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9 dicas para driblar o medo de vacinas em crianças

Dicas para driblar o medo de vacinas nas crianças

Seja em adultos ou crianças, injeções e vacinas são capazes de causar ansiedade e desconforto, seja pelo medo de agulha ou da aplicação. No entanto, é ainda cedo que precisamos enfrentar o medo de vacinas, visto que a vacinação deve ser iniciada ao nascer. 

Em momentos como este, os pais devem servir de ponto de apoio para crianças, aumentando seu vínculo de confiança e contando como um porto seguro durante a aplicação. Do contrário, a criança pode desenvolver traumas que a impeça de receber a imunização, gerando graves danos à sua saúde. Acompanhe a seguir, 9 dicas para driblar o medo de vacinas em crianças e adultos. 

Vacinas em crianças e medo de agulhas

São muitas as pessoas que sentem medo de agulha, seja para uma injeção, vacina, ao realizar um exame de coleta de sangue ou receber uma infusão de medicamentos. O pavor desse item pode ir além do simples desconforto e mal-estar, instalando o pavor no indivíduo.

O medo em excesso, ou fobia, seja de algo existente ou não, desenvolve um sentimento com necessidade de proteção extrema, na intenção de encontrar uma defesa, acolhimento ou resguardo. 

É justamente o excesso de energia direcionada para autopreservação que acaba sufocando a pessoa que a está sentindo, para impedir de seguir em frente ou mesmo lidar de maneira satisfatória com a situação.

O medo por agulhas pode despertar no indivíduo a sensação de não ser capaz de se controlar emocionalmente. Esse problema pode ficar ainda maior quando a pessoa que sente medo de agulhas não consegue realizar cuidados e manutenção à saúde do dia a dia, como: 

  • exames de sangue de rotina indicados pelo médico;
  • tomar vacinas;
  • receber infusões de medicamentos, como imunoterápicos;
  • doação de sangue;
  • terapia por acupuntura.

Pessoas com medo de agulhas têm as mesmas reações que pessoas com diferentes medos, como respiração superficial, coração acelerado e outras reações nervosas estridentes. Entretanto, a diferença que chama atenção é que no caso da agulha, o indivíduo tem tendência a desmaiar.

De acordo com especialistas, a possibilidade de desmaiar é acentuada quando o medo está relacionado a agulha, não sendo muito frequente em outras fobias. Mais da metade das pessoas que apresentam medo de agulhas apresenta histórico de desmaio diante de uma situação envolvendo vacinas, injeções ou outras necessidades para aplicação. 

Sentir medo de agulhas e vacinas pode envolver o pensamento, visão, cheiro ou dor relacionada ao objeto ou a ação de receber o tratamento. Pode variar de um leve temor, um caso moderado de taquicardia e calafrios, ou mesmo uma fobia médica em que crianças e adultos se recusam a realizar exames, evitar medicamentos, vacinas ou atendimento médico.

Ainda que seja uma fobia preocupante, o medo de agulhas ou a simples aversão à elas é bastante comum. Contudo, as pessoas que sofrem com isso acabam herdando uma predisposição genética para o desmaio, combinada com experiências negativas.

Grande parte das pessoas que sofrem com fobia de agulhas têm um parente próximo, como pai, mãe ou irmão com condições como essa. Ao ver uma agulha ou receber uma vacina, é acionado o nervo vago, responsável por provocar a dilatação dos vasos sanguíneos e diminuindo a pressão arterial e frequência cardíaca. Por esse motivo, pode-se perder a consciência por alguns minutos, resultando em um desmaio.

As consequências do medo de vacinas em crianças

A vacina é uma suspensão que pode conter um vírus de determinada doença inativado ou mesmo morto, e que ao ser introduzida no organismo desenvolve a formação de anticorpos. Até hoje, não houve nenhuma comprovação científica de que vacinas causem doenças ou contaminem o organismo humano. 

É por meio de vacinas que países como o Brasil podem erradicar enfermidades sérias como a poliomielite, tétano, rubéola e coqueluche. Contudo, retirando doenças como essas de vista, as campanhas de vacinação bem-sucedidas no passado criaram nas gerações seguintes a sensação de que as doenças desapareceram ou não são mais uma ameaça como antes. 

Entretanto, o medo do passado se difere do medo atual. Historicamente, a cultura da vacinação foi imposta no Brasil pelo medo das doenças. No entanto, hoje as pessoas cultivam o medo de vacinas. 

Há 50 anos atrás, o Brasil registrava anualmente cerca de 100 mil casos de sarampo e 10 mil casos de poliomielite. Naquela época, o programa de vacinação ainda não era bem definido pelo Ministério da Saúde e apenas alguns estados podiam oferecer vacinas sendo o acesso limitado para a população, principalmente crianças, causando um grande impacto familiar, social e econômico no sistema de saúde.

A medida que o programa de imunização foi se estruturando e se fortalecendo, a população começou a ser vacinada, entendendo a importância de estar imune a doenças contagiosas, que hoje foram erradicadas. 

É graças ao programa de imunização que casos de poliomielite, difteria e coqueluche não são mais vistos. Podemos ver que, uma das consequências da redução do número de crianças vacinadas é o aumento de sequelas e sobrecarga para serviços de saúde, que deixarão de atender outras enfermidades para cuidar dessas que poderiam ter sido evitadas por meio da vacinação. Além de um mecanismo de proteção, a vacina evita adoecimentos, sequelas irreversíveis, como cegueira, surdez e paralisia infantil, e a morte.

Impacto familiar

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), as vacinas são responsáveis por evitar entre 2 a 3 milhões de mortes por ano. No entanto, mesmo a vacinação sendo um dos maiores avanços contra doenças na história da humanidade, muitos ainda escolhem não receber a vacina, ação que provoca nova onda de epidemias. 

No último ano, estados da região norte foram atingidos por novos surtos de sarampo, doença que já havia sido erradicada há alguns anos no país. Foram mais de 10 mil casos somente no Amazonas, com 13 mortes de crianças menores de 5 anos. Tal situação poderia ter sido evitada pelo simples ato da vacinação. Além disso, a doença pode afetar o desenvolvimento neurológico e cognitivo da criança pelo resto da vida, levando-a a ter dificuldades na aprendizagem e outros problemas de saúde que podem levar a morte.

Uma das causas da volta do sarampo e de outras doenças que poderiam ser evitadas pela vacina é o movimento anti-vacina, normalmente adotado por pais de uma nova geração que não vivenciou casos de sarampo quando crianças por terem sido vacinados, não entendendo realmente a gravidade dessas doenças. 

Ao negar a vacinação para uma criança, os pais ou responsáveis estão negando a ela o direito de proteção. Por isso, o Ministério da Saúde reforça anualmente a importância de campanhas de combate à movimentos anti-vacinas. 

Impacto social das vacinas em crianças

Combater as doenças não é o único problema diante dessas preocupações. Em casos de surtos e epidemias, o impacto econômico e social também é algo. Isto porque muitas pessoas acabam deixando de visitar áreas, regiões e países por esses motivos, diminuindo o turismo e eventos internacionais, além de minimizar a circulação do dinheiro local.

Quando uma população deixa de receber a vacina, os moradores ficam susceptíveis a possibilidade de criar a circulação de agentes infecciosos que, ao se multiplicarem, não comprometem apenas aqueles que não foram vacinados. Mas, também, aqueles que não puderam ser imunizados, seja por ainda não ter idade suficiente para entrar no calendário nacional de vacinação, ou por ser portador de algum comprometimento imunológico. 

Focando na causa

Nos últimos anos, a falta de cobertura de vacinação, principalmente em crianças, se tornou uma realidade no Brasil. Especialistas apontam que, mesmo a vacinação estando disponível em áreas que antes não eram alcançadas, ocorreu uma baixa cobertura, com a população não se apresentando para receber as vacinas.

O motivo principal pode ser o sucesso de programas de imunização anteriores, que foram responsáveis por erradicar as doenças,  e a falta de informação da população, fazendo com que pais deixassem de vacinar seus filhos no momento atual por acharem que as crianças não pegariam mais tais doenças, e que a privação à vacina seria uma forma de evitar um trauma. 

Contudo, um novo movimento está sendo resgatado para demonstrar a credibilidade da vacina, fazendo com que essa população entenda que os problemas maiores são causados pela falta da vacinação, e que é possível driblar o medo de vacinas em crianças, mantendo-as seguras e garantindo sua saúde. 

Pais podem influenciar o medo de vacinas em crianças

O medo de vacinas em crianças pode ser influenciado involuntariamente pelos pais ou responsáveis, visto que, muitos acabam demonstrando apreensão quando a criança está sendo vacinada, deixando-a perceber essa reação. 

Demonstrar o próprio medo ou receio diante da vacinação é uma forma de criar pânico na criança. Ao ver os pais apresentando medo de vacinas, o filho vê seu porto seguro e protetor cedendo diante de algo que irá afetá-la. 

Por isso, encarar a vacinação, ou mesmo exames de sangue ou aplicações com naturalidade, contribui para a formação de adultos que não tenham traumas de vacinas. Além disso, o exemplo faz a diferença. Ao levar a criança para se vacinar, toda a família deve demonstrar que a ação não terá uma dor que não se possa suportar, permitindo que a criança sinta-se segura ao encarar a vacinação como algo positivo.

9 dicas para driblar o medo de vacinas em crianças

O medo de vacinas em crianças é um fator que pode piorar conforme o crescimento. Já sabendo que irão ser vacinadas, elas podem começar a sofrer antes mesmo de chegar a clínica de vacinação. Em situações como essas, os pais acabam sofrendo junto com seus filhos, o que pode influenciar o medo da criança, como vimos acima. Para driblar o medo de vacinas nas crianças, as dicas a seguir podem ser colocadas em prática.

1. Não converse de forma exagerada sobre o assunto

A fim de evitar o medo de vacinas, muitos pais acabam conversando e preparando o humor da criança com certa antecedência. Contudo, quando o momento chegar, elas poderão apresentar medo e insegurança da mesma maneira, deixando os pais ainda mais apreensivos.

O ideal é comunicar a criança pouco tempo antes do procedimento, informando qual será a vacina, porque ela é importante para sua saúde, e como ela será realizada. Talvez, isso possa ajudar a criança a passar pela situação de uma forma mais segura e conformada que anteriormente. Não se deve lembrá-la com frequência para não deixar a criança ansiosa.

2. Não omita a verdade

Dizer ao seu filho que a vacina não vai doer e que será uma simples picadinha não vai adiantar nada, e poderá até abalar a confiança da criança para com os pais, principalmente em crianças mais velhas que tenham entendimento sobre tudo. 

É preciso ser sincero, dizendo que a vacina poderá doer sim, entretanto, que a dor será suportável e que passará rápido. Dê detalhes do que irá acontecer e permita que a criança faça perguntas. Ainda que a criança demonstre não ter medo de vacinas, não deixe de segurá-lo de alguma forma, oferecendo apoio a ela.

3. Não se preocupe além do necessário

Os pais melhor do que ninguém devem saber que a vacina não machuca a criança, e sua importância na garantia de saúde e imunização dos pequenos. Ao verem o filho com medo de vacinas, os pais não deve ficar com medo nem pena. Isso pode afetar reação da criança. 

Muitos pais cometem o grande erro de não vacinar seus filhos apenas pelo fato da criança apresentar medo, gerando graves consequências para a vida da criança que ficará suscetível a doenças infecciosas. 

4. Não exagere na antecedência

Não comece a preparar a criança para a vacina com muitos dias de antecedência. Essa situação pode deixar a criança mais ansiosa e aumentar ainda mais o medo de vacinas. O ideal é informá-la um dia antes ou até mesmo, no dia da vacinação. 

É essencial lembrar de explicar para a criança a importância da vacinação para sua saúde, informando que ela será mais saudável e poderá crescer forte. Evite termos como picadinha ou gotinha. A criança deve ver a vacina como algo poderoso, que ajudará para que ela não fique doente, nem sinta-se mal. Ela precisa entender que isso deve ser feito para sua proteção. 

5. Mostre tranquilidade 

O adulto deve sempre mostrar a criança que não tem medo de vacinas, e que ir até o local da vacinação e receber a dose será algo tranquilo e rápido. Caso a criança fique assustada ao se deparar com outras que estejam chorando ou gritando no local, é importante manter a calma e explicar para o pequeno que as outras crianças podem estar chorando porque seus pais não contaram que seria algo rápido. 

6. Controle a birra

Se a criança costuma fazer birra em certas situações, certamente ela fará ao sentir medo de vacinas. É importante que nesse momento, pais e responsáveis demonstrem carinho e acolhimento, contudo, mantendo-se firmes.

O adulto deve acolher a criança com calma, olhando-a olhos nos olhos quando falar e nunca usar o tom de ameaça. Deve-se explicar novamente o que vai acontecer, enfatizando a importância da vacinação para que ela não fique doente, e por isso, deverá permitir que aconteça. 

Além disso, mostre proteção e conforto a criança, segurando em sua mão, mantendo-a em seu colo, ou tocando-a no braço enquanto a vacina é aplicada. O adulto pode até mesmo iniciar uma conversa para tentar distraí-la do momento, auxiliando para que o momento passa mais depressa na percepção do pequeno.

7. Não sofra: entenda que a vacina é o melhor para seu filho

Um dos grandes problemas que acabam desenvolvendo medo de vacinas em crianças é quando os pais acabam sofrendo pelos filhos, demonstrando pena ou medo diante da criança. 

Ainda que se trate de um bebê, os pais não devem se permitir sentimentos como esses diante do momento da vacina. A criança pode sentir a tensão do adulto, desenvolvendo também sentimentos similares. 

Para que a criança se sinta segura e protegida, os pais devem entender que aquele momento é decisivo na vida de seu filho, pois, a partir dali, ele estará imune a doenças que poderiam lhe custar a vida. Por isso, manter-se tranquilo e confiante passa à criança a sensação de que aquilo é necessário, mesmo que doa.

8. Ao prometer algo, cumpra

Muitos não acham necessário, mas uma boa forma de manter a criança comprometida a receber a vacina é prometendo um agrado após a vacinação. Seja um lanche, um brinquedo ou um passeio, se o adulto tiver prometido, ele deverá cumprir, do contrário, o laço de confiança entre pais e filhos em um momento que pode ser assustador a eles pode ser rompido. Também é preciso lembrar que, junto do agrado, a criança deve receber um abraço e um beijo. O carinho e conforto demonstram que a coragem da criança foi algo positivo. 

9. Converse antes de todas as vacinas

Mesmo que a criança não esteja mais apresentando medo de vacinas, é preciso conversar com ela sempre antes da vacinação. Retome a conversa das vezes passadas e repita o mesmo discurso: informe qual será aquela vacina, qual a importância dela na vida da criança, e como ela será realizada. Além disso, o adulto deve ajudá-la a se lembrar da vez passada, sobre como foi rápido e como a criança está saudável após recebê-la, podendo ir a escola, brincar com os amigos, correr e se movimentar sem nenhum problema.

Agora você já sabe 9 dicas para driblar o medo de vacinas em crianças. Confira a carteira de vacinação de seus filhos e não deixe nenhuma dose atrasada. Afinal, a vacinação é um direito da criança. Para evitar que seu filho aumente o temor da vacina indo até a clínica, você pode optar pela vacinação em sua própria casa!

Continue se informando sobre vacinas. Confira também quem deve tomar a vacina contra o sarampo!