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Conheça as principais doenças da tireoide e como prevenir-se delas

Quando uma glândula localizada na região do pescoço, que produz hormônios que regulam várias funções do corpo, não está funcionando corretamente, pode levar a uma série de doenças da tireoide que afetam milhões de pessoas em todo o mundo.

Essa glândula, chamada de tireoide, é responsável pelo metabolismo, crescimento e desenvolvimento de cada indivíduo. 

As doenças que afetam essa glândula podem causar uma variedade de sintomas e problemas de saúde, desde alterações no peso até problemas de humor e energia.

Por isso, é fundamental entender as principais doenças da tireoide e saber como preveni-las.

Vamos explorar as principais doenças da tireoide, seus sintomas e tratamentos, e fornecer dicas para prevenir essas condições. Acompanhe!

O que é tireoide?

A tireoide é uma glândula que lembra o formato de uma borboleta e está localizada na parte frontal do pescoço, logo abaixo do pomo de Adão.

Ela é responsável por produzir hormônios que regulam o metabolismo, o que significa que controla a forma como o corpo utiliza a energia.

Os hormônios tireoidianos também são importantes para o crescimento e desenvolvimento adequado de órgãos e tecidos.

Esses hormônios são produzidos a partir de um aminoácido chamado tirosina, que é combinado com iodo.

Já o iodo é um elemento encontrado em alimentos como sal iodado, frutos-do-mar e produtos lácteos.

Quando a tireoide não está funcionando corretamente, pode levar a um desequilíbrio dos hormônios tireoidianos, o que pode causar uma variedade de problemas de saúde.

As doenças da tireoide são comuns e podem afetar qualquer pessoa, independentemente da idade ou gênero.

Elas podem ser divididas em duas categorias principais: hipotireoidismo e hipertireoidismo.

O hipotireoidismo ocorre quando a tireoide não produz hormônios tireoidianos suficientes, provocando uma variedade de sintomas, incluindo fadiga, ganho de peso, pele seca e sensação de frio.

Por outro lado, o hipertireoidismo ocorre quando a tireoide produz hormônios em excesso, o que pode levar a sintomas como perda de peso, ansiedade, sudorese e tremores.

O diagnóstico e tratamento precoces de doenças da tireoide são importantes para prevenir complicações de saúde a longo prazo.

O tratamento pode variar de acordo com o tipo de doença e a gravidade dos sintomas, mas pode incluir medicamentos, terapia com iodo radioativo ou cirurgia.

Conheça as principais doenças da tireoide

Listamos aqui as principais doenças da tireoide. Saiba como diagnosticá-las, tratá-las e preveni-las.

Hipertireoidismo

O hipertireoidismo é uma das doenças da tireoide caracterizada pelo aumento excessivo na produção dos hormônios da tireoide, a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4).

Esse aumento hormonal acelera o metabolismo e pode causar uma série de sintomas em todo o corpo, afetando desde o ritmo cardíaco até o funcionamento do sistema nervoso.

No hipertireoidismo, a tireoide passa a produzir e liberar grandes quantidades de T3 e T4 na corrente sanguínea, o que acelera o metabolismo do corpo.

Esse aumento excessivo dos hormônios pode afetar o coração, causando taquicardia, além de provocar sintomas como ansiedade, insônia, nervosismo e intolerância ao calor.

O tratamento do hipertireoidismo depende de suas causas e pode envolver medicamentos, terapia com iodo radioativo, cirurgia ou uma combinação desses tratamentos.

É importante que o diagnóstico seja feito por um médico especialista em doenças da tireoide, que irá avaliar o quadro clínico do paciente e indicar o tratamento mais adequado.

Algumas das possíveis causas do hipertireoidismo incluem doenças autoimunes, como a doença de Graves, que afeta a tireoide, e o uso excessivo de hormônios tireoidianos, como a levotiroxina.

Para prevenir o hipertireoidismo, é importante manter uma alimentação equilibrada, com a ingestão adequada de iodo e selênio, além de evitar o uso excessivo de medicamentos que afetam a função da tireoide.

O acompanhamento regular com um médico endocrinologista também é fundamental para identificar e tratar precocemente qualquer problema na tireoide.

Uma das manifestações comuns do hipertireoidismo é a exoftalmia, uma alteração nos músculos da parte de trás dos olhos, que pode levar a um aspecto de olhos saltados.

As causas dessa condição ainda não são totalmente compreendidas, mas a acumulação de água e proteínas na região é um fator contribuinte.

Com o metabolismo acelerado, a pessoa com hipertireoidismo tem um consumo elevado de energia, o que pode levar a um rápido e significativo emagrecimento.

Isso acontece porque o corpo precisa utilizar as reservas de gordura para manter a demanda energética.

Uma das causas mais comuns do hipertireoidismo é a doença de Graves, um distúrbio autoimune em que o próprio sistema imunológico ataca a tireoide.

Além disso, a falta de iodo na dieta também pode levar a essa condição. Porém, a adição obrigatória de iodo no sal de cozinha tem contribuído para a redução do número de casos causados por deficiência desse mineral.

O tratamento do hipertireoidismo depende da causa subjacente, mas pode incluir medicamentos, terapia com iodo radioativo ou cirurgia para remover parte ou toda a tireoide.

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar complicações graves, como problemas cardíacos, ósseos e neurológicos.

Hipotireoidismo

Continuando a lista de doenças da tireoide, a próxima é o hipotireoidismo. Trata-se de um distúrbio comum desta glândula, localizada na região do pescoço.

No hipotireoidismo, ocorre a redução na produção dos hormônios T3 e T4, que interferem em diversas funções do organismo, como os batimentos cardíacos, o ritmo intestinal, o humor e o ciclo menstrual feminino.

A liberação desses hormônios é regulada pela hipófise, no cérebro.

Embora o T4 seja produzido em maior quantidade, é o T3 que realmente atua no funcionamento dos órgãos.

Só que no hipotireoidismo, a quantidade de T3 e T4 na corrente sanguínea é reduzida, o que pode ser causado por doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto.

Além do ganho de peso e da dificuldade em emagrecer, o hipotireoidismo pode causar insuficiência cardíaca, problemas renais, intestino lento, ressecamento da pele e risco de glaucoma nos olhos.

As crianças também podem sofrer com a redução hormonal da tireoide, o que prejudica o crescimento e pode levar a deficiências intelectuais.

A síndrome de Hashimoto é uma das causas mais frequentes da baixa produção hormonal em crianças e adolescentes, podendo ser diagnosticada pelo teste do pezinho nas primeiras semanas de vida.

Os sintomas incluem baixo crescimento, atraso na puberdade, coceira e voz rouca.

Bócio

Uma das doenças da tireoide mais comuns é o bócio, que é caracterizado pelo aumento do tamanho desta glândula.

O bócio pode ser causado por diferentes fatores, incluindo deficiência de iodo na dieta, os problemas de funcionamento da glândula tireoide, a inflamação ou a infecção dela.

Além do mais, alguns medicamentos e substâncias químicas podem afetar a função da tireoide e levar ao desenvolvimento do bócio.

Os sintomas do bócio podem variar de pessoa para pessoa e incluem aumento visível do pescoço, dificuldade para engolir ou respirar, rouquidão e sensação de pressão ou desconforto na região da tireoide.

Em casos mais graves, o bócio pode afetar a produção de hormônios tireoidianos e levar a problemas como hipotireoidismo ou hipertireoidismo.

O diagnóstico do bócio é feito através de exames clínicos e laboratoriais, incluindo ultrassonografia, dosagem de hormônios tireoidianos e biópsia.

O tratamento depende da causa e da gravidade do bócio e pode incluir o uso de medicamentos, terapia de reposição hormonal ou cirurgia para remover parte ou toda a glândula tireoide.

A prevenção do bócio está diretamente relacionada à ingestão adequada de iodo na dieta.

O iodo é um mineral essencial para a produção de hormônios tireoidianos e sua deficiência pode levar ao desenvolvimento do bócio. Por isso, é importante consumir alimentos ricos em iodo, como frutos-do-mar, sal iodado e produtos lácteos.

Nódulos tireoidianos

Os nódulos tireoidianos são crescimentos anormais na glândula tireoide, que podem ser benignos ou malignos.

Eles estão entre as doenças da tireoide mais, comuns e afetam pessoas de todas as idades, embora sejam mais frequentes em mulheres e em pessoas acima dos 60 anos de idade.

A maioria dos nódulos tireoidianos não apresenta sintomas e é descoberta incidentalmente em exames de imagem realizados por outras razões.

No entanto, em casos mais graves, os nódulos podem causar aumento visível do pescoço, dificuldade para engolir ou respirar, rouquidão e sensação de pressão ou desconforto na região da tireoide.

O diagnóstico dos nódulos tireoidianos é feito através de exames clínicos e laboratoriais.

A biópsia, entretanto, é o método mais confiável para determinar se um nódulo é benigno ou maligno e é realizada através da retirada de uma pequena amostra de tecido do nódulo para análise laboratorial.

O tratamento dos nódulos tireoidianos depende do tipo e da gravidade do nódulo.

Em casos de nódulos benignos e assintomáticos, o tratamento pode não ser necessário, mas o paciente deve ser monitorado regularmente para verificar se o nódulo está crescendo ou apresentando alterações.

Já nos casos de nódulos malignos ou suspeitos de malignidade, a cirurgia é geralmente indicada para remover o nódulo e prevenir a disseminação do câncer.

Alguns fatores de risco para o desenvolvimento de nódulos tireoidianos incluem idade avançada, histórico familiar de doenças da tireoide, exposição à radiação na cabeça e pescoço, deficiência de iodo na dieta e tabagismo.

Câncer de tireoide

Esse tipo de câncer é uma das doenças da tireoide mais, graves e afeta uma pequena porcentagem da população.

Quando as células da tireoide sofrem mutações e começam a se dividir e crescer descontroladamente, podem formar tumores que podem ser benignos ou malignos.

Os tipos mais comuns de câncer na tireoide são o carcinoma papilífero e o carcinoma folicular, que respondem por cerca de 80% a 90% dos casos.

Esses tipos de câncer geralmente têm bom prognóstico, mas podem se disseminar para outros órgãos, especialmente os pulmões e os ossos, se não forem tratados adequadamente.

Os sintomas do câncer na tireoide podem incluir nódulos na tireoide, rouquidão, dificuldade para engolir ou respirar, dor no pescoço e aumento dos gânglios linfáticos.

No entanto, em muitos casos, o câncer na tireoide é assintomático e é descoberto incidentalmente em exames de imagem realizados por outras razões.

O diagnóstico do câncer na tireoide é feito através de biópsia, que é o método mais confiável para determinar se um nódulo é benigno ou maligno.

Em alguns casos, pode ser necessário realizar exames de imagem adicionais, como tomografia computadorizada ou ressonância magnética, para avaliar o tamanho e a extensão do tumor.

O tratamento do câncer na tireoide depende do tipo e do estágio do tumor.

Geralmente, a cirurgia é o tratamento principal para remover o tumor e, em alguns casos, pode ser necessário remover parte ou toda a tireoide.

Após a cirurgia, pode ser necessário realizar tratamentos adicionais, como radioterapia ou terapia hormonal.

A exposição à radiação, histórico familiar de câncer na tireoide e exposição a certos produtos químicos, como o amianto, são alguns fatores de risco para o câncer na tireoide.

Tireoidite

A tireoidite é uma inflamação da tireoide que pode ser causada por diferentes fatores, como infecções, problemas autoimunes e exposição à radiação.

Essa é uma das doenças da tireoide e pode levar à disfunção da glândula tireoide, resultando em hipotireoidismo (baixa produção de hormônios tireoidianos) ou hipertireoidismo (alta produção de hormônios tireoidianos).

Existem vários tipos de tireoidite, cada um com suas próprias causas e sintomas.

A tireoidite de Hashimoto, por exemplo, é uma doença autoimune em que o sistema imunológico ataca a tireoide, resultando em inflamação e dano à glândula.

A tireoidite pós-parto, como o nome sugere, ocorre após o parto.

Outro tipo de tireoidite é a subaguda, também conhecida como tireoidite de De Quervain, geralmente causada por uma infecção viral.

Os sintomas da tireoidite podem variar dependendo do tipo e da gravidade da inflamação.

Em alguns casos, a tireoidite pode ser assintomática e só é detectada através de exames de sangue ou de imagem.

Mas existem casos que provocam dor no pescoço, fadiga, ganho de peso, perda de cabelo, alterações de humor, intolerância ao frio, sensação de inchaço no pescoço e alterações no ritmo cardíaco.

O diagnóstico da tireoidite é feito através de exames de sangue que medem os níveis de hormônios tireoidianos, anticorpos e marcadores de inflamação.

Em alguns casos, pode ser necessário realizar uma biópsia da tireoide para descartar a presença de câncer.

Já o tratamento da tireoidite depende do tipo e da gravidade da inflamação.

Em muitos casos, a tireoidite pode ser tratada com medicamentos que ajudam a controlar os sintomas e a restaurar a função tireoidiana normal.

Existem aqueles casos mais graves em que há a necessidade de remover parte ou toda a glândula tireoide cirurgicamente.

Tireoidite pós-parto

Destacamos aqui a tireoidite pós-parto por ser uma das doenças da tireoide que mais afeta as mulheres.

A tireoidite pós-parto é uma condição que afeta algumas mulheres após o parto, causando inflamação da glândula tireoide e resultando em um distúrbio temporário da função tireoidiana.

A doença ocorre em cerca de 5% a 10% das mulheres após o parto e é mais comum em mulheres com história de doenças da tireoide ou histórico familiar da condição.

Os sintomas da tireoidite pós-parto podem variar e incluem fadiga, irritabilidade, perda de peso, sudorese excessiva, aumento da frequência cardíaca, entre outros.

Em alguns casos, a tireoidite pós-parto pode causar hipertireoidismo temporário, seguido por hipotireoidismo (diminuição da produção de hormônios tireoidianos), que pode durar vários meses.

O tratamento da tireoidite pós-parto depende dos sintomas e da gravidade da condição.

Em casos leves, o tratamento pode não ser necessário, e a tireoidite pode se resolver por si só.

Já naqueles diagnosticados como mais graves, o tratamento pode incluir o uso de medicamentos para controlar a função tireoidiana, como hormônios tireoidianos sintéticos ou medicamentos antitireoidianos.

É importante ressaltar que a tireoidite pós-parto não é uma condição que afeta apenas as mulheres que acabaram de dar à luz.

Na verdade, a tireoidite pós-parto pode ocorrer em qualquer momento durante os primeiros 12 meses após o parto e também pode afetar mulheres que não tiveram filhos recentemente.

Doença de Graves

A Doença de Graves é uma doença autoimune da tireoide que é caracterizada pelo aumento da produção dos hormônios tireoidianos.

É a causa mais comum de hipertireoidismo (alta produção de hormônios tireoidianos) e afeta principalmente mulheres entre 20 e 40 anos de idade.

A doença de Graves é causada por um distúrbio autoimune em que o sistema imunológico ataca a glândula tireoide, resultando em um aumento da produção dos hormônios tireoidianos.

Esse excesso de hormônios pode afetar vários órgãos e sistemas do corpo, causando sintomas como:

  • perda de peso;
  • tremores;
  • nervosismo;
  • fadiga;
  • sudorese excessiva;
  • batimentos cardíacos acelerados;
  • problemas oculares como visão dupla e irritação ocular.

O diagnóstico da doença de Graves é feito por meio de exames de sangue que medem os níveis de hormônios tireoidianos, anticorpos e marcadores de inflamação.

Há casos em que há a necessidade de se realizar uma biópsia da tireoide, com o objetivo de descartar a presença de câncer.

O tratamento da doença de Graves envolve o controle dos sintomas e a normalização da função tireoidiana.

Os medicamentos antitireoidianos, como o metimazol, são frequentemente prescritos para reduzir a produção de hormônios tireoidianos.

Pode haver a necessidade de se recorrer à terapia de radiação para reduzir o tamanho da glândula tireoide.

A cirurgia para remover a glândula tireoide também pode ser uma opção em casos graves ou quando outros tratamentos não funcionam.

Além do tratamento médico, é importante que os pacientes com doença de Graves adotem um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada e a prática regular de exercícios físicos.

Também é fundamental evitar o consumo de tabaco e o uso excessivo de álcool.

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