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Alergia alimentar: o que é, sintomas e casos especiais

alergia alimentar

Você sabe o que é alergia alimentar? Essas reações exageradas do sistema imunológico podem causar sérias consequências para o organismo, como situações que causam risco de morte em casos mais graves.

Mais frequente em crianças menores de 3 anos, a alergia alimentar pode se manifestar entre 6% e 8% dessa população. Entre os adultos, as reações atingem cerca de 3% das pessoas.

Diferente da intolerância a determinados alimentos, essa alergia envolve células do sistema imunológico. Para entender melhor esta condição, como ela ocorre, seus sintomas e mais informações, continue conosco a leitura sobre a alergia alimentar!

O que é alergia alimentar?

De forma clara, a alergia alimentar é caracterizada por uma reação a um determinado alimento que envolve um mecanismo imunológico com variável apresentação clínica em sintomas que podem estar presentes na pele, sistema respiratório e sistema gastrointestinal.

As reações da alergia alimentar podem ser leves, como coceiras nos lábios, e também graves, comprometendo vários órgãos no resultado exagerado do organismo à substância presente no alimento.

Quais os fatores de risco para alergia alimentar?

Os principais fatores de risco para a alergia alimentar variam entre o histórico familiar, asma, histórico de alergia alimentar, idade e outras alergias. Quando não se conhece previamente a alergia alimentar, ou seja, os sinais e sintomas só aparecem na idade adulta, a reação pode ser facilmente confundida com a intolerância alimentar, situação que não envolve resposta do sistema imunológico, sendo mais comum e menos grave.

Qual a diferença entre alergia alimentar e intolerância alimentar?

É comum que se entenda a alergia a determinados alimentos e a intolerância alimentar como sinônimos. No entanto, tratam-se de duas condições diferentes. O que difere a alergia alimentar da intolerância é que, no primeiro caso, trata-se de uma reação imunológica mediada por IgE, que ocorre geralmente após a ingestão imediata do alimento. 

Já a intolerância, pode ser medida pelo IgG (embora haja outros fatores causadores) e seus sintomas podem demorar até alguns dias para aparecerem. Desse modo, a reação do organismo às duas condições é diferente. 

Na intolerância alimentar, registra-se dificuldades na digestão, o que acarreta diversos sintomas gastrointestinais, por exemplo. Por sua vez, na alergia alimentar nosso sistema apresenta uma resposta imunológica ao consumo do alimento, levando nosso organismo a criar anticorpos – agindo assim, como se o alimento fosse um agente agressor.

Por isso, na alergia alimentar, os sintomas e as reações tendem a ser mais céleres do que no caso da intolerância alimentar e também mais graves, podendo, inclusive, apresentar risco de morte – diferentemente da intolerância. De fato, para o portador de alergia a alimentos, tocar, inalar ou ingerir mesmo uma quantidade microscópica de uma substância alérgena pode ser fatal.

A intolerância pode se manifestar em qualquer organismo, sendo assim mais comum e frequente. Já a alergia alimentar apresenta entre seus desencadeadores um caráter hereditário, atingindo comumente diversos membros de uma mesma família, por isso, é uma condição mais rara do que a intolerância – atingindo cerca de 5% dos indivíduos adultos, conforme dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

Quais as causas da alergia alimentar?

Todos os alimentos têm potencial para causar alergia alimentar. Contudo, os mais envolvidos em quadros alérgicos são o leite de vaca, ovos, soja, trigo, peixes e crustáceos. Além disso, existe a possibilidade das reações por contaminação cruzada. 

Afinal, quem sabidamente apresenta alergia ao camarão pode não tolerar também mariscos, ostras e afins. Da mesma maneira, a sensibilidade ao amendoim pode se estender a outros grãos, como soja, feijão e ervilha.

Outra causa da alergia alimentar é a reação adversa a conservantes, corantes e outros aditivos alimentares. Entre os agentes mais comuns nesse grupo está o corante tartrazina, usado em sucos em pó, balas e gelatinas. 

Quais são os sintomas da alergia alimentar?

A alergia alimentar pode apresentar diversas formas de manifestações clínicas, variando entre sintomas respiratórios, gastrointestinais, na pele e reações mais graves. Veja quais são os sintomas mais importantes da alergia alimentar:

  • Urticária;
  • Inchaço e coceira na pele;
  • Dermatite atópica;
  • Diarreia;
  • Vômito;
  • Dores abdominais;
  • Tosse;
  • Chiados no peito;
  • Rouquidão;
  • Queda da pressão arterial;
  • Aperto no peito;
  • Dificuldades para respirar;
  • Alterações dos batimentos cardíacos.

Alergia alimentar em bebês: como ocorre?

Entre os fatores que contribuem para a maior predisposição à alergia alimentar na infância estão o contatos com alimentos potencialmente alergênicos, herança genética, privação do leite materno, parto cesariano e imaturidade da mucosa gastrointestinal.

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Quando um destes fatores está presente e causa alergia alimentar, o sistema imunológico do bebê identifica alguns alimentos específicos como prejudiciais. Veja os alimentos que causam mais alergias em bebês: 

  • Leite de vaca e derivados, como leite em pó, manteiga, soro de leite, soro de leite coalhado, bebida láctea, leite fermentado, requeijão, queijos em geral;
  • Ovo e derivados, como merengue, gemadas;
  • Amendoim e alimentos com sua presença, como proteína hidrolisada de amendoim, óleo de amendoim, farinha de amendoim, pasta de amendoim;
  • Soja e derivados, como missô, shoyu, tofu, farinha de soja, fibra de soja, extrato de soja, molho de soja, proteína texturizada de soja.

A alergia alimentar pode ter complicações?

A alergia alimentar muitas vezes não é valorizada como uma doença perigosa. No entanto, seus sintomas podem ser muito graves, assim como fatais. Em certos casos, o mínimo contato com um alimento que contenha um alérgeno ou a ingestão acidental de ingredientes ocultos na alimentação podem colocar a vida da pessoa em risco, devido à anafilaxia. 

O risco para complicações graves da alergia alimentar é ainda maior quando existem doenças associadas, como a asma, por exemplo. Da mesma forma, doenças cardiovasculares e outras mais raras, como a mastocitose (infiltração de mastócitos, células que armazenam mediadores químicos da inflamação) na pele e em outros órgãos. 

Além disso, o risco é aumentado em bebês, crianças e adolescentes. A esofagite eosinofílica também deve ser considerada uma complicação diante da alergia alimentar, veja o motivo. 

Esofagite eosinofílica

A esofagite eosinofílica é uma doença caracterizada pela presença de grande número de eosinófilos, tipo especial de células que desempenham um importante papel na resposta do organismo a reações alérgicas, participando da proteção contra parasitas e contribuindo para a inflamação diante de fatores alérgicos.

Na esofagite eosinofílica, os eosinófilos podem causar inflamação no esôfago. Inflamações essas que podem causar o endurecimento ou estreitamento do órgão que, por sua vez, pode conduzir a deglutição com dificuldade, ou mesmo causar a impactação do alimento no esôfago.

Da mesma forma, o refluxo esofágico pode aumentar a presença de eosinófilos, contudo, em menor número. Dessa maneira, as duas doenças podem coexistir. Na presença da esofagite eosinofílica, há a melhora após o tratamento do refluxo com inibidores da bomba de prótons (medicamentos como omeprazol e pantoprazol). 

Ainda que os eosinófilos possam ser encontrados no trato gastrointestinal de uma pessoa saudável, quando presente no esôfago, comumente sugere uma condição anormal. Isso porque, enquanto outras doenças podem ocasionar a presença das células no esôfago, como o refluxo, doenças parasitárias e inflamações intestinais, a esofagite eosinofílica provoca um número elevado de eosinófilos neste órgão.

A causa da esofagite eosinofílica em adultos atualmente não está identificada. Alguns estudos sugerem reações alérgicas como resposta a alérgenos (substância que causa reação alérgica) alimentares ou ambientais. 

A doença também pode ser causada pela genética em certos pacientes. Em alguns adultos, o histórico familiar de desordens alérgicas e de esofagite eosinofílica também dão suporte a evidências da causa genética.

Um histórico de condições alérgicas como asma, rinite, eczema ou alergia alimentar é visto, seja pela história ou por teste alérgico positivo, em até 70% de adultos com esofagite eosinofílica. 

Ainda que os adultos tratados com dieta de eliminação tenham os sintomas melhorados, a recidiva ocorre quando alguns alimentos são incorporados à dieta. Isso sugere que os alérgenos alimentares tenham papel em alguns adultos com esofagite eosinofílica.

Como tratar uma alergia alimentar?

A alergia alimentar ainda não conta com uma cura ou medicamento específico. Uma vez que é diagnosticada, alguns medicamentos podem ser usados para o tratamento dos sintomas durante a crise. Além disso, é fundamental fornecer ao indivíduo e seus familiares orientações caso novos contatos com o alimento desencadeantes sejam realizados. 

O tratamento da alergia alimentar é feito de forma a evitar que novos quadros aconteçam. Assim, orientações devem ser fornecidas por escrito para que a pessoa alérgica possa excluir e evitar alimentos que possam desencadear novamente a alergia.

O paciente em tratamento deve sempre estar atento aos rótulos dos alimentos industrializados, na busca da identificação de alimentos que possam lhe desencadear crises. Além disso, como forma de melhorar os sintomas, as infusões medicinais são alternativas fortemente recomendadas. Veja mais sobre elas.

Infusões medicinais

O avanço das novas terapias possibilita que cada vez mais pacientes possam ter acesso a tratamentos mais modernos, seguros, ágeis e eficientes para doenças nas mais variadas áreas da medicina.

Evidentemente, isso é resultado de múltiplos estudos e pesquisas em diferentes áreas, tais como química, enfermaria, fisiologia, medicina, entre outros setores que buscam cada vez mais especialização nesse nicho de conhecimento.

Assim, problemas como a alergia alimentar já podem ser tratados por meio de modernas medicações, em ambientes seguros e com o auxílio de profissionais extremamente capacitados.

Nesse contexto, a aplicação de fluidos por via intravenosa é uma forma e uma terapia já reconhecida pelos seus benefícios e que possibilita aliviar e lidar com diversas condições. 

As infusões medicinais são fornecidas em taxas, volumes e intervalos precisamente programados e de acordo com as características de cada indivíduo. Tal terapia é utilizada com frequência na realização de tratamentos mais complexos, especialmente pela segurança trazida pelo processo. 

Isso acontece pelo fato de possibilitar um controle mais preciso sobre a dosagem e, também, pela velocidade que o medicamento alcança a corrente sanguínea em casos de emergências, quando comparada a dos remédios orais.

As infusões medicinais também são recomendadas para os casos nos quais haja necessidade de administrar os medicamentos de forma lenta e constante. Além disso, para pacientes que precisam receber as drogas de forma controlada durante um longo período, o gotejamento feito por meio de uma bomba de infusão também surge como uma boa e eficiente alternativa.

Dúvidas comuns relacionadas à alergia alimentar

A alergia alimentar ainda gera grandes dúvidas em relação a alguns alimentos e formas de manifestação. Por isso, separamos as principais questões relacionadas a este tipo de alergia. Confira.

Qual a diferença entre alergia e intolerância ao leite?

Uma das principais dúvidas em relação à intolerância e alergia alimentar está relacionada ao leite. Afinal, nem sempre isso fica esclarecido, mesmo após o diagnóstico médico. A alergia alimentar ao leite acontece quando existe uma resposta imunológica à proteína do leite. 

Os sintomas após a ingestão do leite podem ser apresentados com pequenas porções, causando vermelhidão na pele, falta de ar, sangramento nas fezes, e mais. Já a intolerância à lactose está relacionada a dificuldade de digerir o leite diante do cenário de açúcar. 

Assim, na intolerância alimentar os sintomas estão relacionados ao comprometimento intestinal, como gases, diarreia e estufamento. Diferente da alergia alimentar, a intolerância não causa riscos de vida.

Suco em pó pode causar alergia?

Sim, devido ao alto teor de corante e conservante, os sucos em pó podem provocar alergias, principalmente em crianças. Essa reação pode provocar urticária, placas vermelhas na pele.

 O que é contaminação cruzada?

Quando se descobre uma alergia alimentar, o estilo de vida muda. Afinal, a pessoa deve evitar não só o alimento que potencialmente lhe cause reações, mas também outros tipos de alimentos que possam conter aquele alérgeno. 

Algumas vezes, ele pode estar escondido em bases para a preparação de pratos e alimentos, causando assim a alergia. Essa possibilidade de ter contato com o alérgeno de forma oculta, de uma forma que não foi pensada, é chamada de contaminação cruzada.

Que tipo de alergia o ovo pode causar?

O ovo pode causar reações alérgicas que variam de pessoa para pessoa, e podem ocorrer alguns minutos após sua ingestão, apresentando congestão nasal, urticária, diarreia, náusea e vômito. 

Que tipo de alergia alimentar pode fechar a garganta?

O edema de glote é uma complicação conhecida pelo fechamento da garganta. Essa complicação pode surgir durante a reação alérgica grave a alimentos, assim como na contaminação cruzada.

Como identificar o tipo de alergia? 

Uma avaliação clínica cuidadosa auxiliará o alergista a definir se os sintomas apresentados estão ou não relacionados ao quadro clínico da alergia alimentar, e definirá quais são os principais alimentos a serem testados.

Existem testes específicos para alguns alimentos, mas é importante saber que, às vezes, as suspeitas recaem sobre aditivos alimentares, principalmente corantes e conservantes e nestes casos testes alérgicos não estão disponíveis. 

Os resultados sempre deverão ser interpretados pelo médico adequadamente treinado, pois somente ele saberá a conduta correta a ser tomada. Para os tipos de alergia a alimentos e medicamentos o melhor teste é o de provocação, que só deve ser indicado e realizado pelo especialista em alergia, pois pode ter reações mais graves. Ambos exames podem ser realizados na Clínica Croce.

Clínica Croce

De forma geral, a equipe da Clínica Croce é composta por profissionais de diferentes áreas, que complementam de modo mais integral o atendimento realizado ao paciente. Ou seja, o time agrega profissionais da enfermagem, farmácia e medicina de modo a poder proporcionar um tratamento mais completo e eficaz para os pacientes.

Um corpo médico capacitado é capaz de recomendar e administrar o método mais indicado para evitar reações e obter os melhores resultados. A Croce é uma das clínicas que trabalham com infusões medicinais, sendo uma das principais especialistas no país sobre o assunto. 

Com uma renomada equipe médica, composta por especialistas da USP e da UNIFESP, a Clínica Croce oferece, desde 1973, o que há de melhor nas áreas de Alergologia e Imunologia, Endocrinologia, Endocrinologia Pediátrica e Reumatologia para proporcionar um atendimento humanizado e uma avaliação científica precisa e qualificada.

No conteúdo de hoje você pôde conferir o que é alergia alimentar, sua diferença entre a intolerância alimentar, e como é possível tratá-la. Por isso, fique atento aos sintomas que podem estar relacionados a esta condição e, caso seja necessário, procure uma clínica especializada para o diagnóstico correto e tratamento adequado.

Caso você tenha algum dos sintomas que possam representar alergia alimentar, agende sua consulta com a Clínica Croce. Por meio do atendimento via telemedicina é possível ser atendido de qualquer lugar do Brasil, sem a necessidade de estar em São Paulo, cidade sede da clínica.