Estudos indicam que todos os anos morrem cerca de 100 pessoas devido a reações anafiláticas provocadas por ingestão de alimentos. Além disso, a alergia a picadas de insetos faz anualmente cerca de 40 vítimas fatais. Apesar de sua gravidade, as reações anafiláticas apresentam tratamento e prevenção. Saiba mais sobre isso, e como é possível diagnosticar a reação anafilática, a seguir!
O que são reações anafiláticas?
As reações anafiláticas são reações alérgicas graves que, quando não tratadas rapidamente, podem causar a morte do indivíduo. A anafilaxia, como também é chamada, desencadeia-se pelo próprio organismo, quando ocorre reação a um tipo de alérgeno que pode ser um alimento, medicamento, veneno de inseto, substância ou mesmo um material.
Tais reações apresentam início súbito, e podem se desenvolver em poucos tempo, causando o surgimento de sintomas característicos, como inchaço nos lábios, boca, queda da pressão arterial e dificuldade para respirar. Diante da suspeita de sintomas semelhantes aos de reações anafiláticas, recomenda-se encaminhar o indivíduo imediatamente à emergência médica. Assim, o diagnóstico e tratamento pode ser o mais rápido possível.
Como reconhecê-las?
Os sintomas das reações anafiláticas podem ser confundidos com manifestações presentes em uma alergia normal, como corrimento nasal ou alguma forma de irritação. No entanto, após alguns minutos, os sinais mais graves podem ocorrer. Entre eles, estão:
- Urticárias, coceira e vermelhidão na pele;
- Inchaço na garganta, lábios e língua;
- Desconforto ou aperto no peito;
- Dificuldade para respirar;
- Inchaço no rosto e olhos;
- Dificuldade para engolir;
- Perda de consciência;
- Tonturas ou vertigens;
- Náuseas e vômitos;
- Dor abdominal;
- Fala arrastada;
- Ansiedade;
- Diarreia.
Os dois sintomas mais comuns, presentes em até 90% dos casos de reação anafilática são a urticária e angioedema. A urticária caracteriza-se por uma erupção cutânea em que se manifestam placas avermelhadas por todo o corpo. Já o angioedema, é um inchaço da pele e mucosa. Em casos mais graves, pode ocorrer a formação de edema na laringe, ou edema de glote, condição que impede a passagem de ar e interrompe a respiração do indivíduo.
Como é o tratamento das reações anafiláticas?
Por representar grave risco à vida, a reação anafilática deve ser tratada rapidamente, com auxílio médico em uma instituição de saúde que ofereça os recursos necessários. Desse modo, ao identificar uma crise, é fundamental buscar atendimento emergencial. A principal forma de tratamento é o uso da adrenalina (epinefrina).
Infusão de medicamentos
Essa técnica consiste na aplicação direta de fluidos em uma veia do paciente. É comumente administrada em hospitais, em pacientes que devem receber grande quantidade de medicação ou que estejam doentes a ponto de não conseguir ingerir o remédio via oral. Logo após a identificação da crise, injeta-se o medicamento para eliminar a reação causada pelo organismo.
A dose de adrenalina em adultos é de 0,3-0,5 mg de solução por via intramuscular, a cada 10 ou 20 minutos, ou quando necessário. Já a dose para crianças é de 0,01 mg/kg até o máximo de 0,3 mg também intramuscular, a cada 5 ou 30 minutos. As doses menores são comuns para o tratamento da anafilaxia leve, situação mais comum durante o teste cutâneo alérgico ou imunoterapia.
Caneta de adrenalina autoinjetável
Para indivíduos que apresentam episódios alérgicos ou de crise anafilática com maior frequência, uma alternativa para evitar complicações durante uma nova crise e possibilitar o socorro imediato sem graves complicações para a saúde é o uso da caneta de adrenalina autoinjetável.
Esse equipamento apresenta uma dosagem do medicamento, permitindo controlar e diminuir as reações alérgicas graves. Sua aplicação auxilia pacientes com histórico de anafilaxia na diminuição das reações alérgicas de forma rápida. Isso é muito importante para obter ajuda médica necessária para o indivíduo em tempo hábil.
Como saber se posso ter reações anafiláticas?
O diagnóstico das reações anafiláticas é baseado nos sintomas apresentados durante a crise. Entre eles os mais comuns estão inchaço da garganta, tontura, fraqueza, edema no rosto e urticária pelo corpo, que podem evoluir para confusão mental e queda de pressão. Apesar de ser considerada uma condição grave, que coloca a vida em risco, quando o diagnóstico ocorre, é possível controlar essa condição.
Por isso, após uma crise, o médico investiga a possível causa da reação alérgica, avaliando junto ao paciente as possibilidades e a presença de outras alergias. Além disso, usam-se alguns testes para o diagnóstico da anafilaxia. Esses exames de contato auxiliam o alergologista na avaliação das substâncias que podem ser alérgenas ao indivíduo.
Prick Test e Patch Test
Mais comum entre os testes alérgicos, o Prick test consiste na aplicação de gotas contendo diversas substâncias suspeitas que causam alergia no antebraço do paciente. Assim, é possível obter o resultado em menos de meia hora. Já no Patch Test, ou teste cutâneo de contato, cola-se uma espécie de fita nas costas do indivíduo contendo pequenas amostras de substâncias suspeitas de provocarem alergia. Dessa forma, retira-se a amostra após 48 horas e se obtem o resultado do exame após 72 horas.
As reações anafiláticas são manifestações graves que estão comumente associadas a substâncias alérgenas como alimentos, medicamentos, picadas de insetos, produtos ou outras substâncias. Apesar do risco para a vida, é uma condição que apresenta tratamento e prevenção. Para isso, é indispensável a realização de testes específicos que contribuam para a identificação dos alérgenos. Dessa forma, é possível evitar contato com tais agentes ou obter tratamento rápido quando esse contato for inevitável.
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