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Imunoterapia para alergia: qual a sua importância?

Conforme a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), aproximadamente 30% dos brasileiros sofrem com algum tipo de alergia. Entre as manifestações mais frequentes estão as alergias respiratórias, cutâneas e oculares. Como muitos casos não apresentam cura, a imunologia para alergia tem sido o tratamento cada vez mais indicado para melhorar o quadro e diminuir os sintomas. 

Utilizada há mais de 100 anos, a imunologia visa reduzir a sensibilização do indivíduo a determinados alérgenos, restaurando o bem-estar e qualidade de vida para pessoas que convivem com a alergia. A seguir, acompanhe a importância da imunoterapia para alergia e entenda melhor esse tratamento.

O que é imunoterapia?

A imunoterapia é um tratamento que consiste em estratégias desenvolvidas para a otimização da resposta imunológica do organismo. Versátil, essa é uma técnica que pode ser utilizada em casos que vão desde alergias até cânceres e infecções. Essa modalidade terapêutica oferece benefícios aos pacientes diante de tratamentos complexos, visando reduzir a sensibilidade do indivíduo a determinada substância e minimizar os sintomas e reações alérgicas.

Assim, a imunologia para alergia permite que o paciente deixe de ser hipersensível a determinados fatores tornando-se tolerante a eles. O funcionamento da imunoterapia ocorre segundo o tipo da doença e grau de desenvolvimento do tratamento. Desse modo, pode funcionar por meio do estímulo do sistema imune, combatendo a doença com mais intensidade, ou fornecer proteínas que tornam o sistema imune mais eficaz.

Contudo, apenas pelo estímulo do sistema imunológico, a imunoterapia não é capaz de tratar os sintomas da doença rapidamente. Por isso, é comum que o médico associe outros medicamentos aos tipos de imunoterapia, como corticoides, anti-inflamatórios, analgésicos, entre outros.

Tipos de imunoterapia

Atualmente, existem diferentes tipos de imunoterapia. Os principais são os inibidores de checkpoint, transferência de células T adotivas, anticorpos monoclonais, vacinas e moduladores do sistema imune. Conheça mais sobre cada um deles.

Inibidores de checkpoint

O sistema imunológico tem como papel atacar as células ou componentes que representam uma ameaça ao organismo. Para que isso aconteça sem lesar as células normais, o sistema usa os checkpoints (pontos de verificação). Esses pontos são moléculas presentes em tecidos normais que, quando encontradas pelas células de defesa, inibem sua ação e evitam a destruição de células saudáveis. Quando células anormais utilizam o checkpoint para fugir do sistema imune, a imunoterapia bloqueia esses pontos de verificação e retira a inibição do sistema imune. Assim, a atividade imunológica pode agir. 

Transferência de células T adotivas

A imunoterapia com transferência de células T adotivas, tipo específico de componente do sistema imune, aumenta a capacidade natural das células para combater a doença. Dessa forma, para tornar as células mais eficazes no ataque às células tumorais, essas estruturas são isoladas em laboratório, selecionadas e alteradas. Após o cultivo em grande quantidade, transferem-se novamente as células ao organismo para combater as células tumorais.

Moduladores do sistema imune

Os moduladores do sistema imune são substâncias que podem articular a resposta imune do corpo, aumentando ou diminuindo a atividade do sistema imunológico conforme necessário. Por isso, utilizam-se os moduladores em tratamento de doenças autoimunes, câncer e outras condições em que a regulação do sistema imune é necessária.

Anticorpos monoclonais  

Com desenvolvimento em laboratório, os anticorpos monoclonais ligam-se ao alvo específico em células tumorais provocando uma resposta imune para destruí-las ou destacá-las como alvo. Isso facilita a identificação pelo sistema imunológico, tornando esse um tipo de terapia-alvo.

Vacinas

As vacinas, outra forma de imunoterapia, são diferentes daquelas desenvolvidas para a prevenção. Essas são responsáveis por agir impulsionando uma resposta do sistema imune contra os antígenos. Em geral, são produzidas a partir das células antígenos ou substâncias extraídas dessa estrutura. Dessa forma, a vacina visa tratar uma doença já existente, fortalecendo as defesas naturais do organismo, retardando ou impedindo o crescimento de novas células nocivas. 

Imunoterapia para alergia: qual a importância e quando é possível?

A imunoterapia para alergia é importante por sua possibilidade de diminuir a sensibilidade do paciente ao alérgeno responsável pela reação alérgica. O tratamento envolve a administração de doses controladas dos alérgenos. Essa é uma alternativa para reduzir os sintomas alérgicos ao longo do tempo. Indica-se essa forma de terapia para tratar doenças em que a reação alérgica é imediata. Nesse caso, enquadram-se:

  • alergias à picada de insetos: como abelhas, vespas, formigas e marimbondos;
  • alergias respiratórias: como asma e rinite alérgica;
  • alergias oculares: como conjuntivite alérgica;
  • alergias cutâneas: como a dermatite atópica.

Geralmente, a imunoterapia para alergia ocorre por meio de vacinas em duas etapas. Na primeira, são aplicadas semanalmente e quinzenalmente doses diluídas e crescentes do substrato contendo o alérgeno adequado, até que se atinja determinada concentração e volume.

Já na segunda etapa, a fase de manutenção, aplica-se mensalmente a dose máxima atingida durante a primeira etapa. Por esse motivo, o tempo de duração da imunoterapia pode variar entre 3 a 4 anos para pessoas alérgicas a substâncias inalatórias e até 5 anos para indivíduos alérgicos a picadas de insetos.

Quem deve orientar a imunoterapia?

O alergista é o médico que atua no diagnóstico e tratamento de doenças alérgicas. Entre as atividades desse profissional está a realização de exames para identificar as causas alérgicas, solicitação de testes cutâneos, exames laboratoriais e diagnóstico. Além disso, o alergista realiza a prescrição do tratamento, orientação sobre medidas de controle e acompanhamento da evolução do paciente. Por esse motivo, esse profissional é o responsável pela imunoterapia como forma de tratamento.

Você pôde conferir neste conteúdo como a imunoterapia para alergia é uma alternativa importante e muito eficaz no tratamento dos sintomas e manifestações provocados por diferentes agentes alérgenos. Caso tenha coceira na pele, irritação nos olhos, coriza e espirros constantes, e outros incômodos que podem representar reações alérgicas, procure um especialista para diagnosticar o quadro e avaliar se a imunoterapia é indicada. 

Estas informações foram úteis? Confira também por que a busca por um profissional como o alergista aumentou!