fbpx

Alergia a anestesia: conheça as mais comuns e como lidar

alergia a anestesia

A anestesia é um procedimento muito utilizado e necessário na medicina. Contudo, uma complicação crítica pode ocorrer diante desta técnica: a alergia a anestesia. A reação à substância pode ocorrer em alguns minutos ou mesmo horas após a aplicação do medicamento. 

Ainda que seja uma condição relativamente rara, a alergia a anestesia assusta muitas pessoas, principalmente porque poucos sabem como lidar com ela. Para esclarecer as principais dúvidas sobre este assunto, desenvolvemos o post de hoje com informações importantes sobre a alergia a anestesia. Confira!

O que é alergia a anestesia?

A alergia a anestesia é uma reação exagerada do organismo a substância anestésica utilizada em procedimentos. As pessoas alérgicas, principalmente as que têm asma, rinite e dermatite atópica, possuem uma condição genética que determina que reajam de forma exagerada a determinados estímulos, causando os sintomas.

Portanto, as doenças alérgicas não são contagiosas, e sim o resultado de uma resposta individual determinada geneticamente. Os indivíduos alérgicos são mais sensíveis que o resto da população frente a estímulos externos.

Várias substâncias podem desencadear o quadro alérgico, entre elas: inalantes (ácaros, pelos de animais, fungos, pólen), alimentos, medicamentos, cosméticos, e até mesmo substâncias sedativas, como é o caso da alergia a anestesia.

Quais os tipos comuns de anestesia? 

A anestesia pode variar de acordo com o procedimento realizado e também com o paciente. Os tipos mais comuns de anestesia são a local, sedação, anestesia geral, bloqueios regionais e bloqueios de neuroeixos. Confira mais sobre eles abaixo:

Anestesia local

alergia a anestesia

A anestesia local é realizada diretamente no local em que acontecerá o procedimento, injetando a substância anestésica na região. Ela é mais utilizada por dentistas e reservada para áreas mais restritas e superficiais, visto que podem ser aplicadas em clínicas e consultórios.

Sedação

A sedação consiste em uma medicação endovenosa (realizada na veia). Sua profundidade varia entre o paciente acordado, no entanto, relaxado, até o paciente em sono profundo. Ela deve ser realizada somente em hospitais, utilizada para procedimentos curtos, como endoscopias e outros exames.

Anestesia geral

A anestesia geral é a mais ampla, podendo ser feita por medicamento endovenoso ou inalatório. Nela, o paciente fica inconsciente, sem sentir dor e nem poder se mover. A anestesia geral é usada para cirurgias curtas ou longas, e requer a presença de um médico anestesiologista até o despertar do paciente. Isso porque o monitoramento é necessário, considerando que as condições fisiológicas e farmacológicas podem causar alterações cardíacas, como arritmias. 

Bloqueios regionais

Os bloqueios regionais são procedimentos realizados para limitar a anestesia em braços e pernas. São realizados por meio de injeções anestésicas locais em nervos responsáveis pela dor naquele local. 

Bloqueios de neuroeixo

Os bloqueios de neuroeixo são anestesias conhecidas comumente por peridural e raquianestesia (raqui). Feitos com a injeção de anestésicos locais em espaços específicos localizados na coluna do paciente, os bloqueios de neuroeixo têm como objetivo anestesias a região de abdômen, pelve e pernas. A vantagem em relação às outras anestesias é que esse modelo promove sedação mais duradoura utilizando menos anestésicos.

Tipos de reações devido à alergia a anestesia

As reações causadas pela alergia a anestesia são, muitas vezes, difíceis de prever. Entre os medicamentos utilizados em uma cirurgia, por exemplo, estão anestésicos e também outros possíveis causadores de reações, como antibióticos, analgésicos e preventivos de náuseas e vômitos

Por esse motivo, o médico anestesista, cirurgião e toda a equipe de enfermagem presente estão sempre em alerta para possíveis complicações como esta. Ainda que a medicina tenha evoluído e os efeitos adversos após o procedimento cirúrgico estejam mais controlados, é comum observar reações como sonolência excessiva e náuseas, efeitos muitas vezes proveniente da própria anestesia e também dos anestésicos. Contudo, estes aspectos podem variar de pessoa a pessoa.

Diversas reações à alergia a anestesia podem ocorrer após o uso de medicamentos anestésicos. Elas podem ser vistas em um hospital durante uma cirurgia, em um consultório dentário ou mesmo em casa utilizando medicamentos anestésicos. Sobre os sintomas, eles variam entre:

  • Pequena vermelhidão na pele;
  • Tontura;
  • Náusea;
  • Dificuldade para respirar;
  • Desconforto;
  • Angústia; 
  • Urticária;
  • Fala arrastada;
  • Anafilaxia, e mais.

Riscos da alergia a anestesia

A alergia a anestesia pode evoluir para uma condição mais grave, chamada anafilaxia. Essa condição é uma reação alérgica grave, que, quando não tratada rapidamente, pode ser fatal. A anafilaxia é desencadeada pelo próprio organismo quando há uma reação a certo tipo de alérgeno, no caso, a substância anestésica.

A reação anafilática tem início súbito, podendo se desenvolver em poucos minutos ou algumas horas, causando o surgimento de sintomas característicos, como a queda da pressão arterial, inchaço dos lábios, boca e dificuldade para respirar.

Quando há suspeitas de sintomas semelhantes como o que a anafilaxia causa, recomenda-se que a pessoa seja encaminhada imediatamente à emergência médica. Dessa forma, o diagnóstico e tratamento pode ser feito o mais rápido possível. Em geral, o tratamento consiste na administração de medicamentos injetáveis para interromper a ação e monitoração dos sinais vitais.

Sintomas 

Os medicamentos utilizados durante procedimentos cirúrgicos ou mesmo em outras situações, como preparo para um exame ou alívio de dores, pode causar desde uma simples vermelhidão na pele até um choque anafilático seguido de morte. Confira a seguir as possíveis respostas do corpo a alergia a anestesia:

  • Ansiedade;
  • Desconforto ou aperto no peito;
  • Dificuldade para engolir;
  • Inchaço na garganta, lábios e língua;
  • Inchaço no rosto e olhos;
  • Dificuldade para respirar;
  • Diarreia;
  • Tonturas ou vertigens;
  • Dor abdominal;
  • Urticárias, coceira e vermelhidão na pele;
  • Náuseas e vômitos;
  • Fala arrastada;
  • Perda de consciência.

Além disso, os dois sintomas mais comuns que podem estar presentes em até 90% dos casos, são: urticária e angioedema. A urticária é uma erupção cutânea que se caracteriza pelas placas avermelhadas por todo o corpo. Já o angioedema é identificado por inchaço da pele e mucosa. 

O mais grave que pode ocorrer é a presença do edema na laringe, também conhecido como edema de glote, condição que impede a passagem de ar e interrompe a respiração do indivíduo.

É importante entender que nem toda urticária ou angioedema significa um episódio de anafilaxia relacionado a alergia a anestesia. Um episódio com urticária, mesmo que generalizada, sem a presença do angioedema ou alguns dos sintomas acima, não caracteriza o que é anafilaxia. 

Da mesma forma, um angioedema isolado também não é caracterizado como reação anafilática. Isso porque os quadros de alergia são comuns e apresentam muitas vezes estes sintomas. Já a anafilaxia e o choque anafilático são eventos raros. Em casos mais graves, em que o indivíduo desenvolve dificuldade para respirar e choque circulatório, a crise anafilática pode evoluir rapidamente para a morte, caso não seja tratada a tempo. 

Quem está mais propenso a apresentar alergia a anestesia?

Algumas pessoas podem estar mais propensas a desenvolver a alergia a anestesia que outras. O grupo de risco para estes indivíduos envolve pessoas que sofrem com certas alergias. Além disso, pessoas com problemas respiratórios, como a asma, podem ter mais chances de desenvolver a anafilaxia.

Da mesma forma, caso tenha apresentado uma situação anterior de crise anafilática diante da alergia a anestesia, o risco também pode ser aumentado, com reações cada vez mais fortes. Se algum membro da família já teve alguma crise, deve-se ter alerta para investigar alguma alergia e evitar um possível choque anafilático no futuro.

Como é o diagnóstico?

A alergia a anestesia é diagnosticada baseada nos sintomas presentes durante a crise. Entre eles, os mais comuns, como confusão mental, inchaço da garganta, tontura, fraqueza, edema no rosto, urticária pelo corpo e queda de pressão.

Após ser controlada a crise, o médico deve investigar qual a possível causa, perguntando ao paciente sobre alergias conhecidas e outras reações alérgicas. Uma forma de confirmar o diagnóstico é a realização de testes para alergia, como o Prick Test Patch Test. Estes são testes de contato realizados por um profissional especializado, responsável por colocar a pessoa em contato com diferentes substâncias que podem ser causadoras de reações alérgicas.

A avaliação clínica cuidadosa feita por um alergista auxilia na definição dos sintomas que estão ou não relacionados ao quadro clínico e definirá quais são os principais anestésicos a serem testados.

Os resultados sempre deverão ser interpretados pelo médico adequadamente treinado, pois somente ele saberá a conduta correta a ser tomada. Para os tipos de alergia medicamentos o melhor teste é o de provocação, que só deve ser indicado e realizado pelo especialista em alergia, pois pode-se ter reações mais graves.

O que fazer diante de uma crise de alergia a anestesia?

alergia a anestesia

A melhor forma de tratar a alergia a anestesia é ser encaminhado imediatamente para a emergência hospitalar. A principal maneira de tratamento é o uso da adrenalina (epinefrina). Ela deve ser injetada imediatamente, logo após a constatação da crise. A dose usada para adultos é de 0,3-0,5 mg de solução administrada por via intramuscular, a cada 10 ou 20 minutos, ou quando necessário. 

Já a dose para crianças é de 0,01 mg/kg até o máximo de 0,3 mg também intramuscular a cada 5 ou 30 minutos, se necessário. As doses menores, como 0,1 mg a 0,2 mg administradas se necessário, são comumente adequadas para o tratamento da anafilaxia leve, e muitas vezes é associada ao teste cutâneo alérgico ou imunoterapia.

Ao ter conhecimento da alergia a anestesia, é importante que o indivíduo sinalize aos profissionais que estiverem no hospital ou clínica. É importante, antes de receber a prescrição de algum anestésico, informar sobre possíveis alergias. Também, caso use medicações novas, permaneça no hospital por pelo menos 30 minutos após a ingestão ou infusão, como forma de receber o tratamento adequado caso uma crise possa ser desencadeada. 

Quando procurar um alergologista para tratar a alergia a anestesia?

O sistema imunológico é capaz de se defender contra diversos invasores, como os vírus e as bactérias. Embora essa habilidade seja natural, o processo pode ser considerado agressivo e, em alguns casos, resultar em uma hiperreatividade a determinadas substâncias que não são necessariamente perigosas, como anestesias.

Os indivíduos que apresentam esse tipo de sensibilidade devem se preocupar em agendar uma consulta com o alergologista. Uma vez que o paciente passa por uma consulta com o especialista, ele vivencia uma minuciosa avaliação, que contempla exames físicos, de sangue, cutâneos e de contato, além de testes de alergia e anamnese. 

Todos esses passos são importantes para conhecer o histórico do indivíduo e elaborar um diagnóstico preciso que ajudará na escolha do plano de tratamento. Os pacientes do alergologista incluem pessoas de todas as faixas etárias, afinal, alergia a anestesia pode afetar pessoas em diferentes faixas etárias. Independentemente da idade, existem alguns indicativos da necessidade de procurar ajuda do alergologista. Os principais sintomas, que devem servir como um alerta para todos nós, incluem: nariz escorrendo e espirros constantes, coceira na pele, vômito e diarreia, falta de ar e sibilância, e bolsas abaixo dos olhos ou olheiras.

Outros sinais de que você deve ir à consulta com o alergologista são: apresentar sintomas frequentes de alergia, perceber que medicamentos como descongestionantes e anti-histamínicos já não fazem mais efeito, perceber sinais de asma e identificar que certos alimentos lhe fazem mal. É preciso ter atenção, visto que esses indicativos são genéricos e podem também ser indícios de outras enfermidades. 

Por isso, é preciso observar a frequência com a qual ocorrem e o contexto em que estão inseridos. Se você perceber que eles são recorrentes ou surgem após o contato com determinada substância, a melhor ação é agendar uma consulta com o profissional.

Embora determinadas alergias possam ser facilmente controladas com o uso de medicamentos, algumas condições podem interferir nas atividades diárias, diminuir a qualidade de vida e resultar em crises que, quando não controladas, podem até mesmo ser fatais.

Clínica Croce de anestesiologia

Localizada na zona oeste de São Paulo, a Clínica Croce é uma das pioneiras na administração de tratamentos por meio de infusão medicamentosa no país. Com uma renomada equipe médica, formada por especialistas da USP e da UNIFESP, a Clínica Croce oferece, desde 1973, o que há de melhor nas áreas de Alergologia e Imunologia, Endocrinologia, Endocrinologia Pediátrica e Reumatologia, objetivando prover um atendimento humanizado e uma avaliação científica precisa e qualificada.

Na Clínica Croce contamos com um corpo médico que contempla especialistas de diversas áreas, incluindo a alergologia e imunologia. A clínica de imunologia é uma das mais conceituadas do país e disponibiliza alergologistas com ampla experiência, prontos para fornecerem o atendimento qualificado e humanizado que o paciente necessita.

A clínica conta com estrutura, equipamentos e metodologias modernas para dar o suporte necessário. O corpo clínico da Croce está preparado para prestar atendimento qualificado e especializado, por meio de exames, testes, consultas, diagnósticos e encaminhamento de tratamentos diversos, trazendo muito mais conforto para os seus pacientes.

Realizar um diagnóstico preciso é essencial para diminuir a sensibilidade aos fatores alérgenos que a ocasionam, proporcionando assim melhores resultados ao tratamento dos pequenos pacientes.

Ainda que existam medidas que promovem maior qualidade de vida, como a limpeza e aspiração do ar, prática de exercícios e adoção de uma alimentação saudável, a criança que desenvolve a doença alérgica pode ter um padrão genético herdado, favorecendo o seu desenvolvimento.

Mesmo que não seja possível evitar essa predisposição atualmente com as possibilidades que a medicina apresenta, como curar todas as doenças alérgicas, é possível realizar um tratamento eficiente tão logo apareçam os primeiros sintomas e manifestações das doenças, evitando assim que elas se agravem e prejudiquem a rotina das crianças.

Desse modo, você poderá encontrar no quadro de profissionais da Croce especialistas bastante qualificados e com expertise na administração e na condução de tratamentos via infusão de medicamentos. 

Considerando que a alergia a anestesia pode acontecer quando menos se espera, é importante ficar atento às crises alérgicas que possam evoluir rapidamente. Dessa forma, é fundamental conversar com seu médico antes de utilizar medicamentos e anestésicos pela primeira vez. Caso seja preciso, realize testes em uma clínica de alergologia para certificar-se que não existe risco nenhum. 

Que tal visitar um alergologista? Agende sua consulta com a Clínica Croce. Por meio do atendimento via telemedicina é possível ser atendido de qualquer lugar do Brasil, sem a necessidade de estar em São Paulo, cidade sede da clínica.