Popularmente conhecida como cobreiro, a herpes zoster, ao contrário do que o nome pode indicar, não é causada pelo mesmo vírus da herpes. Enquanto o vírus herpes humano causa o aparecimento de lesões em mucosas como boca e genitais, a herpes zoster é causada pelo mesmo vírus da catapora.
De acordo com o jornal científico americano BMC Geriatrics estima-se que, até 2030, a incidência da doença aumente em pelo menos 3%. Isso porque todas as pessoas que já tiveram a catapora na infância, podem ser acometidas pela herpes zoster, o envelhecimento dessa população aumenta a probabilidade do surgimento da doença com frequência.
Com o aumento do número de casos, é muito importante que você saiba um pouco mais sobre a herpes zoster, como identificá-la e as formas de tratamento. Por isso, desenvolvemos o conteúdo a seguir com essas e mais informações relacionadas à doença. Acompanhe!
O que é herpes zoster?
A herpes zoster é uma doença causada pelo varicella-zoster virus (VZV), mesmo causador da varicela, doença que acontece com maior frequência durante a infância e resulta em uma infecção primária.
Contudo, a herpes zoster afeta comumente idosos, devido à reativação do vírus após uma primeira ocorrência de varicela. São diversas as condições que podem estar associadas ao aparecimento da doença, como baixa imunidade do organismo, trauma local, câncer, cirurgias da coluna e sinusite. Visto que os idosos mostram diminuição da imunidade ao vírus, a maior ocorrência da herpes zoster acontece após os 50 anos.
Ainda que o vírus seja o mesmo da catapora, a doença é tecnicamente diferente, com sintomas, epidemiologia e complicações distintas. Dessa forma, podemos caracterizá-la como a mesma infecção, com diferentes doenças.
O que causa herpes zoster?
Ao ter catapora quando criança, o vírus da varicela fica incubado no corpo do indivíduo durante anos, geralmente em gânglios nervosos da espinha dorsal e da face. Quando a imunidade do organismo da pessoa diminui, o vírus reaparece, e desta vez, causa a herpes zoster. Por isso, além de idosos, a doença também é comum em imunodeprimidos, como pessoas portadoras de AIDS, HIV, transplantados, pacientes oncológicos, e portadores de doenças autoimunes.
Como ela surge no corpo?
Ao ser exposto ao vírus varicella-zoster pela primeira vez, fato que ocorre comumente durante a infância, o indivíduo desenvolve a catapora, doença caracterizada por febre e erupções avermelhadas na pele de todo o corpo.
Depois de algumas semanas de sintomas, o sistema imunológico é capaz de criar anticorpos, controlando a replicação do vírus, e causando o desaparecimento espontâneo da doença.
No entanto, a cura destes sintomas não é necessariamente a cura do vírus. Durante o período inicial da catapora, o varicella-zoster virus invade as terminações nervosas da pele, migrando para as cadeias de gânglios, onde vão se manter por décadas.
Assim, a pessoa que se curou da catapora permanece infectada pelo vírus pelo resto da vida sem que isso seja um problema. Afinal, ao sair dos gânglios nervosos, o sistema imunológico consegue impedi-lo por meio dos anticorpos específicos que foram criados. Dessa forma, o vírus é mantido encurralado, sem apresentar sintomas nem ter força para transmissão.
Contudo, com o natural enfraquecimento imunológico que acontece durante o período de envelhecimento, o vírus espera uma oportunidade para sua reativação. A diferença é que, ao concretizar essa ação, a doença desenvolvida é a herpes zoster.
Quais as pessoas com maior risco para a doença?
Como vimos, para ter herpes zoster a pessoa deve já ter sido infectada pelo vírus da varicella-zoster em algum momento da vida. Além de surgir quando ocorre a queda nas defesas imunológicas do corpo, também estão entre os fatores de risco para a herpes zoster:
- idade acima de 50 anos;
- estresse físico e psicológico;
- diabetes;
- câncer;
- quimioterapia;
- doenças crônicas;
- hipertensão arterial;
- uso de drogas imunossupressoras;
- HIV e AIDS.
Como identificar herpes zoster?
A herpes zoster costuma provocar bolhas na pele, causando dor intensa na pessoa. Ela pode aparecer em qualquer região do corpo, sendo os locais mais afetados o tronco e o rosto. Na maioria dos casos, as lesões aparecem no formato de uma faixa em um dos lados do corpo.
Ainda que não apresente riscos de vida iminente, a doença pode causar incapacidade física do membro por ela atingido. Sua transmissão é rara, contudo, pode acontecer por meio de contato direto com as lesões da pele do indivíduo que está infectado. Uma vez infectada, a pessoa desenvolverá a catapora e, no futuro, provavelmente a herpes zoster.
Ao ser reativado, o vírus varicella-zoster realiza o caminho inverso, viajando do nervo em que está localizado até a pele, local onde causa lesões típicas, como múltiplas bolhas avermelhadas, restritas a um pequeno pedaço da pele exatamente inervada por nervos em que estavam o vírus.
Quais as complicações da herpes zoster?
Uma das complicações da herpes zoster é a nevralgia pós-herpética, situação caracterizada pela permanência da dor no local que foi acometido, mesmo muito tempo após a resolução daquela lesão. Ainda que a infecção desapareça, a dor continua.
Em certos casos, a dor pode ser intensa e contínua, levando o paciente à incapacidade física e até mesmo à depressão.
É comum que o vírus se autolimite, acometendo somente uma região pequena. Se depois de 7 a 10 dias ainda surgirem novas bolhas, ou se o quadro estiver acometendo várias outras regiões, é preciso pensar na possibilidade de uma doença que seja debilitante do sistema imunológico.
Outra complicação causada pela reativação da herpes zoster é o risco da perda da visão quando a manifestação do vírus se dá em regiões da face próxima dos olhos. Além disso, a síndrome de Ransey Hunt, uma paralisia facial, pode acontecer pelo acometimento dos nervos faciais da herpes zoster.
A herpes zoster é contagiosa?
Quando a pessoa está com o vírus ativo, o contágio se dá apenas para pessoas que nunca tiveram catapora, ou seja, para aquelas que nunca foram infectadas pelo varicella-zoster. Caso entre em contato com algum indivíduo com herpes zoster, essa pessoa desenvolverá a catapora, visto que essa é a primeira manifestação da contaminação com o vírus.
As lesões da herpes zoster são altamente contagiosas, e a transmissão acontece habitualmente por meio das mãos infectadas pelas lesões, ao tocar ou coçar a área em que os sintomas se manifestaram.
Dessa maneira, é importante reforçar que a doença em si não é transmissível. Afinal, ninguém desenvolve a herpes zoster antes de ter catapora. Para aqueles que desenvolvem a doença sem nunca ter catapora, o provável é que o quadro na infância tenha sido brando, a ponto de ter passado despercebido, ou ter sido confundido com uma virose comum.
Para ter herpes zoster, obrigatoriamente é necessário que o vírus da catapora esteja presente no sistema nervoso, inativado. Para pessoas que já tiveram catapora, ou que já foram vacinadas contra o vírus, o contato com indivíduos com herpes zoster pode acontecer sem risco de desenvolver a doença, visto que já possuem anticorpos.
Como tratar herpes zoster?
A herpes zoster é uma doença que desaparece espontaneamente em alguns dias. O tratamento com antivirais, como o Aciclovir, Valaciclovir e Fanciclovir é indicado para acelerar esse processo.
Tais medicamentos quando iniciados, contribuem para a diminuição de forma severa, assim como a duração e os riscos de complicação da doença. Em alguns casos, a dor pode ser intensa, resultando na necessidade do uso de analgésicos.
Como a dor tem origem neurológica, alguns medicamentos antidepressivos, como a Amitriptilina, Nortriptilina, ou anticonvulsivantes, como a Gabapentina ou Pregabalina, também podem ser usados no alívio dos sintomas, principalmente em casos de nevralgia pós-herpética.
Como evitar a volta da herpes zoster?
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), é recomendado receber duas doses da vacina contra a varicela na infância, sendo a primeira aos 12 meses, e a segunda entre 15 a 24 meses. As doses coincidem com o esquema vacinal da SCR (sarampo, caxumba e rubéola).
No entanto, atualmente também é possível receber a vacina contra herpes zoster, 14 vezes mais potente contra o vírus varicella-zoster que a vacina da catapora. Esse imunizante é recomendado apenas para pessoas maiores de 50 anos, em dose única.
Além de diminuir o risco para a reativação do vírus, ela previne a incidência da nevralgia pós-herpética e os quadros de dor causados pela herpes zoster. A vacina é disponibilizada no Brasil desde 2014.
Chamada de Zostavax, possui aprovação pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e deve ser aplicada por via subcutânea. A idade para a vacina contra a herpes zoster foi estipulada de acordo com a fase em que as pessoas apresentam maiores riscos de desenvolvimento da doença.
Apesar de ser um importante instrumento de prevenção da doença, prevenindo também suas complicações, a Zostavax não é oferecida pelo SUS (Sistema Único de Saúde), mas pode ser encontrada em clínicas de vacinação particulares.
Composta por vírus vivos atenuados da varicella-zoster, a vacina contra indicada para mulheres grávidas, pessoas em uso de corticoides, que apresentem alergia grave a algum componente da vacina, com tuberculose ativa não tratada, e pessoas com o sistema imunológico debilitado. Segura e eficaz, o imunizante apresenta efeitos colaterais mínimos, como:
- febre (menos de 1% dos vacinados);
- sintomas respiratórios (1,7% dos vacinados);
- diarreia (1,5% dos vacinados);
- alterações na pele (1,1% dos vacinados);
- cansaço (1% dos vacinados).
Cuidados antes da aplicação da vacina contra herpes zoster
A imunização contra a herpes zoster não requer cuidados especiais. No entanto, é preciso adiá-la caso o indivíduo tenha alguma doença febril aguda, indivíduos que tiveram a infecção no período inferior a 12 meses, e pessoas com Covid-19.
Para portadores do vírus do HIV, é preciso ter uma avaliação médica antes da aplicação, confirmando se é o momento certo para receber a vacina sem que ocorra o comprometimento do sistema imunológico.
Onde tomar vacina para herpes zoster?
A saúde e o bem-estar dos pacientes são as principais premissas da Clínica Croce. Já são mais de 40 anos fornecendo um atendimento humanizado e personalizado para cada paciente, a partir de técnicas e equipamentos modernos e alinhados às tendências e melhores práticas do mercado.
Localizada na zona oeste de São Paulo, a clínica possui um departamento especializado em vacinação, com um calendário completo incluindo as mais diversas soluções preventivas, assim como a vacina contra a herpes zoster, de modo a atender e proteger desde prematuros até a terceira idade, garantindo sua saúde e qualidade de vida em todas as diferentes fases de sua trajetória.
A Clínica Croce conta com um time de elevado nível técnico e científico, que atua de modo multidisciplinar, sendo uma referência no segmento de vacinação no país. E, para sua comodidade, possuímos convênios com diversos planos de saúde que podem ser consultados em nosso site.
Aplicação de vacinas à domicílio da Clínica Croce
Com a impossibilidade ou dificuldade de sair de casa para preservar a própria segurança, são grandes as chances das pessoas não cumprirem o calendário de vacinação como se deve, um fato que já é percebido pelo Ministério da Saúde como mencionamos nas informações acima. Contudo, a Clínica Croce disponibiliza o serviço de aplicação de vacinas à domicílio, realizado já há algum tempo antes mesmo do início da pandemia.
Pensando no conforto, praticidade, e agora mais do que nunca na proteção do próximo, a clínica leva o serviço de vacinação até casas, apartamentos, condomínios, escolas e empresas.
Uma enfermeira é responsável por realizar no local em que a vacina foi solicitada uma avaliação das carteiras de vacinação, tirando dúvidas e ajudando na identificação das vacinas que eventualmente possam estar em falta segundo o calendário. E claro, com todas as medidas de segurança recomendadas pela Organização Mundial da Saúde.
A Clínica então organiza uma campanha de vacinação que poderá ser realizada de acordo com as datas e horários mais convenientes para os solicitantes. Essa alternativa é fundamental para que populações que convivam em grupo não tenham sua saúde prejudicada pelo isolamento social, evitando doenças potencialmente graves como a herpes zoster e outras, como a meningites bacterianas, caxumba, gripe H1N1, hepatites e outras, por meio da aplicação de vacinas à domicílio.
Mesmo com a pandemia em andamento as outras doenças precisam ser prevenidas e devidamente controladas. A vacinação à domicílio da Clínica Croce não é apenas um delivery de vacinas: é um serviço completo onde levamos a vacina até você, na sua casa e/ou onde você estiver, realizamos a aplicação e damos todas as orientações e cuidados necessários, da mesma forma como se o processo fosse feito em nossas instalações, mas no conforto da sua casa ou local de sua escolha.
Teleatendimento
Além do sistema de aplicação de vacinas à domicílio, a Clínica Croce iniciou a prestação de serviço por teleatendimento para seus pacientes, com o objetivo de manter a saúde de todos em segurança devido ao aumento de casos de pessoas com Covid-19.
A clínica disponibiliza aos seus pacientes e usuários o atendimento através de um sistema único e exclusivo da clínica, a fim de buscar a melhor maneira de assistir cada um deles sem que seja preciso seu deslocamento.
Com uma renomada equipe médica, a Clínica Croce oferece especialistas nas áreas de Alergologia e Imunologia, Endocrinologia, Endocrinologia Pediátrica e Reumatologia.
A Chegada do teleatendimento seja no Brasil ou no mundo, para a telemedicina é uma área que tem rompido barreiras, eliminando distâncias geográficas e conectando especialistas a outros profissionais de saúde, administradores de unidades de saúde e pacientes.
Esse avanço é possível graças à aplicação de tecnologias modernas, como a Internet, sistemas de áudio, imagem e vídeo. Todo esse aparato contribui para a resolução de demandas comuns na área da saúde, como o esclarecimento de dúvidas e a manutenção das consultas de rotina com especialistas de cada área.
Na leitura de hoje você pôde conhecer um pouco mais sobre a herpes zoster, suas causas, sintomas e formas de tratamento. Se você já teve catapora quando criança e está na idade adequada, não corra riscos. Busque a vacina para garantir sua imunização contra o desenvolvimento desta doença o mais rápido possível!
Que tal marcar hoje mesmo sua vacina contra a herpes zoster? Então, agende sua consulta na Clínica Croce. Por meio do atendimento via telemedicina você poderá ser atendido de qualquer lugar do Brasil, sem a necessidade de estar em São Paulo, cidade sede da clínica.