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Reumatologista: o que é, do que trata e para que serve?

Reumatologista

Ao sentir dores nas costas, nos joelhos ou ombros, a primeira coisa que lhe vem em mente é marcar uma consulta com um ortopedista? Pois saiba que talvez o profissional mais indicado para o seu problema possa ser um reumatologista. Embora esses dois profissionais atuem de forma próxima e, em boa parte das vezes, até complementar, é importante conhecer bem cada especialidade para evitar perda de tempo e de dinheiro, compreendendo o que é e do que exatamente trata cada especialista.

O ortopedista deve ser procurado quando ocorre um trauma ou uma torção que resulte em um quadro de dor ou o inchaço. Por sua vez, o reumatologista é o especialista mais indicado quando os sintomas são crônicos e incluem dificuldade de movimento e indícios de inflamação.

Embora muita gente não saiba bem o que é a reumatologia, essa especialidade clínica é essencial para promover a reabilitação física e tratar doenças autoimunes, por exemplo.

As doenças reumáticas são as que mais atingem as pessoas. Estima-se que a lombalgia, por exemplo, atinja cerca de 80% da população ao menos uma vez na vida. Fibromialgia, artrite reumatoide, osteoporose e outras doenças reumáticas também ocorrem com frequência – e não apenas em indivíduos acima de 60 anos, como muitas pessoas acreditam.

Também é importante saber que o reumatologista é responsável pelo tratamento das patologias que acometem os tecidos conjuntivos, tais como tendões, músculos, ligamentos, articulações e ossos. Essa especialidade clínica trata, ao menos, uma centena de doenças reumáticas, que incluem dores na coluna, tendinites, bursites e doenças sistêmicas que podem afetar o bom andamento do sistema nervoso e de órgãos como o coração e os rins.

Neste artigo, falaremos mais a respeito do reumatologista. Acompanhe, a seguir, e entenda o que é  e como se dá a atuação desse profissional, compreendendo quando é hora de procurá-lo.

O que é o reumatologista?

O reumatologista é o especialista da clínica médica que estuda as doenças de origem não traumática que causam dores musculoesqueléticas. Isso quer dizer que ele trata as dores nas articulações, nos músculos e ossos que não tenham sido causadas em virtude de batidas, quedas e torções. Esse profissional também atua na prevenção e no tratamento de doenças do metabolismo ósseo, como a osteoporose, por exemplo.

Embora os sintomas das doenças reumatológicas se manifestem com maior frequência no sistema musculoesquelético, as dores podem ser apenas um indicativo de patologias que acometem outros órgãos, como pulmões. Por esse motivo, o reumatologista tem uma formação bastante completa e complexa que permite que ele adquira conhecimento dos demais sistemas do corpo humano.

Por fim, sobre essa área médica, é importante ressaltar que as dores crônicas podem prejudicar a funcionalidade, limitando – e muito – a vida ativa da população. É importante ressaltar que algumas doenças sistêmicas inflamatórias, quando não diagnosticadas e tratadas precocemente, podem levar à morte do paciente.

Embora as doenças ósseas, como a osteoporose sejam as mais lembradas, as doenças autoimunes, como a artrite reumatoide e as patologias degenerativas articulares, como a artrose, também fazem parte do leque de problemas de saúde que o médico se dedica a tratar.

O papel desse especialista, no entanto, não é unicamente diagnosticar. O gerenciamento clínico e o tratamento das articulações, dos ossos, músculos e órgãos internos também é feito por ele.

É importante frisar que o médico reumatologista atua em parceria com outros profissionais da saúde para promover um tratamento mais completo aos seus pacientes. Além disso, atua na educação dos enfermos e familiares, provendo valiosas informações sobre como conviver com uma doença reumática crônica e ter mais qualidade de vida. Esse cuidado inclui técnicas de prevenção de incapacidade, uso de medicamentos, dicas para recuperação de funções e para preservar o bem-estar do indivíduo na comunidade na qual ele está inserido.

Como é o processo de especialização nesse campo médico?

O diagnóstico, tratamento e gerenciamento das doenças reumáticas exige um alto grau de conhecimento específico. Por esse motivo, o reumatologista passa por um extenso processo de formação e prática, que inclui a formação na faculdade de medicina, a especialização em medicina interna e, posteriormente, em reumatologia.

Para atuar nesse nicho, o especialista deve estar em constante atualização, buscando sempre as melhores práticas e terapias para proporcionar melhor qualidade de vida aos seus pacientes e familiares.

Quais são as principais partes e sistemas do corpo humano que um reumatologista trata?

Tradicionalmente, ao pensarmos em reumatismo, é comum lembrarmos apenas de dores que acometem as pessoas mais idosas. Porém, na verdade, as doenças tratadas por um reumatologista são mais complexas e afetam diversas partes e sistemas do corpo humano.

O reumatologista trata articulações, músculos, ligamentos, tendões e cartilagens. Mas sua especialidade não para por aí, afinal, as doenças reumáticas podem acometer também os órgãos internos.

Por trás da doença, podem haver também fundamentos imunológicos que atacam órgãos como cérebro, rins e coração. O resultado do processo são quadros de dor, limitação de movimentos, deformação e, até mesmo, óbito.

Por tudo isso, conhecer esse grupo de enfermidades tratado pelo reumatologista é importante, a fim de se procurar a ajuda do profissional mais indicado e receber mais agilmente o tratamento mais efetivo e adequado.

Quais são as doenças mais comuns tratadas pela reumatologia?

O reumatologista trata as patologias que acometem o sistema musculoesquelético e que também podem resultar em comprometimento sistêmico.

Existem muitas doenças que são classificadas como reumatismo. Dentre elas, as mais comuns são as dores articulares, lombalgia, artrose, fibromialgia, osteoporose, lúpus, gota e artrite reumatoide. Essas patologias podem ser de origem não traumática, de causa inflamatória, autoimune, metabólicas ou degenerativas. Todas elas com uma característica em comum: dor nas juntas e articulações.

As doenças reumáticas podem ser agrupadas de acordo com a localização ou com os mecanismos de lesão. As principais classificações incluem:

  • Doenças difusas do tecido conjuntivo: essas patologias estão relacionadas aos distúrbios do sistema imunológico. As doenças mais comuns são lúpus eritematoso sistêmico, artrite reumatoide, síndrome de Sjögren, esclerose sistêmica, doença muscular inflamatória, síndrome do anticorpo antifosfolípide, e doença mista do tecido conjuntivo (doença de Sharp).
  • Espondiloartropias: consistem em inflamações da coluna vertebral, podendo causar inflamações nos órgãos e artrite em articulações periféricas. As doenças dessa categoria incluem a síndrome de Reiter, espondiloartropatia da psoríase e espondilite anquilosante.
  • Doenças osteometabólicas: essa categoria engloba patologias que afetam especialmente os ossos, tais como o hiperparatiroidismo, osteoporose, doença de Paget e osteomalácea.
  • Doenças articulares degenerativas: esse grupo de doenças afeta as articulações. As principais patologias são a osteoartrose primária e a secundária.
  • Artropatias microcristalinas: são doenças articulares causadas por microcristais, como ocorre em quadros de condrocalcinose, gota e artrite por hidroxiapatita.
  • Artropatias reativas: são doenças reumáticas associadas a quadros infecciosos, como as artrites infecciosas, a osteomielite, a febre reumática e a doença de Lyme.
  • Reumatismos extra-articulares: essas patologias acometem as estruturas próximas às articulações, como ocorre nos casos dos pacientes que sofrem com tendinite, bursite, fibromialgia, esporões, dor miofascial, fasciíte plantar e epicondilite.
  • Artropatias osteoarticulares que ocorrem na evolução de outras doenças: são casos relacionados a outras patologias não reumáticas que resultam em hipo e hipertiroidismo, diabetes mellitus e tumores (ósseos, articulares e nos tecidos periarticulares).

Vale salientar que o sucesso do tratamento depende da velocidade do diagnóstico e do início da atuação do reumatologista, pois essa agilidade é um fator diferencial para interromper a progressão da doença.

Ainda, embora nem todos os casos tenham uma cura, há formas de melhorar a qualidade de vida do paciente e de aliviar os sintomas de sua enfermidade. Para isso, é importante conhecer mais sobre as doenças que o reumatologista trata. Confira algumas delas a seguir:

  • Artrite reumatoide: doença crônica inflamatória e autoimune que afeta várias articulações, como mãos e pés, causando dor, inchaço e rigidez.
  • Tendinite: trata-se de uma inflamação dos tendões, em geral, devido ao seu uso exagerado ou repetitivo ou, ainda, devido à presença de doenças degenerativas ou inflamatórias. As principais regiões afetadas são cotovelos, calcanhares, ombros e punhos.
  • Osteoporose: essa doença consiste na perda da massa óssea, fazendo com que o indivíduo torne-se mais suscetível a fraturas.
  • Gota: é um tipo de artrite causado pelo aumento do ácido úrico no sangue. Os enfermos sofrem com crises de dor e inchaço significativo nas articulações, especialmente nos pés. Os quadros que não recebem o correto tratamento podem evoluir para artrite deformante e irreversível.
  • Pseudogota: da mesma forma que ocorre nos quadros de gota, essa doença acontece por conta do excesso do ácido úrico e, também, de cálcio nas articulações.
  • Fibromialgia: consiste na síndrome de dor crônica no corpo todo. Os pacientes são acometidos por fadiga, sintomas depressivos e distúrbios do sono.
  • Osteoartrose: essa condição, que também é conhecida como osteoartrite, consiste na destruição progressiva da cartilagem articular e em anormalidades nos ossos adjacentes a ela. Os quadros de dor são comuns, resultando na perda da qualidade de vida e no afastamento do trabalho e dos demais compromissos diários do paciente.
  • Lúpus Eritematoso Sistêmico: doença autoimune e inflamatória desencadeada por fatores de estresse ou que causem a liberação de adrenalina. Os sintomas mais comuns incluem sensibilidade na pele do rosto, vermelhidão, manchas, febre e cansaço.
  • Síndrome de Sjögren: doença autoimune que pode ocorrer isoladamente ou em conjunto com outra patologia reumatológica. Os principais sintomas são a secura dos olhos e dos lábios.
  • Febre reumática: causada após uma infecção de garganta pela bactéria estreptocócica, essa doença afeta pacientes principalmente na faixa dos 7 aos 14 anos de idade. Os sintomas incluem inchaço, febre, movimentos involuntários durante o sono e dor nas articulações. Em casos mais graves, pode, inclusive, prejudicar o coração.
  • Espondiloartrites: engloba um conjunto de doenças, como a espondilite anquilosante, a artrite psoriásica e a artrite reativa. Os pacientes apresentam inflamação na coluna e nas articulações, além dos pontos de junção dos tendões com os ossos.
  • Vasculite: consiste na inflamação dos vasos sanguíneos. Ocorre quando as paredes dos vasos são invadidas por células do próprio sistema imunológico.
  • Lombalgia: caracteriza-se pela dor sentida na região inferior das costas. Por não ter uma causa única, pode ocorrer em pacientes de qualquer idade. A lombalgia pode desencadear outras doenças reumáticas, por isso, necessita de acompanhamento médico.
  • Esclerodermia: essa doença ocasiona o endurecimento da pele, deixando-a sem elasticidade, lisa e espessa.
  • Reumatismo de partes moles: esse tipo de inflamação acomete as articulações dos membros inferiores ou superiores, podendo levar ao desenvolvimento de quadros de bursites, tendinites, entre outros problemas.
  • Síndrome antifosfolípide: outro caso de distúrbio com origem autoimune. Esse quadro consiste na coagulação do sangue, que pode desenvolver-se para tromboses.

Quando você precisa começar a se preocupar em ir a um reumatologista?

O sintoma que costuma levar a maior quantidade de pacientes até o consultório do reumatologista é, sem sombra de dúvidas, a dor. Com base no relato do paciente, o especialista pode investigar a causa desse fator, além de fazer uso de exames físicos bastante minuciosos. Com a evolução da medicina e o desenvolvimento constante da tecnologia, essa área clínica dispõe de um vasto e moderno arsenal de exames laboratoriais e de imagem que atuam de forma complementar à avaliação clínica.

Ao contrário do que diz a crença popular, os diversos tipos de reumatismo não têm, necessariamente, ligação direta com idade ou gênero. Algumas patologias podem se manifestar já na infância ou na adolescência, enquanto outras podem se desenvolver na fase adulta ou ainda na terceira idade.

Embora esse tipo de enfermidade não siga um padrão universal, existem tipos preferenciais de acordo com alguns fatores. A febre reumática, por exemplo, atinge principalmente as crianças. Já o lúpus eritematoso sistêmico, em geral, se manifesta nas mulheres durante a puberdade com as alterações hormonais. Entre os idosos, o tipo predominante inclui a artrose e a artrite reumatoide.

Como já vimos, a dor é a principal queixa dos pacientes com doenças reumáticas. Por isso, esse deve ser o principal indicativo da necessidade de agendar uma consulta com o reumatologista. Outros sintomas também podem servir como alerta, tais como inchaços, aumento da temperatura e vermelhidão na região da dor, febre, fadiga, desânimo, perda do apetite e de peso e incapacidade funcional.

Não raramente, outros especialistas recomendam uma visita ao reumatologista em quadros nos quais ocorrem a evolução de outra doença, como tumores, diabetes e o hipotireodismo.

Vale ressaltar que, além dos quadros de dor, algumas das doenças reumáticas podem comprometer determinados órgãos do corpo humano, como pulmões, coração e rins. Por isso, ao sentir algum dos sintomas, é muito importante procurar pelo reumatologista, já que ele é o médico especializado na área.

Nos últimos anos, o tratamento clássico dessas doenças passou por um processo de evolução no qual novos medicamentos e estratégias foram postos em prática. Até então, o tratamento mais comum envolvia unicamente o uso de anti-inflamatórios.

Evidentemente, o gerenciamento da doença varia de acordo com o perfil do paciente e a patologia a ser tratada. Mas, de forma geral, algumas medidas gerais podem ser adotadas para todos os reumatismos, como alimentação saudável, mudança de hábitos de vida, prática de atividade física, redução do consumo de álcool e abandono do cigarro.

Os medicamentos são específicos para cada caso e incluem corticoides, redutores de ácido úrico, anti-inflamatórios, biológicos, imunomoduladores, entre outros.

O diagnóstico desse tipo de doença é feito por meio da anamnese. Durante a entrevista, o reumatologista aborda os históricos de vida pessoal e familiar do paciente. Essas informações são usadas em conjunto com exames de imagem, como ultrassom, ressonância magnética, tomografia computadorizada e raio X, além de exames de densitometria óssea.

Agendando sua consulta com um reumatologista

Como vimos, o médico reumatologista é o responsável pelo tratamento das doenças que afetam as juntas e articulações. É ele quem ajuda a minimizar sintomas como quadros de inflamação, rigidez muscular e dores nas articulações que afetam a qualidade de vida dos pacientes

Portanto, um diagnóstico preciso e célere é essencial para interromper a progressão da doença e proporcionar melhores resultados ao tratamento do paciente.

Embora existam medidas que tragam maior qualidade de vida para a população, como a adoção de hábitos e a alimentação saudável, a pessoa que desenvolve a doença pode ter um padrão genético herdado que favorece o seu desenvolvimento. Apesar das tendências genéticas ainda não serem passíveis de tratamento na medicina atual, é possível introduzir um tratamento eficaz tão logo apareçam os primeiros sintomas e manifestações da doença, evitando assim que ela progrida.

A Clínica Croce, por exemplo, possui em seu corpo clínico médicos especialistas no assunto, como é o caso do Dr. Emerson Alves Gimenez. Reumatologista, ele tem na osteoporose, no lúpus, na osteoartrite, na fibromialgia e na artrite reumatoide suas principais especialidades dentro do campo.

Se seu quadro é de dor frequente e você se identificou com o que escrevemos aqui neste artigo, talvez seja a hora de agendar uma consulta. Procure um dos nossos especialistas que irá investigar a sua causa através de exames físicos minuciosos, complementados pelo nosso vasto e moderno arsenal de exames laboratoriais e de imagem.

Agende sua consulta com a Clínica Croce. Por meio do atendimento via telemedicina é possível ser atendido de qualquer lugar do Brasil, sem a necessidade de estar em São Paulo, cidade sede da clínica.