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Imunoterapia para alergia: por que buscar por esse tratamento?

Estudos indicam que cerca de 10% da população mundial sofre com alergias. Contudo, desse número, somente 3% das pessoas estão em tratamento com a imunoterapia. Já no Brasil, a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), afirma que aproximadamente 30% dos brasileiros sofrem com algum tipo de alergia. A imunoterapia para alergia ainda não é considerado o tratamento mais popular, seja pela falta de informação a respeito dessa terapia ou devido à falta de diagnóstico correto. Contudo, tem se mostrado a alternativa mais eficaz. Entenda mais sobre o assunto na leitura a seguir.

O que é a alergia?

A alergia é uma reação intensa do organismo a algumas substâncias presentes no ambiente. As pessoas alérgicas apresentam uma condição genética que determina uma reação exagerada a determinados estímulos, resultando em sinais e sintomas. Assim, as doenças alérgicas não são processos contagiosos, mas sim o resultado de uma resposta individual determinada geneticamente.

São muitas as substâncias que podem desencadear um quadro alérgico. Entre elas estão produtos inalantes (ácaros, pelos de animais, fungos, pólen), alimentos, medicamentos, cosméticos, entre outros. As alergias podem se manifestar de diferentes formas, no entanto, as respiratórias, como asma e rinite, são as mais comuns.

O que é o tratamento por imunoterapia?

A imunoterapia consiste em um conjunto de estratégias para a otimização da resposta imunológica do organismo. Essa é uma terapia versátil, que pode ocorrer em quadros que vão desde alergias até cânceres e infecções. Essa modalidade terapêutica oferece benefícios aos pacientes diante de tratamentos complexos. Isso porque visa reduzir a sensibilidade do indivíduo a uma substância, minimizando os sintomas e reações alérgicas.

A imunoterapia para alergia permite diminuir a hipersensibilidade do paciente a determinados fatores, tornando-o tolerante. O funcionamento do tratamento pode ocorrer segundo o tipo da doença e grau de desenvolvimento. Seja por meio do estímulo do sistema imune, combatendo a doença com mais intensidade, ou fornecendo proteínas que tornam o sistema imune fortalecido.

Entretanto, a imunoterapia não consegue tratar os sintomas da doença rapidamente apenas pelo estímulo do sistema imunológico. Desse modo, é comum que esse tratamento seja associado a outros medicamentos como corticoides, anti-inflamatórios, analgésicos, entre outros.

Afinal, por que a imunoterapia ainda é pouco utilizada para tratar alergias?

A imunoterapia é um tratamento eficaz, visando a diminuição da sensibilidade do paciente a substâncias alérgenas. No entanto, ainda é pouco realizada por alguns motivos, como falta de informação sobre a terapia, tempo necessário para alcançar os resultados, e a falta de diagnóstico correto.

Isso porque, são muitas as pessoas que sofrem com alergias e acreditam que o tratamento dos sintomas de forma momentânea, por meio da automedicação é melhor que buscar um especialista para diagnosticá-la e tratá-la. Contudo, não indica-se essa prática, visto que a automedicação e a falta do tratamento adequado podem prejudicar o bem-estar e qualidade de vida do indivíduo, causando problemas sérios à sua saúde.

Qual a importância da imunoterapia para alergia?

A imunoterapia para alergia permite diminuir a sensibilidade do paciente ao alérgeno responsável pela reação alérgica. No tratamento, ocorre a administração de doses controladas das substâncias alérgicas, reduzindo as manifestações ao longo do tempo. Indica-se a imunoterapia para alergia para tratar doenças nas quais a reação alérgica é imediata, como:

  • alergias à picada de insetos: como abelhas, vespas, formigas e marimbondos;
  • alergias respiratórias: como asma e rinite alérgica;
  • alergias oculares: como conjuntivite alérgica;
  • alergias cutâneas: como a dermatite atópica.

A imunoterapia para alergia é realizada em duas etapas, por meio de vacinas diferentes daquelas usadas para a imunização. Na primeira etapa, são aplicadas semanalmente e quinzenalmente doses diluídas e crescentes do substrato contendo o alérgeno adequado, até que se atinja determinada concentração e volume.

Já na segunda etapa, a fase de manutenção, aplica-se mensalmente a dose máxima 1 atingida durante a primeira etapa. Por esse motivo, o tempo de duração da imunoterapia pode variar entre 3 a 4 anos para pessoas alérgicas a substâncias inalatórias e até 5 anos para indivíduos alérgicos a picadas de insetos.

Como identificar as alergias? 

Para ter o diagnóstico correto e iniciar tratamentos como a imunoterapia para alergia, é importante buscar um especialista ao identificar sintomas ou alterações como vermelhidão, coceira, ardência nos olhos, espirros, coriza, irritação da pele, entre outros. Assim, por meio da coleta do histórico, exame físico e exames específicos é possível identificar a alergia e desenvolver o tratamento adequado. 

Teste de alergias

O teste de alergia desempenha papel fundamental para diagnosticar e tratar reações alérgicas. Os procedimentos contribuem na identificação de alérgenos específicos. Desse modo, fornecem informações importantes para o desenvolvimento de uma conduta segura de tratamento. Ao identificar as substâncias desencadeantes, o médico especialista pode adotar medidas preventivas, além de orientar o paciente sobre a exposição a essas substâncias, indicando terapias como a imunoterapia.

Prick Test

O Prick Test, ou teste de puntura, determina se o indivíduo apresenta alergia IgE imediata. Esse teste ocorre por meio da aplicação de uma pequena quantidade da substância suspeita na pele. Em seguida, realiza-se uma pequena picada local, permitindo que a substância entre em contato com o sistema imunológico do paciente para medir sua reação. O exame contribui para o diagnóstico de condições como a rinite alérgica, conjuntivite alérgica, asma e alergias alimentares.

Patch Test

Já o Patch Test, ou teste de contato, é um exame que ajuda a determinar a reação alérgica a uma substância específica que entra em contato com a pele. Durante sua realização, aplicam-se pequenas fitas nas costas do paciente que contenham diferentes alérgenos escolhidos pelo médico. Baseando-se nos resultados do teste de alergia, o médico pode recomendar o tratamento, com a imunoterapia, visando uma conduta individualizada para a redução da sensibilidade do sistema imunológico aos alérgenos. 

Ao perceber os sinais e sintomas de alguma reação que pode ser alérgica, é indispensável buscar por um especialista. Dessa forma, é possível diagnosticar e tratar as causas de modo específico diminuindo os sintomas e melhorando a qualidade da vida do indivíduo, como a imunoterapia para alergia pode proporcionar.

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