A endocrinologia é a especialidade médica que cuida do funcionamento das glândulas, responsáveis por produzir e secretar diversos hormônios em nosso organismo. A denominação é de origem grega: endo significa interno e krino significa separar ou secretar, isso é, uma secreção interna, referindo-se à libertação dos hormônios. Por sua vez, o endocrinologista exerce um papel muito importante no tratamento de diversas patologias apresentadas na saúde da mulher.
Os distúrbios tratados por esse especialista, os quais dizem respeito a glândulas do corpo, podem envolver a tireoide, hipófise, hipotálamo, suprarrenais, gônadas, paratireoides e pâncreas.
Nesse contexto, o endocrinologista atua provendo diagnóstico e tratamento dos problemas de ordem hormonal e as complicações que surgem deles, a fim de estabelecer o equilíbrio do organismo do paciente. Ele é o especialista que, em última instância, prima pelo bom funcionamento do corpo.
Vale lembrar de que nosso sistema endócrino é composto de glândulas e órgãos que produzem hormônios que controlam uma série de funções, desde o metabolismo aos níveis de açúcar no sangue, humor, crescimento e até o sono. Desse modo, tem-se que os desequilíbrios hormonais são a razão subjacente a uma ampla gama de condições médicas que impactam na saúde da mulher e no bem-estar do paciente.
Assim, o endocrinologista se concentra em diagnosticar como os desequilíbrios hormonais podem afetar os pacientes de maneiras variadas, podendo atuar de forma multidisciplinar – com ginecologista, reumatologia, entre outros especialistas – para prover um atendimento mais abrangente e certeiro para a condição de cada paciente.
Neste artigo, falaremos mais sobre a atuação do endocrinologista, os problemas comumente tratados em seu consultório e sua importância para a saúde e o bem-estar da mulher. Confira a seguir.
Problemas na saúde da mulher que levam a procurar um endocrinologista
As queixas e sintomas comuns que costumam levar mulheres a procurar um endocrinologista incluem dificuldades para perder peso (muitas vezes, apesar de se seguir uma dieta balanceada e praticar exercícios), menstruação irregular, forte sensação de calor ou frio, fadiga excessiva, perda de cabelo ou alterações na forma do corpo.
Esse tipo de sintoma pode estar relacionado a diversos tipos de quadros. Entre eles, estão:
1. Menstruação irregular e saúde da mulher
Um dos aspectos que um endocrinologista pode auxiliar as mulheres é no que tange as alterações menstruais. Períodos menstruais que se repetem em um mesmo mês ou até mesmo a ausência do ciclo podem ser provocados por algum distúrbio hormonal.
Por isso, a busca por um especialista que possa traçar o diagnóstico preciso mostra-se fundamental. Muitas vezes, o endocrinologista é indicado pelo próprio ginecologista da mulher, ao identificar que uma questão de distúrbio hormonal é o principal ponto a ser tratado.
2. Puberdade tardia ou precoce
Crianças que desenvolvem precocemente pelos pubianos, odor axilar e têm desenvolvimento prematuro das mamas normalmente apresentam distúrbios hormonais. Nesses casos, é necessária a avaliação para diagnóstico de origem.
Assim como esse desenvolvimento precoce deve ser investigado, aquele considerado tardio, também merece uma atenção. No caso do retardo do crescimento, por exemplo, ele pode significar uma produção do GH (hormônio do crescimento) desregular.
Cabe ressaltar que o acompanhamento médico periódico permite a observação adequada dos padrões de crescimento de crianças e adolescentes, o que leva a um diagnóstico adequado. Nessas situações, o endocrinologista pode chegar à conclusão de que esse processo se dá pelos mais variados motivos. Além das questões hormonais, aspectos genéticos e nutricionais podem ser os responsáveis pelo distúrbio, seja ele de uma aceleração ou retardo do crescimento.
3. Dificuldade para engravidar e infertilidade
A dificuldade para engravidar pode estar relacionada à parte hormonal, por isso, nesse aspecto o endocrinologista é o especialista mais indicado na identificação da causa exata e na eventual busca da reversão desse quadro.
O hipotiroidismo, que provoca a disfunção hormonal, e consequente dificuldade no processo de ovulação é uma dessas causas que podem ser detectadas. Outro destaque é para o aumento da prolactina que pode ser provocado pelo uso de medicações e tumores secretores do hormônio. Situações como ovários policísticos, baixo peso ou excesso de peso e o hipogonadismo (situação na qual há deficiência hormonal), seja no homem ou na mulher, também podem levar à infertilidade.
O tratamento está relacionado à causa. Em se tratando do hipotiroidismo, a forma de tratar se baseia em reposição hormonal. Agora, se for excesso de prolactina, há medicamentos que costumam ser recomendados e que ajudam a diminuir o nível hormonal. Nos casos dos ovários policísticos, quando o intuito é a reprodução, existem medicamentos que estimulam a ovulação e a resistência à insulina, quadro bastante frequente nesse tipo de caso.
No entanto, se a raiz da infertilidade do casal parte do homem, em geral, há a recomendação de medicações que elevem a testosterona, levando ao estímulo da produção de espermatozoides.
4. Menopausa normal ou precoce na saúde da mulher
Quando a mulher fica doze meses sem menstruar, o diagnóstico apontado é de menopausa. O climatério, que é essa fase final que traça a transição do período menstrual para a menopausa, marca o fim da vida fértil da mulher. Essa fase, em geral, é bastante desafiadora, pois é marcada costumeiramente por calorões, alterações de humor, ganho de peso, secura vaginal, entre outros sintomas que podem se prolongar.
Nesse processo, a consulta com uma endocrinologista é fundamental, pois geralmente indica-se nesses casos a terapia de reposição hormonal. Ela é controlada pelo médico e leva a importantes progressos em relação aos sintomas característicos dessa condição.
5. Osteoporose e a saúde da mulher
A osteoporose é outra das doenças tratadas pelo endocrinologista, estima-se que no Brasil ela acometa 10 milhões de pessoas. Esse problema é silencioso, muitas vezes, quando sintomas aparecem podem estar acompanhados de alguma fratura. Mulheres pós-menopausa, pacientes submetidos à cirurgia bariátrica ou em uso de corticoides são considerados do grupo de risco e, no caso de apresentarem a doença, precisam ser avaliados com bastante atenção.
Além da fratura, que é algo frequente nesse quadro clínico, as dores nos ossos incomodam muito pessoas acometidas por essa patologia.
6. Síndrome pré-menstrual
A síndrome pré-menstrual é conhecida como tensão pré-menstrual (TPM). Está com frequência presente na segunda metade do ciclo menstrual da mulher e tende a ser abrandada após a chegada da menstruação. A TPM costumeiramente apresenta-se por meio de sintomas de depressão, irritabilidade, fadiga, dor nas mamas, distensão abdominal, dor de cabeça, inchaço, ganho de peso e acne discreta.
O tratamento para a síndrome, feito com a orientação do endocrinologista, dura cerca de dois anos e varia conforme a sintomatologia descrita pela mulher. Em alguns casos, apenas a mudança no estilo de vida e da dieta já são suficientes para melhorar o quadro clínico. Pode-se, ainda, ter a prescrição de medicamentos, no entanto esses são indicados para casos mais específicos, visto que tendem a ser acompanhados por efeitos colaterais.
7. Síndrome dos ovários policísticos
A síndrome dos ovários policísticos (SOP) afeta cerca de 20% das mulheres na pré-menopausa. A síndrome apresenta-se com a irregularidade menstrual, hirsutismo (aumento de pelos), queda de cabelos e acne.
Problemas como a gordura abdominal, resistência à insulina, obesidade, distúrbios metabólicos e fatores de risco cardiovasculares podem estar associados à SOP. O tratamento, por sua vez, visa o controle do excesso de hormônios masculinos, das consequências da disfunção ovariana ou dos distúrbios metabólicos associados.
Cabe ressaltar que o controle do problema é feito no longo prazo e adaptado de forma dinâmica de acordo com mudanças das circunstâncias e fases da vida da mulher.
8. Obesidade e saúde da mulher
De acordo com um estudo, a taxa de obesidade no Brasil passou de 11,8% para 19,8%, entre 2006 e 2018. Diferentemente do padrão presente até então, detectou-se um nível mais elevado de obesidade entre o público feminino. O percentual foi de 20,7% contra 18,7% dos homens.
A obesidade é um grande risco para todos que sofrem desse problema, inclusive para a vida e saúde da mulher. Ela vem acompanhada de outras graves consequências à saúde como diabetes, doenças cardiovasculares, problemas ortopédicos e, até mesmo, diversos tipos de câncer. Sair desse quadro, às vezes, não é fácil.
A dificuldade para perder peso pode estar diretamente ligada a problemas hormonais e, nesse sentido, a atuação do endocrinologista é fundamental para diagnosticar o problema e interferir de modo a regular a parte hormonal.
Esse diagnóstico é feito mediante a realização de exames laboratoriais que vão levar a uma pesquisa não só das disfunções que podem estar contribuindo para o ganho de peso, como de complicações decorrentes da doença – tais como alterações nos níveis de sangue, colesterol, glicose, entre outros.
9. Doença da hipófise
Tumores hipofisários, geralmente benignos, podem estar associados à deficiência ou ao excesso de hormônios, levando a sintomas como a secreção de leite pelas mamas fora do período de amamentação, mudanças faciais, crescimento das mãos e dos pés, dores de cabeça e problemas de visão.
Esses sintomas podem ser decorrentes de condições como a acromegalia, prolactinoma ou tumores não funcionantes (que não produzem hormônios).
Os tumores hipofisários podem, muitas vezes, ser tratados via medicação, sendo esse tipo de tratamento eficaz em até 90% dos pacientes.
10. Síndrome de Turner
A síndrome de Turner é um distúrbio genético endócrino que ocorre em aproximadamente uma em cada 2.500 mulheres. Esse distúrbio endócrino afeta as mulheres de variadas maneiras, incluindo o sistema de reprodução feminina.
A síndrome de Turner atrofia o crescimento normal do corpo e inibe as alterações normais que geralmente ocorrem durante a puberdade quando a criança entra na idade adulta. Outros problemas de saúde também podem estar presentes, envolvendo o coração ou o sistema renal, embora esses problemas e a gravidade de cada um variem entre mulheres.
A boa notícia é que muitos dos problemas de saúde que afetam meninas com síndrome de Turner podem ser gerenciados ou corrigidos com tratamento médico apropriado.
11. Síndrome de Cushing
Nas mulheres, também tende a ser mais comum do que nos homens tumores que secretam adrenocorticotrófico. Trata-se do hormônio que regula as glândulas adrenais e, desse modo, a secreção do cortisol, que é importante em reações como o estresse.
Acontece que o excesso de cortisol está relacionado a uma patologia conhecida como Cushing, que leva ao ganho de peso inexplicável, a mudanças ou ausência de menstruação, entre outras coisas. A doença também está associada à hipertensão arterial e a casos de diabetes severo.
Por isso, a consulta com o endocrinologista, para averiguar quadros como esse mostra-se crucial para o bem-estar e a saúde da mulher.
Problemas comuns nas glândulas endócrinas
Existem três grandes grupos de distúrbios endócrinos que podem levar mulheres a procurarem uma clínica de endocrinologia, a saber:
- Quando uma glândula não produz hormônios suficientes. Isso é conhecido como hipossecreção de glândulas endócrinas.
- Quando uma glândula produz hormônios excessivamente – condição conhecida como hipersecreção.
- Quando tumores se desenvolvem nas glândulas endócrinas. Eles podem ser malignos ou cancerígenos, mas também podem ser benignos ou não cancerígenos.
Veja alguns exemplos do que pode acontecer se uma glândula secreta muito ou pouco de seus hormônios:
Glândula adrenal
A hipersecreção pode levar à sudorese excessiva, pressão arterial elevada e doença de Cushing. Por sua vez, a hipossecreção pode levar à doença de Addison, deficiência de mineralocorticoides, perda de peso e anemia.
Pâncreas
A hipersecreção pode levar ao hiperinsulinismo, excesso de insulina pode levar à baixa glicose no sangue. Já a hipossecreção pode levar ao diabetes.
Glândula paratireoide
A hipersecreção é outra doença que acomete a saúde da mulher, e pode estar associada a problemas de ossos quebradiços que fraturam facilmente, além de pedras no sistema urinário. Por sua vez, a hipossecreção pode levar a contrações musculares involuntárias, ou tetania, causadas por baixos níveis de cálcio no plasma.
Glândula tireoide
O hipertireoidismo geralmente provém da doença de Graves. Pode levar ao metabolismo acelerado, sudorese excessiva, arritmia ou batimento cardíaco irregular e perda de peso. Já o hipotireoidismo pode ocasionar cansaço, ganho de peso, depressão, desenvolvimento ósseo anormal, atraso no desenvolvimento e crescimento atrofiado.
Glândula pituitária
A hipersecreção pode levar a quadros de gigantismo ou crescimento excessivo, enquanto a hipossecreção pode estar associada ao crescimento ósseo lento e à baixa estatura.
Glândula timo
A hipersecreção pode acarretar um sistema imunológico hiperativo que reage exageradamente às ameaças percebidas. Isso pode resultar na manifestação de doenças autoimunes. Por sua vez, a hipossecreção pode ocasionar um sistema imunológico enfraquecido, no qual o corpo mostra-se incapaz de combater infecções e sucumbe facilmente a vírus, bactérias e outros patógenos.
Endocrinologia e saúde da mulher na Clínica Croce
Como vimos, a endocrinologia feminina tem relação principalmente com o ciclo reprodutivo impulsionado pelo estrogênio e outros hormônios femininos cíclicos. Ao perceber sintomas como os que vimos ao longo deste artigo, é fundamental buscar auxílio de um endocrinologista de confiança.
Além disso, também é recomendado incluir consultas com o endocrinologista no cronograma de checkups da saúde da mulher, dada a importância dessa especialidade para ajudar a assegurar sua saúde e seu bem-estar.
Diante disso, é fundamental buscar uma clínica que possua expertise e credibilidade na especialidade da endocrinologia. Então, queremos lhe apresentar a Clínica Croce.
Desde nossa fundação em 1973, atuamos com foco total em oferecer um atendimento humanizado, qualificado, moderno e eficiente a nossos pacientes, em especial à saúde da mulher.
A Clínica Croce está localizada na zona oeste de São Paulo e oferece instalações e equipamentos de ponta para prover diagnóstico e tratamento de diversos tipos de condições, incluindo as endocrinológicas.
Atuamos de modo multidisciplinar para prover diagnóstico e tratamento envolvendo especialidades como: endocrinologia, alergia e imunologia, sistema imunológico, reumatologia e otorrinolaringologia.
Na área da endocrinologia, contamos em nossa equipe com a Prof. Dra. Marise Lazaretti Castro, Chefe do Grupo de Doenças Osteometabólicas da UNIFESP e diretora da Clínica Croce, e com a Dra. Vanessa Radonsky, pediatra e endocrinologista pediatra pelo Instituto da Criança da USP, é especialista da Croce.
Além disso, dado que várias patologias endocrinológicas são também doenças raras e de diagnóstico mais complexo, no corpo médico da Clínica Croce contamos com o Dr. Leonardo Oliveira Mendonça, alergista, imunologista e especialista em doenças raras, que poderá dar suporte no tratamento da paciente se necessário.
Outro diferencial da Clínica Croce está no uso das modernas infusões de medicamentos para tratamento de pacientes com doenças crônicas ou, ainda, para casos mais complexos e agravados. As infusões medicamentosas são vistas como o futuro da medicina e possibilitam tratamentos mais eficientes e humanizados para diversos tipos de patologias.
Outro ponto de destaque é que, além de todo o diferencial oferecido pela nossa clínica, a Croce é parceira de diversos planos de saúde disponíveis no mercado, tais como Porto Seguro, SulAmérica, Bradesco, Amil, Unimed, Petrobras, Allianz, Careplus, Saúde Caixa, Mapfre Saúde e muitos outros.
Assim, se você está em busca de um diagnóstico ou tratamento de doenças endocrinológicas, em um local seguro, confiável e provido de todas as mais modernas e eficientes metodologias e tratamentos, não deixe de fazer uma visita à Clínica Croce.
Então, entre em contato com a Clínica Croce para agendar uma consulta inicial com endocrinologista e veja, na prática, nosso foco no bem-estar e na saúde da mulher.