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Rinite infantil: saiba como evitar e controlar a doença

Rinite infantil

A rinite infantil é uma das doenças que preocupam pais e responsáveis pelo comprometimento do bem-estar e saúde das crianças. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunopatologia (ASBAI) a rinite afeta cerca de 40 milhões de brasileiros, sendo as crianças um importante número entre os alérgicos.

Ainda que a rinite infantil dificilmente evolua para quadros graves, a doença pode comprometer a qualidade de vida da criança, principalmente durante estações mais frias, como outono e inverno.

Os sintomas da rinite alérgica muitas vezes passam despercebidos, visto que pais acabam confundindo a enfermidade com um resfriado. No entanto, a persistência acaba levando ao diagnóstico. A seguir, conheça melhor a rinite infantil e as melhores formas de evitar a doença!

O que é rinite infantil?

As alergias de origem respiratória estão cada vez mais presentes na realidade da população. Fatores como a crescente poluição, ácaros e a péssima qualidade do ar podem desencadear quadros alérgicos.

A rinite infantil alérgica consiste em uma inflamação crônica da membrana mucosa que reveste as vias nasais da criança. Uma vez provocada a reação, o indivíduo enfrenta uma série de sintomas, que vão desde a necessidade de respirar pela boca, até a rinorreia e a falta de olfato.

A rinite infantil pode ser considerada a alergia de maior prevalência entre as crianças. Esse problema global de saúde pública afeta a qualidade de vida, prejudicando o período produtivo e podendo resultar em absenteísmo ao trabalho e à escola.

Sendo assim, a prevalência crescente desta doença, o seu impacto no bem-estar da criança e o prejuízo social atrelado a ela apontam para a necessidade de opções terapêuticas eficazes para combater os seus sintomas.

Quais as causas comuns da rinite infantil?

Apesar de a rinite infantil ser bastante comum, muitos desconhecem que o fator genético e hereditário desempenha um papel marcante no desenvolvimento da doença. Casos de doenças atópicas reforçam a etiologia alérgica do quadro, mas é importante ressaltar que o paciente não nasce hiperreativo, mas sim com a capacidade de se sensibilizar a determinados fatores. Isso significa que é possível conviver com dadas substâncias durante muitos anos, e desenvolver a sensibilidade apenas tardiamente.

Essa característica pode ser herdada dos pais — estima-se que quando um homem e uma mulher alérgicos têm um filho, a probabilidade de a criança ser alérgica é de 50%. Ainda que nenhum deles possua alergia, é possível que o descendente apresente manifestações alérgicas, como a rinite infantil.

O mecanismo imunológico envolvido na rinite alérgica é mediado por anticorpos da classe IgE, e o principal agravante para as crises são os alérgenos ambientais, como ácaros, fungos e o pólen.

No Brasil, a poeira doméstica é a principal responsável pela rinite alérgica, pois o clima quente e úmido do país favorece a sua multiplicação. Os ácaros se adaptam com grande facilidade ao ambiente domiciliar e se proliferam especialmente em colchões e estofados.

Sintomas de rinite em crianças

Rinite infantil

A rinite infantil é uma manifestação crônica desencadeada pela exposição contínua a alérgenos do ambiente. Quando as crianças apresentam obstrução nasal persistente, coçam o nariz, olhos e/ou ouvidos e têm crises de espirros, pode ser que tenham rinite infantil.

Outros sintomas comuns são: irritação na garganta, lacrimejamento, tosse, congestão nasal, diminuição do olfato e da audição, olheiras, fadiga, irritabilidade, dores de cabeça e dificuldades para dormir. A criança apresenta esses sintomas quando entra em contato com as substâncias as quais é alérgico, ou seja, os alérgenos. Quanto maior for essa exposição, mais intensos costumam ser os sintomas experimentados.

É comum que esses sintomas apareçam minutos após o contato com o alérgenos e que se manifestem até cerca de quatro a seis horas depois, prejudicando o rendimento escolar e profissional durante as crises.

A iniciativa ARIA classifica em diferentes tipos, tendo por base a frequência e intensidade dos sintomas, e seu impacto sobre a qualidade de vida da criança. Segundo a iniciativa, a rinite pode ser:

  • Intermitente: neste caso, se manifesta por até quatro dias por semana ou menos de quatro semanas consecutivas no ano. Também é conhecida como rinite sazonal, pois costuma acompanhar a mudança das estações, quando a quantidade de pólen e da umidade sofre oscilações;
  • Leve: aqui, as crises são leves e não chegam a prejudicar o sono ou as atividades escolares ou profissionais diárias, já que os sintomas não são muito incômodos;
  • Persistente: a duração das crises é de, ao menos, quatro dias por semana ou quatro semanas consecutivas no ano. Em geral, está associada ao contato com ácaros e pelos de animais;
  • Moderada a grave: nesse caso, as crises interferem no repouso e na rotina. O sono e as atividades diárias são prejudicados e os sintomas comprometem a qualidade de vida e geram bastante desconforto.

Independentemente da classificação, o diagnóstico é o primeiro passo para estabelecer um tratamento assertivo. É preciso conhecer os sintomas e os fatores que provocam as crises para, então, poder optar pelas alternativas mais indicadas e garantir a melhora da qualidade de vida dos pequenos.

Embora a rinite infantil não tenha uma cura, é possível controlar as crises e proporcionar mais confortos aos alérgicos. E uma das opções para aliviar os sintomas, reduzir a incidência das crises e, até mesmo, os gastos com antialérgicos e medicamentos é a imunoterapia. Falaremos mais sobre ela a seguir.

O que é bom para evitar a rinite em crianças?

Para evitar a rinite infantil, pais e responsáveis devem controlar possíveis gatilhos no ambiente, evitando que as crises aconteçam. Entre as ações que devem ser realizadas para evitar a rinite infantil, estão:

  • Evitar cortinas, tapetes, carpetes e almofadas;
  • Usar capas impermeáveis em colchões e travesseiros;
  • Deixar a casa ventilada e com exposição ao sol;
  • Evitar bichos de pelúcia, estantes de livros, revistas, caixas ou qualquer objeto que possa formar colônias de ácaros;
  • Identificar e eliminar o mofo e a umidade, principalmente nos quartos;
  • Evitar o uso de vassouras, espanadores e aspiradores de pó comuns;
  • Passar pano úmido diariamente na casa;
  • Evitar animais de estimação em quartos e, especialmente, nas camas;
  • Higienizar animais de estimação com frequência;
  • Manter os filtros de ar-condicionado sempre limpos;
  • Não fumar e não deixar que fumem dentro da casa.

Como tratar a rinite infantil?

Além das medidas de controle ambiental observadas acima para minimizar a exposição aos alérgenos e agentes irritantes, a rinite infantil também é tratada com medicamentos e imunoterapia. 

Imunoterapia

A imunoterapia é um conjunto de estratégias desenvolvido graças aos avanças tecnológicos, utilizado na medicina para otimizar a resposta imunológica em dados tratamentos. Essa técnica pode ser empregada em casos que vão desde alergias até cânceres e outras formas de infecção.

Embora muita gente desconheça essa modalidade, ela já é utilizada há mais de 100 anos. Em 1911, os pesquisadores ingleses Leonard Noon e John Freeman publicaram seus trabalhos sobre o tema, defendendo a eficácia das vacinas terapêuticas em pacientes acometidos de “Febre do Feno”.

De lá para cá, muita coisa mudou, e o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica foi aprimorado e difundido por todo o mundo para trazer cada vez mais benefícios aos pacientes.

O principal objetivo dela é reduzir a sensibilidade das pessoas a dadas substâncias, diminuindo as reações alérgicas e os seus sintomas. A imunoterapia permite que o paciente deixe de ser hipersensível a determinados fatores e passe a ser tolerante a eles, gerando maior qualidade de vida ao indivíduo.

De forma geral, o tratamento para rinite alérgica baseia-se em três pilares: controle do ambiente, uso de medicamentos e imunoterapia. Cada pessoa possui características únicas, portanto, é importante saber identificar a estratégia adequada para seu caso específico a fim de controlar os sintomas e melhorar a sua qualidade de vida.

Embora muita gente goste de mascarar os sintomas da crise, fazendo uso de spray nasal e antialérgicos, a imunoterapia é o único meio de modificar a história natural da rinite infantil e controlá-la.

Também conhecida como “vacina para alergia”, a imunoterapia para rinite alérgica tem como objetivo diminuir a sensibilidade do paciente alérgico a determinadas substâncias. O tratamento consiste na administração do alérgeno em doses crescentes e por um período de tempo que dependerá de fatores que incluem risco de exposição, sintomas, resposta, entre outros.

Para inibir as reações, ela é formulada de acordo com cada paciente. As doses podem incluir ácaros, pólens e venenos de inseto (abelhas, formigas e vespas) para diminuir a sensibilização do indivíduo por meio de uma série de alterações na resposta imune que estão associadas à melhora clínica.

Como é feito o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica?

A aplicação do tratamento é feita em sua maioria por meio de injeções subcutâneas. São ministradas doses crescentes do alérgeno causador do problema até atingir uma concentração de manutenção.

A duração da imunoterapia é de cerca de três a cinco anos após alcançar o máximo efeito clínico, mas essa decisão é tomada considerando fatores individuais que influenciam no seu efeito.

Embora o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica eleve a imunidade do paciente para que ele apresente menos sensibilidade, não dá para relaxar! Se o indivíduo possui 3 milhões de anticorpos e entra em um ambiente úmido e cheio de poeira, que faz com que ele tenha contato com 4 milhões de ácaros, as perspectivas não são nada boas e as crises podem ser iminentes.

Por isso, manter a casa sempre limpa e arejada, lavar o nariz frequentemente com soro fisiológico e evitar o contato com os agentes causadores da alergia são alguns cuidados muito importantes.

Quanto mais cedo for feito o diagnóstico e forem determinadas as causas da rinite, melhores serão os resultados alcançados. O tratamento pode ser feito em qualquer idade, respeitando, evidentemente, as características do paciente. Casos de indivíduos que sofram com asma devem ser analisados, bem como os daqueles que usem betabloqueadores ou sofram de doenças autoimunes ou coronarianas.

As vacinas devem ser aplicadas quando outras terapias se demonstraram ineficazes. Assim, a administração de um alérgeno padronizado pode ser a melhor opção para esse paciente.

Apesar de todos os avanços da medicina e do desenvolvimento de técnicas para controlar as alergias e os sintomas a elas associados, a imunoterapia ainda enfrenta algumas barreiras. A principal delas é o fato de que, em sua maioria, os indivíduos costumam ser hipersensíveis a mais de um tipo de fator, dificultando a identificação do alérgeno.

Mas existem exames, como o teste cutâneo e os exames de sangue, que evoluíram muito e são capazes de detectar múltiplos alérgenos e diferentes fontes, para que, assim, o paciente receba um diagnóstico preciso e um tratamento eficaz.

Se a ideia das picadas frequentes faz com que você ou as crianças torça o nariz para o tratamento de imunoterapia para rinite alérgica, é importante saber que a administração por via sublingual vem sendo bastante estudada e empregada, mas segue em fase investigativa. As injeções subcutâneas continuam sendo a melhor e mais eficaz opção. 

Como diagnosticar rinite infantil?

Diferenciar a rinite infantil muitas vezes é um desafio, mesmo para o pediatra. Na maioria das vezes, uma história clínica detalhada é fundamental para identificar o motivo das crises, diferenciando-a de outras doenças. 

Os fatores desencadeantes e sintomas associados a rinite são importantes para direcionar a investigação. Além disso, o exame físico completo deve ser realizado pelo médico, examinando de forma detalhada pulmões, olhos, pele, boca e nariz. Como complemento, outros exames são realizados para ajudar no diagnóstico, como testes in vitro, in vivo e exame de imagem.

Qual profissional procurar para tratar a rinite infantil?

O médico alergologista é o especialista em clínica médica responsável por estudar as doenças alérgicas e demais causas de disfunções do sistema imunológico, que comprometem as defesas do organismo. 

Ele é treinado especificamente para conduzir e interpretar testes e procedimentos diagnósticos e terapêuticos em pacientes com doenças alérgicas. Este profissional também atua na prevenção dos agentes externos que causam a doença, e conta com experiência em terapias imunológicas e fármacos apropriados para cada paciente.

As alergias estão se tornando cada vez mais frequentes na realidade da população mundial. Fatores como a poluição crescente, aumento do número de ácaros e a péssima qualidade do ar em que vivemos podem desencadear quadros alérgicos.

Dessa forma, a rinite infantil já é considerada a alergia mais prevalente entre as crianças. A asma é um outro problema global de saúde pública que afeta a qualidade de vidas, e prejudica o período produtivo, podendo resultar em absenteísmo ao trabalho e à escola, quando acontece em crianças.

Devemos ressaltar que muitas doenças alérgicas, quando não diagnosticadas e tratadas de forma rápida, podem levar o indivíduo à morte. Por esse motivo, contar com o auxílio de um médico alergologista é fundamental para o correto manejo da doença e prevenção de morbidade e mortalidade das pessoas afetadas.

O alergologista é o médico habilitado para realizar o tratamento clínico de doenças de origem alérgica. Este profissional se dedica tanto ao tratamento como à prevenção de inúmeras doenças relacionadas à esse assunto.

Alergologista pediatra na Clínica Croce

Na Clínica Croce, contamos com um corpo médico que contempla especialistas de diversas áreas, incluindo a alergologia e imunologia. A clínica de imunologia é uma das mais conceituadas do país e disponibiliza alergologistas com ampla experiência e prontos para fornecerem o atendimento qualificado e humanizado que o paciente necessita.

A clínica conta com estrutura, equipamentos e metodologias modernas para dar o suporte necessário. O corpo clínico da Croce está preparado para prestar atendimento qualificado e especializado, por meio de exames, testes, consultas, diagnósticos e encaminhamento de tratamentos diversos, trazendo muito mais conforto para os seus pacientes.

Realizar um diagnóstico preciso é essencial para diminuir a sensibilidade aos fatores alérgenos que a ocasionam, proporcionando assim melhores resultados ao tratamento dos pequenos pacientes.

Ainda que existam medidas de promover maior qualidade de vida, como a limpeza e aspiração do ar, prática de exercícios e adoção de uma alimentação saudável, a criança que desenvolve a doença alérgica pode ter um padrão genético que foi herdado, favorecendo o seu desenvolvimento.

Mesmo que não seja possível evitar essa predisposição atualmente com as possibilidades que a medicina apresenta, como curar todas as doenças alérgicas, é possível realizar um tratamento eficiente tão logo apareçam os primeiros sintomas e manifestações das doenças, evitando assim que elas se agravem e prejudiquem sua rotina.

A Clínica Croce oferece os principais meios para diagnóstico e tratamento das doenças alérgicas e conta com um time de elevado nível técnico e científico, sendo uma referência no tratamento de imunoterapia para rinite infantil alérgica.

Por isso, caso você perceba sintomas da rinite infantil em seus filhos, agende uma consulta com a Clínica Croce!