isso, muitos pacientes acabam primeiramente buscando um autodiagnóstico para as lesões na pele, muitas vezes imaginando uma motivação alérgica e, com isso, acabam prejudicando sua qualidade de vida e retardando o início do tratamento. Por isso, ao surgirem quaisquer sintomas, deve-se sempre buscar auxílio médico especializado.
Cabe ressaltar também que, por vezes, essa condição é confundida com outras que apresentam manifestação cutânea, tais como vasculite urticariforme e dermatite atópica.
No caso da urticária crônica espontânea, o diagnóstico é, sobretudo, clínico, podendo também ser realizados exames laboratoriais direcionados para eliminar a hipótese de outras doenças. Um detalhado exame do histórico clínico do paciente é importante para orientar o correto diagnóstico. O médico responsável, a partir da suspeita de um quadro de urticária, irá buscar descobrir se existem fatores desencadeantes para o problema, a fim de distinguir entre um tipo e outro de urticária. Para isso, testes de provocação poderão ser realizados.
Se nenhum fator indutor de sintomas puder ser identificado, é provável que se trate de um quadro espontâneo de urticária, o que será confirmado ou não pelo médico.
Quais são as opções de tratamento para urticária crônica espontânea?
A urticária crônica espontânea é uma doença sem cura em definitivo (embora remissões voluntárias sejam possíveis), no entanto, seus sintomas são tratáveis.
O tratamento tradicional para essa condição costuma incluir o remédio para urticária crônica espontânea conhecido como anti-histamínico não sedativo. Quando esse não proporciona melhora no quadro, geralmente opta-se por elevar sua dose conforme a resposta do paciente.
Aqui, é importante ressaltar que a automedicação deve ser evitada. O desconforto causado pela manifestação dos sintomas pode realmente ser grande, porém, nesses casos, é preciso auxílio médico para encontrar a melhor e mais segura alternativa. Quando o paciente se automedica, o sucesso de seu tratamento pode ficar comprometido – assim como sua saúde, já que alguns analgésicos e anti-inflamatórios podem, por exemplo favorecer crises e piorar os sintomas.
Desse modo, se o seu tratamento atual não está apresentando os resultados esperados, pode ser hora de conhecer mais e falar com seu médico sobre a opção revolucionária trazida pelas infusões medicinais, como veremos a seguir.
Remédio para urticária crônica espontânea: a infusão de medicamentos no tratamento para urticária crônica espontânea
Para o tratamento da urticária crônica espontânea refratária ao tratamento convencional, há uma nova opção de remédio para urticária crônica espontânea, tida como uma das maiores tendências da medicina – são os chamados medicamentos biológicos ou infusões medicamentosas.
As infusões de medicamentos representam uma inovação expressivamente impactante para quem, até então, não obtinha resposta satisfatória com o tratamento padrão, sobretudo em casos mais complexos ou agravados.
Esse tipo de medicamento é produzido a partir de células vivas, diferentemente dos fármacos tradicionais, feitos via síntese química. Outro diferencial é sua forma mais eficaz de administração no paciente, já que permite que o remédio seja fornecido em taxas, volumes e intervalos programados com exatidão e de acordo com as características e necessidades de cada paciente em específico. E isso confere à terapia também mais segurança e eficácia.
Omalizumabe (Xolair®): novo remédio para urticária crônica espontânea
A infusão medicinal que revolucionou o rol de tratamentos possíveis para urticária crônica espontânea é o Omalizumabe (Xolair®). Trata-se de um anticorpo monoclonal humanizado, produzido via engenharia genética, que auxilia no bloqueio da ação autoimune do organismo e a impedir a aparição dos indesejados sintomas na pele.
Em um estudo, o tratamento com a infusão de medicamentos levou à resolução total dos sintomas em 83% dos pacientes com urticária crônica espontânea. De ação rápida, o medicamento ajuda a dar alívio mais célere aos incômodos sintomas da condição.
Ele também tem se mostrado um alento para os pacientes que, até então, enfrentavam efeitos colaterais intensos com outros tratamentos, podendo ser recomendado para o tratamento de urticária crônica espontânea de adultos e jovens acima dos doze anos.
Diagnóstico e tratamento para urticária crônica espontânea na Clínica Croce
Conforme pesquisa realizada pelo Instituto Ipsos Brasil, entre os participantes com urticária crônica espontânea, 79% primeiramente foram diagnosticados como sendo alérgicos antes de obterem a identificação correta de sua condição. A partir de dados como esse, fica claro como é importante buscar auxílio médico especializado – isso faz toda a diferença para agilizar o tratamento adequado e retomar sua qualidade de vida, além de reduzir riscos associados à doença.
Saiba que a Clínica Croce tem entre suas especialidades o diagnóstico e o tratamento para a urticária crônica espontânea.
Localizada na zona oeste de São Paulo, a Clínica Croce foi fundada em 1973, pelo Prof. Dr. Júlio Croce, um dos primeiros médicos da Universidade de São Paulo (USP) a se especializar no tratamento de doenças alérgicas no Brasil e que, junto com outros profissionais, fundou a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).
Em 1988, a clínica foi assumida pelo Dr. Fábio F. Morato Castro, que deu início ao centro de imunizações da Croce – que hoje é uma referência nacional. Ao longo de sua história, a Clínica Croce montou uma equipe de profissionais altamente capacitados, da USP e da UNIFESP, selecionados criteriosamente, visando oferecer o que há de melhor e mais moderno na medicina nas áreas de alergologia, imunologia, endocrinologia adulta e pediátrica, reumatologia, otorrinolaringologia, vacinas e infusões de medicamentos.
Na Croce, você irá contar com o atendimento humanizado e a avaliação científica precisa e qualificada de uma equipe renomada de especialistas que atua de modo interdisciplinar, o que potencializa um encaminhamento do caso mais integral e eficaz ao paciente.
E quando o assunto é remédio para urticária crônica espontânea, a Clínica Croce também é uma referência, sendo uma das principais especialistas no Brasil nesse tipo de tratamento. Em nossa clínica, disponibilizamos no rol de opções, o tratamento com a infusão Omalizumabe (Xolair®), que apresenta, conforme vimos, ótimas perspectivas para se aliviar os sintomas da doença e promover mais qualidade de vida ao paciente, que não verá mais sua rotina ser limitada e prejudicada pelos desconfortáveis efeitos físicos, emocionais e psicológicos da doença.
Ainda, a Clínica Croce conta com um ambiente confortável, equipamentos e metodologias de trabalho modernas e uma atenção especial ao paciente desde seu primeiro contato.
E tudo isso está à sua disposição de modo facilitado, já que a Clínica Croce trabalha com diversos plano de saúde, incluindo Bradesco Saúde, Plano de Saúde Itaú, Mediservice, Porto Seguro Saúde, SulAmérica Saúde e Convênio ABMED.
E então, agora que você já sabe mais sobre essa doença e as opções de tratamento e remédio para urticária crônica espontânea, é hora de encontrar a clínica ideal para cuidar de seu caso e de sua saúde.
A Clínica Croce está à sua disposição! Inicie seu atendimento agora mesmo.