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Artrite idiopática juvenil sistêmica: saiba tudo sobre a Doença de Still

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Popularmente chamada de Doença de Still, a artrite idiopática juvenil sistêmica define um grupo de doenças autoimunes que se iniciam antes dos 16 anos. Em geral, essa enfermidade causa inflamações nas articulações, atingindo também outros órgãos, como olhos, pele e coração. 

Com o desenvolvimento da doença, alguns movimentos podem ficar dificultados, causando até a incapacidade do indivíduo. A seguir, você poderá entender melhor a artrite idiopática juvenil sistêmica, seus fatores de risco, como ela afeta a vida do jovem, e as principais formas de prevenção e tratamento para essa doença!

Tudo que você precisa saber sobre a artrite idiopática juvenil sistêmica

A artrite idiopática juvenil sistêmica, também denominada artrite reumatoide juvenil ou Doença de Still, é uma doença inflamatória crônica, responsável por acometer articulações e demais órgãos. 

A principal manifestação clínica da artrite é a dor, devido ao aumento de volume e temperatura em uma ou mais articulações. Contudo, algumas crianças podem apresentar dor mínima, ou mesmo inexistente. 

Relativamente rara, a artrite idiopática juvenil sistêmica é uma entre diversos tipos de artrite que podem afetar crianças e adolescentes. A doença afeta mais meninas até os 16 anos. Os picos de maior incidência são de 1 a 5 anos, e 10 a 14 anos.

Qual a causa da artrite idiopática juvenil sistêmica?

artrite idiopática juvenil sistêmica

A causa da artrite idiopática juvenil sistêmica ainda não é conhecida. Entretanto, fatores imunológicos, infecciosos e genéticos estão envolvidos. Alguns estudos recentes mostram que existe certa tendência familiar, assim como fatores externos, como bactérias, vírus, estresse emocional, e traumatismos articulares que podem atuar como desencadeantes. 

Por não ser uma patologia infecto contagiosa, seus pacientes podem continuar a frequentar lugares públicos normalmente. Além das articulações, a artrite idiopática juvenil sistêmica afeta outras partes do corpo da criança. Podendo durar anos, com períodos de remissão e atividade, o paciente tem dores e febre. 

Mesmo não sendo fatal, sem tratamento adequado pode levar complicações para o desenvolvimento e vida da criança, como deixar de usar normalmente um membro do corpo como braço ou perna. 

Ainda pode ocorrer a interrupção da locomoção, tornando-o totalmente dependente da família. Contudo, quando tratada de forma adequada, a maioria das crianças afetadas pode ter uma vida normal, com boa qualidade.

Seu diagnóstico, assim como na maior parte das doenças reumáticas em crianças, é clínico, e se baseia na presença de artrite em articulações, com duração igual ou superior a 6 semanas. Ainda não existem exames laboratoriais específicos para a doença.

Tipos de artrite idiopática juvenil

Os tipos mais comuns de artrite idiopática juvenil, são oligoarticular, poliarticular e sistêmico. As oligoarticulares acometem 4 articulações, tornozelos e joelhos as mais frequentes. Crianças diagnosticadas com este tipo da doença devem realizar avaliações oftalmológicas com frequência, de preferência a cada 3 ou 4 meses. O motivo é a possível inflamação da úvea, parte colorida dos olhos. 

No tipo poliarticular, as articulações acometidas envolvem 5 ou mais, com destaque para punhos, joelhos, tornozelos, e pequenas articulações de mãos e pés. É possível que nesse tipo, ocorra febre recorrente, e o fator reumatoide, responsável por identificar a patologia, pode estar presente em 10% dos pacientes.

A artrite idiopática juvenil do tipo sistêmico é insidiosa, e caracteriza-se pela presença de artrite associada à febre alta com picos diários, erupções na pele, gânglios, aumento de baço e fígado.

Oligoarticular

No tipo oligoarticular ou poliarticular, são atingidas até 4 articulações. As juntas mais afetadas são normalmente joelhos e tornozelos. Além disso, a parte colorida dos olhos, chamada íris, também pode causar inflamação, sem que exista qualquer sinal visível, gerando complicações como catarata e glaucoma. 

Poliarticular

O tipo poliarticular afeta cinco ou mais articulações. Entre eles, os mais atingidos são os cotovelos, punhos e pequenas articulações de pés e mãos. O fator reumatoide, tipo e anticorpo presente no organismo, aparece em cerca de 10% dos casos.

Sistêmica

A artrite idiopática juvenil sistêmica causa fortes dores musculares além de febre alta, chegando a picos de 39 °C. Esse tipo de artrite também provoca lesões na pele, gânglios, aumento no fígado e baço.

Em situações mais graves, pode ocorrer inflamação da pleura (membrana que envolve o pulmão) e pericárdio (tecido que envolve o coração). Esse diagnóstico pode não ser fácil no início, visto que os sinais e sintomas são parecidos com outras doenças infecciosas.

Quais são os sintomas?

artrite idiopática juvenil sistêmica

Os pais devem ficar em alerta caso a criança comece a apresentar sinais que antes não eram comuns, como quedas repetidas, tropeços, dificuldades para caminhar ou resolver atividades comuns dentro de casa, dificuldades para brincadeiras que envolvam correr, caminhar ou pular. 

O aparecimento de dores com frequência também pode ser um sinal de alerta, além do cansaço constante, mesmo em momentos em que a criança não executou atividades que pudessem resultar na exaustão.

A dor ou incômodo, mesmo à noite, durante o sono, pode ser sinal de doença reumatológica em crianças. Confira a seguir, os sinais e sintomas mais comuns em crianças que desenvolvem doenças reumáticas.

A identificação precoce da artrite idiopática juvenil sistêmica em crianças é fundamental para evitar sequelas permanentes, e condições que possam prejudicar o crescimento e desenvolvimento do indivíduo. Por isso, deve-se levar a criança para avaliação assim que a presença de algum sinal ou sintoma ocorrer. Entre eles, estão:

  • dores articulares ou dores nas costas, referidas de forma constante;
  • articulações acometidas com aspectos alterados, como inchaço, calor ou vermelhidão no local;
  • dores persistentes ao longo de braços e pernas;
  • febre persistente por mais de 3 semanas;
  • perda de peso ou atraso no crescimento;
  • prostração por cansaço, ou modificação do padrão normal das atividades da criança;
  • fraqueza muscular;
  • depressão;
  • queixas visuais;
  • incapacidade de fazer tarefas do dia a dia que eram executadas facilmente anteriormente, necessitando do auxílio de adultos, tornando-se sempre dependente de outros adultos, motivo que restringe suas atividades;
  • quedas e tropeços frequentes;
  • pedido constante de colo;
  • alterações na postura.

Diante da presença de alguns destes sinais ou queixas, recomenda-se visitar um pediatra o mais rápido possível, a fim de evitar danos maiores. Pais não devem utilizar medicamentos por conta própria, assim como medicamentos caseiros.

Como fazer o diagnóstico?

A Artrite idiopática juvenil sistêmica é clínico, baseando-se na presença da artrite em uma ou mais articulações com duração de 6 semanas, ou mais. Diversas doenças, como as infecções, devem ser investigadas e descartadas, uma vez que a artrite é uma manifestação comum em várias doenças não reumáticas.

Além da dor e inflamação em articulações, pode ser observado também uma dificuldade de movimentação pela manhã, fraqueza, febre diária, e até incapacidade de mobilização na articulação.

Não é possível diagnosticar a doença por exames laboratoriais específicos. Por isso, em caso de dúvida, a opinião de um especialista é fundamental, assim como a mais indicada para elaborar a melhor forma de tratamento.

Como é o tratamento?

O tratamento para doenças reumáticas na infância, como a artrite idiopática juvenil sistêmica, envolve um diagnóstico preciso. Além disso, avaliações constantes devem ser feitas, incluindo a necessidade de exames laboratoriais periódicos. Isso deve acontecer para avaliar a progressão da doença, sua atividade ou remissão, de forma que o tratamento possa ser adaptado para cada situação.

Em algumas situações, é comum que a criança precise de eventuais internações, seja em enfermaria, ou unidade de terapia intensiva. De acordo com a causa, seu tratamento pode envolver antibióticos e anti-inflamatórios, prevenindo a progressão da patologia. Fisioterapia e psicoterapia também devem ser prescritas.

Assim como no tratamento para adultos com artrite reumatoide, são utilizados antirreumáticos, modificadores, particularmente methotrexate, e agentes biológicos como etanercepte, anakinra, canaquinumabe, tocilizumabe, abatacepte.

Exercícios para a reabilitação ajudam a devolver a mobilidade articular, permitindo que a criança consiga realizar sem dificuldades atividades rotineiras, como caminhar, escrever, comer e escovar os dentes. 

É fundamental lembrar-se que, a detecção e tratamento precoce das doenças reumáticas em crianças possibilita a prevenção de danos permanentes e sequelas. Realizando o tratamento adequado, a criança ou adolescente pode levar uma vida normal, com desenvolvimento sem interrupção e saúde. 

Qual profissional procurar para diagnosticar e tratar a artrite idiopática juvenil sistêmica?

O reumatologista pediatra é o profissional mais indicado para o diagnóstico e tratamento da artrite idiopática juvenil sistêmica. Esse médico tem o papel de diagnosticar, avaliar e tratar doenças relacionadas a articulações, ossos, tendões, ligamentos e músculos em crianças e adolescentes. 

Cerca de 25% das doenças reumatológicas ocorrem em pessoas menores de 16 anos. Desse modo, crianças e adolescentes que apresentam dores constantes devem ser investigadas por esse profissional.

Diferente do que muitos imaginam, as doenças reumatológicas não são exclusivas da população adulta e idosa. Algumas patologias só existem durante a infância, enquanto outras podem ser mais graves durante esse período.

O reumatologista pediatra costuma atuar em espaços como hospitais, clínicas, consultórios, centros, laboratórios ou mesmo na carreira acadêmica, por meio da docência. Seu papel como especialista é trabalhar sobre doenças que afetam o sistema locomotor de crianças e adolescentes, envolvendo músculos, ossos, tendões, ligamentos e articulações. 

Ao decidir procurar um reumatologista pediatra, o profissional será responsável por determinar tratamentos adequados de acordo com cada diagnóstico individualizado. Entre elas, estão enfermidades autoimunes, degenerativas e desgastes.

Essas enfermidades exigem tratamentos diferenciados, que podem envolver terapias por infusão de medicamentos, fisioterapia, acupuntura, atividades físicas, controle da dor, e mais.

O reumatologista pediatra é o médico com atuação voltada para tratamento e prevenção das doenças reumáticas, que assim como as ortopédicas, pode atingir ossos, articulações, músculos, e outros componentes do aparelho locomotor em crianças e adolescentes. 

Por essa razão, a maior parte das pessoas confunde os profissionais e as doenças que tratam dos pacientes. Contudo, na reumatologia as lesões se formam sem a presença de traumas. 

Saber quando procurar um reumatologista é fundamental para garantir o tratamento adequado para essas doenças, que podem acometer pessoas em todas as faixas etárias. Por sinal, inclusive na infância, não se tratando exclusivamente de condições na terceira idade.

Na maior parte dos casos, o reumatologista cuida de pessoas com doenças associadas a condições autoimunes, isso ocorre quando um componente genético aceita que o próprio sistema imunológico ataque o organismo. 

Por isso, ainda que boa parte das doenças reumatológicas provoque rigidez em áreas de articulações e dores, por acometer em grande parte dos casos o sistema musculoesquelético, também podem afetar órgãos vitais como coração, pulmão, rins e intestinos.

Quando buscar ajuda desse especialista?

Quando há constante reclamação de dores no corpo pela criança ou adolescente, é possível identificar a necessidade de procurar um reumatologista pediátrico. As doenças reumatológicas em crianças comumente são do tipo inflamatórias, incuráveis e autoimunes (condição em que o sistema ataca seu próprio organismo). 

Por isso, é possível perceber sinais de doenças reumáticas em crianças quando começam a apresentar quedas repetidas, tropeços ou dificuldades para caminhar. Além disso, dores constantes que não costumam passar após analgésicos e anti-inflamatórios, também podem ser um sinal de alerta. 

Caso não sejam tratadas, as doenças reumáticas em crianças podem provocar, além de invalidez, deformidades articulares. Mesmo que estes sejam alguns sinais que podem alertar os pais sobre a doença, é importante ressaltar que, a cada 100 crianças, apenas 2 vão ao médico com queixas reumatológicas. 

Além disso, em muitos casos a doença demora a ser diagnosticada, e crianças e família passam por diferentes especialistas, situações que podem atrasar o início de tratamento adequado.

Os pais devem ficar em alerta caso a criança comece a apresentar sinais que antes não eram comuns, como quedas repetidas, tropeços, dificuldades para caminhar ou resolver atividades comuns dentro de casa, dificuldades para brincadeiras que envolvam correr, caminhar ou pular. 

O aparecimento de dores com frequência também pode ser um sinal de alerta, além do cansaço constante, mesmo em momentos em que a criança não executou atividades que pudessem resultar na exaustão. A dor ou incômodo, mesmo à noite, durante o sono, pode ser sinal de doença reumatológica em crianças. 

Clínica Croce de reumatologia

Saber quando procurar um reumatologista pediatra é muito importante para garantir que a criança tenha qualidade de vida, saúde e bem-estar com o tratamento adequado na artrite idiopática juvenil sistêmica.

No entanto, buscar atendimento em qualquer local não é a melhor forma de garantir os cuidados necessários. As doenças reumatológicas apresentam diferentes possibilidades de tratamentos modernos e atualizados. 

Por isso, é importante receber atendimento em uma clínica reumatológica especializada que ofereça equipamentos de última geração, assim como profissionais capacitados para exames e procedimentos diagnósticos, além de técnicas terapêuticas avançadas. 

Um ambiente como esse, que possa oferecer alternativas para terapias inovadoras e menos invasivas também é atrativo. Isso porque, tratamentos como esses podem ajudar a desacelerar o desgaste ósseo, muito característico das doenças reumatológicas, estimulando a regeneração e oferecendo alívio dos sintomas. 

Além disso, considerando que o tratamento para a artrite idiopática juvenil sistêmica envolve períodos prolongados, é preciso avaliar a clínica pela equipe. Fique atento à confiança, boa relação com os pacientes e profissionalismo de cada um. Uma clínica com credibilidade deve oferecer atendimento integral e de qualidade multidisciplinar, como forma de solucionar por completo os problemas de seus pacientes. 

Quando procurar um reumatologista pediatra para seu filho, você deve optar por uma clínica que ofereça o melhor atendimento especializado em doenças reumáticas, como a Clínica Croce

Situada na zona oeste de São Paulo, conta com uma equipe de profissionais altamente capacitados e especialistas em reumatologia formados na USP e UNIFESP, além de uma expertise de mais de 40 anos em mercado.

Entre seus diferenciais, a Clínica Croce apresenta o tratamento integral do indivíduo, buscando a otimização dos resultados e promoção de um atendimento humanitário. 

Por esse motivo, possui equipes multidisciplinares que têm como objetivo resolver as necessidades terapêuticas. 

Além disso, a Croce oferece os mais modernos tratamentos do mercado, como infusões medicinais e outras terapias avançadas muito utilizadas em doenças reumatológicas, autoimunes e também oncológicas. 

Por isso, na hora de buscar um profissional para investigar a artrite idiopática juvenil sistêmica, escolha a Clínica Croce. Você pode agendar uma consulta com o especialista sem sair de casa, usando nosso teleatendimento.

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