No Brasil, estima-se que cerca de 20% da população sofra com problemas alérgicos constantemente. Apesar de ser relativamente comum entre os brasileiros, são poucas as pessoas que marcam consulta com um alergista, mesmo quando apresentam quadro alérgicos.
O motivo é simples: o tratamento realizado por um médico alergista ainda não é muito conhecido, principalmente por pacientes que fazem uso exclusivo do sistema de saúde público, como o SUS (Sistema Único de Saúde).
Pensando nessa questão, elaboramos este conteúdo para que você conheça a importância de se consultar com um alergista, entender como essa consulta funciona, e saber quando é o momento certo de procurar esse profissional. Tenha uma boa leitura!
Qual a importância da atuação do alergista?
E geral, ao sentirem certos sintomas relacionados a crises alérgicas é natural que as pessoas busquem tratamento momentâneo, sem procurar a origem do problema para resolvê-lo e tratá-lo de forma definitiva.
O surgimento de manchas é um exemplo que podemos utilizar para entender melhor essa questão. Ao perceber seu aparecimento, alguns pacientes buscam ajuda em hospitais, ou marcam atendimento com dermatologistas. O mesmo se aplica quando surgem problemas respiratórios, e buscam por otorrinolaringologistas.
Contudo, esses especialistas resolvem tais questões de forma imediata, diferente do alergista, profissional que propõe um diagnóstico aprofundado para solucionar o problema de forma adequada e duradoura.
Ainda existem aqueles que não buscam ajuda mesmo com o surgimento de sintomas, podendo gerar uma série de resultados graves, visto que não é possível medir o nível de sofrimento que o indivíduo pode enfrentar com a doença.
Além de auxiliar na melhora do bem-estar e diminuição dos incômodos causados pelas crises, o médico também é responsável por impedir que a doença se agrave, afetando sua qualidade de vida. Dessa forma, realizar consultas regulares mantendo a rotina médica em dia, é uma forma essencial de preservar a saúde.
Doenças comuns tratadas
Assim como em tantas outras doenças, o sucesso do tratamento para alergias depende da velocidade do diagnóstico e dos cuidados, afinal, a agilidade para identificar a alergia é um fator essencial para a melhora da qualidade de vida dos pacientes, evitando futuros episódios agudos.
As enfermidades alérgicas podem ser agrupadas de acordo com sua localização ou mecanismos que são atacados no organismo do paciente. As principais classificações das doenças tratadas pelo alergista, incluem os seguintes grupos:
- alimentar;
- ocular;
- cutâneo (pele);
- respiratório.
Alergias alimentares
Alguns alimentos podem desencadear crises alérgicas de acordo com o organismo de cada paciente. Suas manifestações alérgicas relacionadas a alimentação envolvem sintomas como vômito, diarreia, manchas pelo corpo, choque, e outros que podem levar o indivíduo à morte.
Alergias oculares
As doenças alérgicas também podem acometer a visão, como é o caso das conjuntivites alérgicas, que causam distúrbios na visão provocados pela irritação, coceira, vermelhidão e lacrimejamento dos olhos.
Alergias cutâneas
As alergias cutâneas, que envolvem a pele, podem ter diferentes fatores desencadeantes, incluindo o uso de cremes, perfumes, produtos, e picadas de insetos. Os sintomas mais comuns apresentados são irritação e coceira.
Alergias respiratórias
As alergias respiratórias costumam acontecer devido a uma hipersensibilidade a diversos fatores, como poeira, ácaro, pelo de animais, e mudanças climáticas. Podem provocar espirros, coriza constante, tosse, coceira no nariz e garganta, e dificuldades para respirar.
A crescente prevalência das doenças alérgicas, seu impacto no bem-estar coletivo e individual, e o prejuízo social que se associa a elas, confirmam a necessidade de diferentes opções terapêuticas e de profissionais especialistas capacitados para enfrentar o desafio de tratar os sintomas dessas condições, como alergistas.
Ainda que nem todos os casos alérgicos apresentam a possibilidade de cura, existem outras maneiras de controlar as crises e aliviar os sintomas, proporcionando conforto para os pacientes alérgicos. Por isso, é importante conhecer mais sobre as principais doenças que podem ser tratadas pelo alergista.
Alergia à alimentos
Reações alérgicas sistêmicas causadas por alimentos, as alergias do grupo alimentar podem provocar reações desconfortáveis, contudo, não tão graves em alguns casos, e ameaçar a vida em outros.
Alguns sintomas podem ser percebidos em períodos curtos, como poucos minutos, ou até algumas horas após a ingestão de determinado alimento. Entre os mais comuns, estão reações que incluem a dificuldade de respirar, dor abdominal, coceira, urticária, tontura, inchaço em lábio, língua e face, coceira na garganta, náuseas, vômito, diarreia e desmaio.
Anafilaxia
A anafilaxia é uma grave reação alérgica sistêmica causada por substâncias ingeridas, injetadas, ou que entram em contato, incluindo medicamentos, picadas de inseto, alimentos e substâncias como látex.
Os pacientes que sofrem com anafilaxia podem experimentar sintomas como formigamento da boca, vermelhidão, calor, coceira, cólicas, lesões na pele, e falta de ar. Em casos mais graves, podem levar à perda de consciência, queda da pressão arterial e morte, caso não seja tratada rapidamente.
Asma
A asma é uma doença pulmonar crônica que resulta da opressão do tórax, dificultando a respiração, causando tosse e chiado. Essas crises podem ser desencadeadas por fatores alérgicos e estímulos como infecções do sistema respiratório, ar frio e fumaça.
Dermatite atópica
A dermatite atópica é uma doença alérgica que causa inflamação da pele, e ocorre por predisposição genética, resultando em uma reação exagerada quando o indivíduo entra em contato com substâncias alergênicas. Entre os sintomas que podem estar presentes, podemos incluir a coceira, vermelhidão e descamação da pele em todo corpo.
Dermatite de contato
Na dermatite de contato, outra das principais doenças tratadas pelo alergista, o paciente apresenta lesões em áreas do corpo que tiveram contato com fatores alérgicos, como tecidos, pêlos de animais e produtos de higiene e limpeza.
Rinite alérgica
A rinite alérgica é uma inflamação crônica da mucosa que reveste as vias nasais. Uma vez que o indivíduo é exposto à fatores alérgenos que provocam a reação, uma série de sintomas são desencadeados, como a necessidade de respirar pela boca, falta de olfato, espirros, coriza, coceira em olhos e garganta, e outros.
Sinusite
A sinusite é uma inflamação dos seios paranasais frequentemente desencadeada por quadros associados à rinite alérgica. Essa doença causa extremo desconforto no paciente, como dores na cabeça e na face, coceira na garganta, congestão nasal e olhos lacrimejantes.
Urticária
A urticária é o tipo de alergia que pode ser desencadeada por ingestão de alimentos ou medicamentos, que aparece e desaparece sem motivo aparente e resulta em lesões na pele, coceira, e vermelhidão na superfície da pele.
Quais sintomas considerar ao procurar um alergista?
Se você ainda apresenta dúvidas sobre o que considerar antes de marcar uma consulta com um alergista, separamos alguns sintomas comuns que muitas vezes não são associados a quadros alérgicos. Acompanhe:
- espirros e coriza constante, principalmente nas trocas de estações, como outono e primavera;
- coceira na pele;
- vômito e diarreia, muito comum em alergias alimentares, exigindo o acompanhamento rigoroso de um alergista;
- sibilância e falta de ar, características comuns em inflamação de vias aéreas e obstruções;
- olheiras ou irritação dos olhos, com excesso de lacrimejamento que pode ser proveniente de pólen, poeira ou até colírios.
Quais os procedimentos de um tratamento com alergista?
Ao consultar-se com um alergista, o especialista deverá realizar uma série de exames, além de interpretar seus resultados com o objetivo de estabelecer um diagnóstico completo para o paciente. Para determinar qual tratamento será eficaz, alguns procedimentos podem ser realizados, como:
- teste para alergias em geral;
- teste de provocação com drogas e alimentos;
- testes de broncoprovocação;
- imunoterapia utilizando alérgenos;
- controle ambiental;
- análise de testes alérgicos, com o histórico clínico do paciente;
- dessensibilização com drogas;
- imunoterapia por meio de venenos de insetos, e mais.
Existe diferença entre alergista e alergologista?
O aumento dos casos envolvendo doenças alérgicas e a conscientização a respeito da necessidade do tratamento correto entre elas, tornou alguns termos que até então eram completamente desconhecidos pela maior parte da população, conhecidos em redes sociais e mídias.
Contudo, alguns nomes que já são mais debatidos, ainda podem gerar dúvidas, como os relacionados aos profissionais da medicina especializados no diagnóstico e tratamento das enfermidades alérgicas. Afinal, existe diferença entre o alergista e o alergologista?
Ainda que seja sutil, sim. Ambos os termos dizem respeito à especialistas que devem conduzir tratamentos daqueles que são acometidos por algum tipo de alergia. Esses profissionais são altamente capacitados e especializados para desvendar os fatores por trás dos quadros alérgicos e também para realizar o tratamento mais indicado a fim de proteger a saúde do paciente contra tais transtornos.
Entretanto, o alergista é o médico especializado para tratar todos os tipos de alergias, enquanto o alergologista, além de também estar habilitado para esse exercício, também concluiu um período de especialização na área de alergia e imunologia, passando por treinamento geral e clínico.
Você pôde conferir a atuação de um médico alergista e compreender sua importância para um diagnóstico preciso e tratamento eficaz que possa resolver os problemas causados por alergias na vida do paciente. Fique atento aos sintomas apresentados, e procure um especialista sempre que for indicado.
Com o avanço da medicina, os tratamentos para alergias também evoluíram. Para conferir um destes progressos, conheça a vacina para rinite alérgica!