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Conheça os principais sintomas e tipos de urticária

A urticária é uma irritação na pele que se manifesta a partir de lesões avermelhadas e inchadas. A coceira provocada pelas lesões pode ser intensa e prolongada. Por isso, quando não tratados adequadamente, os diferentes tipos de urticária podem prejudicar a qualidade de vida e a rotina do indivíduo. A seguir, conheça melhor os sintomas e as classificações da urticária.

Quais os tipos de urticária?

A urticária pode apresentar diferentes origens e níveis de intensidade, manifestando-se a partir do consumo de determinados alimentos que provocam reações adversas, temperaturas baixas ou elevadas, medicamentos, entre outros. Muito comum, estima-se que a irritação acometa mais de 2 milhões de brasileiros por ano. Contudo, em muitos casos os tipos de urticária não são nem mesmo identificados, retardando o tratamento. Afinal, nem sempre a condição tem motivação alérgica. Estudos indicam que a maior parte das crises acontecem por desencadeadores não alérgicos.

Durante o episódio em que a urticária está presente ocorre a produção excessiva de diversas substâncias químicas por meio de células, sendo a histamina uma das principais. Assim, essas substâncias agem em vasos sanguíneos e na pele ocasionando a dilatação, ação que resulta na vermelhidão e inchaço cutâneo. Veja quais são os tipos de urticária.

Urticária aguda

A urticária aguda ocorre em casos em que os sintomas desaparecem em menos de seis semanas. Entre os tipos de urticária esse é o de mais fácil diagnóstico, e acontece comumente pelo consumo de um alimento ou remédio. A irritação caracteriza-se por um único episódio transitório e autolimitado que não deixa marcas ou cicatrizes, mas pode surgir novamente em outras áreas do corpo. O problema também pode ter doenças sistêmicas como estímulo, como o lúpus, por exemplo.

Urticária crônica

Nesse tipo, a irritação persiste por mais de seis semanas e pode permanecer ativa por meses ou anos. Os sintomas afetam a rotina do indivíduo e podem impactar na qualidade de vida tanto quanto doenças graves, sendo equivalente à insuficiência cardíaca grau 3.

Urticária crônica induzida

Essa subclassificação da urticária crônica ocorre quando os sinais são desencadeados por algum agente externo como frio, calor, pressão por roupas justas ou elásticos, vibrações, sol, água, exercícios físicos, entre outros. 

Urticária crônica espontânea

Por sua vez, a urticária crônica espontânea acontece sem que se identifique um fator desencadeante, mesmo com investigação clínica completa, o que acaba por dificultar o diagnóstico e o tratamento. Essa forma da doença acomete mais mulheres do que homens. 

Angioedema

O angioedema é um tipo de urticária que envolve inchaço sob a pele que pode acometer o rosto, os lábios, a garganta, a língua e as vias respiratórias. Se o inchaço afetar a respiração, pode colocar a vida da pessoa em risco. 

Quais os principais sintomas de urticária?

O sintoma mais comum de urticária é a coceira intensa, ou prurido. Contudo, as lesões podem provocar a sensação de ardor ou queimação. Por sua intensidade, a coceira atrapalha a rotina do indivíduo, prejudicando sua vida profissional e social. Além disso, compromete a qualidade de seu sono, visto que a coceira se intensifica à noite, momento de relaxamento. Os sintomas podem se manifestar a qualquer momento e, conforme o grau, durar horas, dias ou meses. 

Da mesma forma, pode ocorrer o angioedema, inchaço rápido que atinge normalmente pálpebras, lábios, língua e garganta. Ainda pode estar presente complicações graves que podem ser fatais, como a anafilaxia. Por esse motivo, ao identificar a urticária acompanhada de sintomas como náusea, vômito, queda de pressão e dificuldade para respirar, é indispensável procurar ajuda médica emergencial.

Como evitar crises e tratar sintomas de urticária?

O tratamento dos sintomas da urticária deve ser feito somente após avaliação médica e diagnóstico adequado. Assim, o médico pode analisar a melhor conduta de forma individualizada. No entanto, algumas ações podem ajudar a reduzir os incômodos relacionados às crises. A partir do primeiro episódio e da descoberta da causa, é recomendável evitar o acesso ao agente causador. Ou seja, caso o motivo da urticária seja o calor, é importante evitar locais abafados sempre que possível.

A dieta correta se torna fundamental nesse processo. Isso porque, muitas vezes a urticária ocorre devido à alimentação. Assim, retirar do cardápio diário conservantes, embutidos, enlatados, ovo, peixes, frutos do mar, chocolate, refrigerante e alimentos que normalmente geram reações adversas pode ajudar a melhorar o problema de forma rápida. Naturalmente, as mudanças na dieta e a restrição aos alimentos devem ser prescritas e orientadas pelo médico.

Ainda, em situações em que a crise já se instalou, o indivíduo deve evitar coçar a pele, mesmo que muitas vezes seja difícil. Isso diminui o risco para desenvolvimento ou agravamento de lesões na pele e marcas. Aplicar compressas frias sobre as lesões pode ajudar, melhorando a sensação ao aliviar a coceira. O estresse é um dos fatores que podem desencadear a urticária. Portanto, buscar uma vida mais tranquila e alternativas para aliviar as tensões são formas positivas para minimizar as chances de novas crises de urticária.

Como avaliar a gravidade da urticária?

É possível avaliar a gravidade da urticária por meio do UAS7, ferramenta onde se usa o Escore de Atividade da Urticária para que os médicos tenham melhor percepção de como se comportam as crises da irritação. Desse modo, o UAS7 permite verificar também se o tratamento estabelecido está apresentando o resultado esperado. Isso porque, o escore analisa a quantidade de lesões e o prurido de um dia. Utiliza-se a ferramenta considerando 7 dias seguidos de acompanhamento do paciente.

É importante entender que diante de qualquer sinal ou sintoma dessa irritação, é preciso evitar a automedicação e buscar um profissional especializado para o tratamento. Assim, é possível investigar as causas, identificar os tipos de urticária e avaliar qual a melhor conduta terapêutica para melhorar os sintomas, restabelecendo o bem-estar e qualidade de vida do indivíduo.

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