Você sabia que existe uma ferramenta que avalia a extensão da dermatite atópica? Trata-se da Calculadora SCORing de Dermatite Atópica, ou SCORAD.
SCORAD possui um questionário que ajuda a pontuar a gravidade da doença e comparar os resultados ao longo dos dias e meses subsequentes, a fim de observar se houve melhora ou piora com o tratamento.
Mas você conhece os principais sintomas da dermatite atópica? É importante saber quais são, para utilizar o SCORAD corretamente.
Continue a leitura e saiba tudo sobre dermatite atópica e garantir acesso ao SCORAD da Clínica Croce!
Quando surgiu o SCORAD?
O Grupo de Trabalho Europeu sobre Dermatite Atópica desenvolveu e validou o SCORAD em 1990, com o objetivo de ajudar médicos e pacientes a monitorar a progressão desta doença, que por muitas vezes é angustiante.
O SCORAD tem sido cada vez mais utilizado por pacientes com dermatite atópica, já que pode ser aplicado de forma prática através de questionário acessado por meio de smartphones, tablets e computadores.
Ele fornece uma avaliação prática e objetiva da melhora ou piora das lesões, abordando três critérios: extensão, intensidade e sintomas subjetivos, incluindo prurido e insônia.
Esse tipo de ferramenta de avaliação ajuda o médico a administrar e tratar melhor o paciente, mas não dispensa consulta com o médico alergista.
O que é dermatite atópica e quais os seus sintomas?
A palavra “atópico” vem do grego “átopos”, que significa “fora de lugar”, e se refere à distribuição irregular e com padrões diferentes das lesões na pele apresentadas por pessoas com dermatite atópica.
A atopia é um tipo de hipersensibilidade alérgica que está associada à asma, rinite e dermatite crônica.
Na dermatite atópica, a pele pode apresentar ressecamento, vermelhidão, ardor, inchaço, manchas, bolhas, feridas, rachaduras, crostas e descamação, entre outros sintomas.
A frequência e a intensidade desses sintomas estão relacionadas à presença de outros problemas alérgicos e à exposição a alérgenos aos quais o indivíduo seja sensível.
Ao contrário da dermatite de contato, que causa lesões locais na área do corpo exposta a algum elemento irritante, a dermatite atópica pode afetar áreas mais diversas e extensões maiores de pele.
Embora seja mais comum nas dobras do corpo, como pescoço, cotovelos e atrás dos joelhos, a dermatite atópica também pode aparecer nas mãos, pés, rosto, costas, peito e couro cabeludo, sendo um dos tipos mais comuns de alergia cutânea.
É importante ressaltar que a coceira frequente e contínua causada pela doença pode prejudicar significativamente a qualidade de vida e as interações sociais do portador, perturbando o sono e afetando a rotina de quem trabalha.
A pele seca é uma queixa comum em quase todos os portadores de dermatite atópica, que costuma apresentar exacerbações ou crises seguidas por períodos de remissão.
Embora a coceira possa gerar uma sensação de alívio momentâneo, ela pode levar a inflamações e infecções cutâneas. Quando isso acontece, é fundamental buscar o tratamento adequado para ajudar a reduzir a coceira e o desconforto associados à dermatite atópica.
Quais são as causas para o surgimento da dermatite atópica?
A causa exata da dermatite atópica ainda não é clara e continua sendo objeto de estudo e debate na comunidade médica.
No entanto, existem alguns fatores de risco conhecidos, incluindo predisposição genética e histórico familiar.
Estudos mostram que se ambos os pais têm dermatite atópica, seus filhos têm 70% de possibilidade de também terem a doença.
Além disso, o histórico pessoal ou familiar de eczema, alergias, febre do feno ou asma também é um fator de risco importante.
Vários fatores ambientais e de estilo de vida também podem contribuir para o desenvolvimento da dermatite atópica.
Isso inclui alergias a poluentes ambientais, pólen, mofo, ácaros ou pelos de animais, bem como o uso de loções e sabonetes com composições químicas irritantes.
Destacamos ainda o contato com detergentes e produtos de limpeza, baixa umidade do ar, roupas de lã ou tecidos sintéticos, temperaturas extremas, transpiração excessiva e estresse emocional.
Além disso, estudos sugerem que muitos pacientes com dermatite atópica têm uma mutação genética no gene responsável pela produção de filagrina, uma proteína importante para manter a barreira protetora da pele saudável.
Sem uma quantidade suficiente de filagrina, a umidade pode escapar, levando aos sintomas típicos da doença.
Hidratantes ajudam no tratamento da dermatite atópica?
Uma vez que a dermatite atópica compromete a barreira superficial da pele, acaba favorecendo inflamações cutâneas.
Esse comprometimento resulta em uma perda de água, tornando a pele mais ressecada e vulnerável a bactérias, fungos e vírus, que podem causar infecções, lesões e coceira.
Embora a higiene seja importante, a hidratação adequada é fundamental para aliviar os sintomas da dermatite atópica, ajudando a recuperar a barreira de proteção.
Para ser eficaz, o hidratante deve conter óleos vegetais, ceramidas, ingredientes calmantes e regeneradores de pele.
A escolha de um hidratante adequado pode parecer simples, mas cada tipo de pele requer cuidados específicos e cada hidratante tem uma composição e ação únicas.
Personalizar cremes ou loções com ativos e concentrações específicas para cada paciente e fase da dermatite pode ser útil.
Ao escolher um hidratante, é importante optar por cremes sem fragrâncias, parabenos e óleos minerais, pois esses ingredientes podem irritar a pele.
Em vez disso, bases vegetais feitas com ceras e óleos de origem vegetal são uma opção melhor.
Durante a consulta médica, o profissional irá recomendar o tipo de hidratante mais adequado para o tratamento da dermatite atópica.
Os hidratantes oclusivos formam uma barreira protetora na superfície da pele, impedindo a perda de água e mantendo a hidratação. Eles contêm ingredientes oleosos que conferem maciez e suavidade à pele.
Por outro lado, os hidratantes umectantes retêm a umidade do ar, sendo solúveis em água e tendo formulações mais leves. São ideais para peles oleosas e com acne.
Após o banho, é importante secar o corpo delicadamente com uma toalha, sem esfregar. Em seguida, o hidratante deve ser aplicado.
Se o médico prescrever um creme com corticóides, é recomendado aplicá-lo imediatamente após o banho e, após uma hora, aplicar o hidratante para evitar a diluição e manter a eficácia do tratamento.
A utilização de cremes hidratantes é fundamental para proteger a pele e prevenir o aparecimento de lesões e feridas na dermatite atópica.
É crucial seguir as orientações médicas e manter o tratamento em dia para controlar os sintomas da doença. Em casos mais graves, o médico pode prescrever medicamentos orais.
Vale ressaltar que ferimentos decorrentes da coceira podem ser infectados por bactérias ou vírus, o que requer tratamento médico com uso de antibióticos e, em alguns casos, internação hospitalar.
Pacientes com dermatite atópica que também sofrem com condições como asma, rinite, sinusite e pneumonia precisam de acompanhamento de diferentes especialistas.
Os avanços tecnológicos e médicos estão trazendo novas opções de tratamentos que melhoram o controle da doença.
Independentemente da gravidade da dermatite atópica, apenas o médico pode indicar o tratamento mais adequado, considerando diversos aspectos para determinar a dosagem e a duração corretas do tratamento complementar.
Quais são as possíveis complicações da dermatite atópica?
A pele saudável tem a capacidade de reter a umidade e proteger contra bactérias, substâncias irritantes e alérgenos.
Já a pele com dermatite atópica tem essa proteção comprometida, o que aumenta a suscetibilidade a fatores ambientais, irritantes e alérgenos, bem como as infecções de pele causadas por bactérias, fungos e vírus.
O uso prolongado de medicamentos como corticosteróides tópicos pode levar à atrofia da pele.
A dermatite atópica também pode anteceder o desenvolvimento de problemas como asma e febre do feno. Um estudo sugere que mais da metade das crianças com dermatite atópica desenvolverão asma e febre do feno aos 13 anos de idade.
Outro problema frequentemente associado a essa condição é a perturbação do sono devido à coceira intensa, o que pode afetar negativamente a qualidade de vida do paciente. Além disso, a coceira e as lesões podem levar a problemas sociais, como isolamento e depressão.
É importante destacar que as crianças com dermatite atópica estão em risco elevado de infecções graves e sistêmicas pelo vírus herpes simplex, especialmente em áreas de eczema atópico ativo.
Dermatite atópica e psoríase são a mesma doença?
Não, mas tanto a psoríase quanto a dermatite atópica são doenças crônicas da pele que afetam a qualidade de vida do paciente e a autoestima.
Entretanto, uma diferença fundamental é que a psoríase comumente afeta a região extensora do corpo, enquanto a dermatite atópica tende a acometer a região flexora.
Os sintomas da psoríase incluem manchas cobertas por escamas esbranquiçadas, pele rachada, sensação de queimação e dor na pele, entre outros.
Já os sintomas característicos da dermatite atópica costumam envolver coceira intensa, pele seca, descamação e vermelhidão.
Os riscos associados à psoríase tendem a ser mais graves do que os da dermatite atópica, podendo incluir doença renal e cardiovascular, artrite psoriática, mal de Parkinson, síndrome de Chron e outras condições.
Qual o momento ideal para procurar um médico?
Principalmente no caso de bebês e crianças, é crucial procurar ajuda médica assim que os sintomas mencionados anteriormente aparecem, especialmente se já estiverem afetando o sono e a qualidade de vida.
Em caso de dores, coceiras na pele ou suspeita de infecção, é importante consultar um especialista o mais rápido possível.
Para facilitar o diagnóstico, é importante informar questões como:
- quanto tempo os sintomas estão presentes (e se são contínuos ou intermitentes);
- histórico médico especialmente relacionado a alergias do paciente e seus pais;
- medicamentos que estejam sendo usados, incluindo quaisquer remédios caseiros que tenham sido tentados anteriormente.
É importante ressaltar que, quando não tratada, a dermatite atópica pode levar a complicações agudas para a saúde, como neurodermatite e problemas de visão, como conjuntivite e ceratite.
Além disso, os sintomas podem prejudicar a produtividade e a rotina do portador. Por isso, ao identificar possíveis sintomas, é importante procurar ajuda médica e agir proativamente.
Que medicamento é mais eficaz no tratamento da dermatite atópica?
Embora não haja cura definitiva e completa para a dermatite atópica, existem tratamentos eficazes que podem reduzir seus sintomas característicos, tais como a coceira, a pele rachada, as inflamações e infecções.
O tratamento geralmente envolve o afastamento dos fatores desencadeantes, autocuidado com a pele, fototerapia e prescrição de medicamentos, incluindo medicamentos orais, tópicos ou injetáveis, como os biofármacos.
Os biofármacos são medicamentos desenvolvidos a partir de células vivas modificadas com o uso da tecnologia e são uma das tendências da medicina.
Eles tendem a ser mais precisos do que as soluções convencionais e inibem o mecanismo desencadeante do processo inflamatório da dermatite atópica, reduzindo a ocorrência de lesões e coceiras na pele.
A infusão de biofármacos apresenta alívio mais rápido dos sintomas da dermatite atópica, reduz os efeitos colaterais e o tempo de hospitalização dos pacientes.
Em ensaios clínicos, o uso desses medicamentos gerou resultados positivos, incluindo a diminuição de 75% da coceira em dois terços dos pacientes no período de 16 semanas.
É essencial controlar os fatores que desencadeiam as crises e aprender a cuidar bem da pele para reduzir a frequência e a gravidade dos surtos da doença.
No entanto, é importante ressaltar que somente um médico pode indicar a melhor abordagem para o tratamento da dermatite atópica, incluindo quais remédios utilizar e em que dose, por isso a automedicação não é recomendada.
Como é feito o diagnóstico da dermatite atópica?
Após ter entendido o que é dermatite atópica, é importante saber como a doença é diagnosticada.
O diagnóstico é feito por meio de uma avaliação clínica e análise dos sintomas, que considera a localização das lesões, a intensidade da coceira, a presença de outras doenças e o histórico familiar.
Embora muitas pessoas possam achar que têm dermatite atópica ao notar erupções cutâneas na pele, existem outras condições que podem levar a esse tipo de sintoma, como psoríase, distúrbios imunológicos e até mesmo outras formas de dermatite, como a de contato.
Sendo assim, é importante lembrar que o auto diagnóstico pode ser prejudicial ao paciente, já que pode atrasar o início do tratamento adequado, causar novas crises e afetar a qualidade de vida.
Apenas um profissional de saúde capacitado pode realizar um diagnóstico preciso e indicar o tratamento mais adequado para cada caso.
E o tratamento para dermatite atópica: como é feito?
Embora a dermatite atópica seja uma condição crônica sem cura, é possível controlar e aliviar seus sintomas através de tratamentos específicos e cuidados adequados.
O objetivo principal do tratamento é controlar a coceira, reduzir a inflamação da pele e prevenir as recorrências. Infecções secundárias, quando presentes, geralmente requerem tratamento com antibióticos tópicos ou orais.
Cada caso deve ser avaliado individualmente por um profissional dedicado, mas de forma geral, são indicados hidratantes, emolientes, corticoides tópicos, medicamentos imunossupressores e anti-histamínicos.
A fototerapia também pode ser uma opção de tratamento para casos mais difíceis de controlar.
Uma inovação promissora no tratamento da dermatite atópica são as infusões de medicamentos imunobiológicos, que são uma opção para casos mais graves e que não respondem ao tratamento convencional.
Além disso, esse tipo de medicamento pode ser uma alternativa para aqueles que sofrem com os efeitos colaterais dos tratamentos convencionais.
Estudos indicam que quase 40% dos pacientes que se tratam com imunossupressores apresentam reações adversas.
Outro benefício dos medicamentos imunobiológicos é que eles ajudam a prevenir hospitalizações e visitas de emergência, decorrentes de complicações da dermatite atópica e comorbidades associadas à doença.
Sendo assim, é importante buscar tratamento adequado para controlar a dermatite atópica e melhorar a qualidade de vida do paciente.
Se você sofre de dermatite atópica ou apresenta sintomas semelhantes e ainda não recebeu diagnóstico, é hora de cuidar de sua saúde e bem-estar.
Convidamos você a visitar a Clínica Croce, onde pode conhecer nossas especialidades e esclarecer todas as suas dúvidas sobre a dermatite atópica e seus possíveis tratamentos.
Na Clínica Croce, temos uma equipe médica altamente especializada dedicada a cuidar de sua saúde e bem-estar. Trabalhamos em equipe multidisciplinar para criar estratégias que garantam o tratamento mais rápido e eficiente possível.
Oferecemos instalações modernas, confortáveis, acolhedoras e seguras, seguindo todos os protocolos para fornecer um atendimento humanizado e assertivo.
Também usamos equipamentos e tratamentos modernos, incluindo infusões de medicamentos. Para o tratamento de casos moderados a graves de dermatite atópica, oferecemos a infusão Dupilumab (Dupixent®).
Este tratamento consiste em um anticorpo monoclonal (dupilumab) que age sobre o principal mecanismo inflamatório da doença. Ele tende a ter um tempo de resposta mais rápido do que os medicamentos convencionais e é fácil de aplicar.
A infusão medicamentosa age bloqueando os elementos que causam inflamação, mas sem impedir que eles desempenhem sua função no sistema imunológico.
Isso torna o tratamento mais seguro e eficaz, reduzindo a coceira e controlando a inflamação na pele, pois age nos processos inflamatórios mais profundos das camadas da pele.
Outro benefício, como indicado por estudos, é que os pacientes que recebem esse tratamento com medicamento biológico apresentam melhora nos quadros de depressão causados pela doença e um aumento notável na qualidade de vida.
Para avaliar a intensidade da dermatite atópica, também te convidamos a acessar nossa Calculadora SCORing de Dermatite Atópica, ou SCORAD. Não se esqueça de preencher todos os campos, incluindo e-mail e nome completo.