A psoríase é uma doença de pele comum que afeta cerca de 1 a 5% da população mundial. A manifestação costuma ocorrer com maior frequência em pessoas entre 16 a 22 anos, e entre os 55 aos 60 anos. Atualmente, a gravidade da doença pode ser calculada pelo PASI, Índice de Gravidade da Área de Psoríase. Essa ferramenta avalia a intensidade e auxilia no desenvolvimento e acompanhamento de tratamentos. A seguir, confira mais sobre a doença e como o PASI é calculado.
O que é a psoríase e quais seus tipos?
Relativamente comum, a psoríase é uma doença crônica, não contagiosa e cíclica. Ou seja, seus sintomas aparecem e desaparecem periodicamente. Por ser autoinflamatória, sua predisposição genética, junto aos fatores ambientais e comportamentais, acaba causando lesões e descamação da pele.
Psoríase em placas ou vulgar
A psoríase em placas é o tipo mais comum da doença e apresenta placas secas, avermelhadas e contendo escamação. Além de coceira, as placas podem provocar dor. Em alguns casos, podem rachar e sangrar. Ocorre com maior frequência em joelhos, cotovelos, couro cabeludo, região umbilical e lombar.
Psoríase ungueal
Como o nome já descreve, a psoríase ungueal atinge unhas das mãos e pés. Essa condição leva ao crescimento anormal da unha, tornando-a mais grossa, escamosa, alterando sua coloração e até deformando-a.
Psoríase do couro cabeludo
As lesões no couro cabeludo ocorrem em áreas avermelhadas e com escamas espessas, e costumam causar coceira. Desse modo, a psoríase aparece como flocos de pele morta entre os cabelos, especialmente após o indivíduo coçar as lesões.
Psoríase gutata
Esse tipo de psoríase ocorre devido à infecção bacteriana. Tem como característica pequenas feridas em formato de gotas em braços, tronco, pernas e couro cabeludo. Normalmente, as lesões são cobertas por uma escama fina, diferente das placas grossas e típicas da doença. Frequentemente, acomete crianças e jovens antes dos 30 anos.
Psoríase invertida
Afetando dobras e áreas úmidas, como axilas, virilhas e região abaixo dos seios, a psoríase invertida provoca manchas avermelhadas. Contudo, não causa descamação grosseira. Esse tipo da doença pode agravar em pessoas com sudorese excessiva, indivíduos obesos, ou que tenham grande atrito na região.
Psoríase pustulosa
Nesse formato, a psoríase ocorre em pequenas bolhas (pústulas) sobre a pele, deixando-a avermelhada. A doença pode afetar todo o corpo ou apenas áreas específicas, como mãos, pés e dedos. Seu desenvolvimento é rápido, aparecendo em poucas horas após a vermelhidão inicial.
As bolhas secam entre 1 a 2 dias. Contudo, podem surgir novamente em pouco tempo. Geralmente, a doença provoca febre, calafrios, fadiga e coceira intensa. Quando não tratada, a apresentação grave da pustulosa pode causar risco para a vida.
Psoríase eritrodérmica
A psoríase eritrodérmica é o tipo menos comum. Essa condição afeta o corpo causando manchas avermelhadas que ardem e coçam intensamente. Além disso, provoca febre e calafrios no indivíduo. Costuma ser desencadeada por infecções, outro tipo de psoríase não tratada, queimaduras graves e tratamentos interrompidos abruptamente. Por sua gravidade, pode exigir internação hospitalar para seu tratamento e controle.
Psoríase artropática
Causando fortes dores, a psoríase artropática atinge as articulações. Comumente, as dores ocorrem no início do movimento, e melhoram com sua continuidade. Essa manifestação pode levar a rigidez progressiva, e também a deformidade permanente. Além de afetar as articulações, pode causar problemas na coluna vertebral.
Como a psoríase é causada?
A doença ainda tem sua causa desconhecida. Entretanto, acredita-se que ela ocorre quando as células responsáveis pela defesa do organismo, chamadas de linfócitos T, liberam substâncias inflamatórias para dilatar os vasos sanguíneos, levando outras células do sistema de defesa para a pele. Esse processo inflamatório causa uma resposta acelerando a proliferação e, consequentemente, levando à descamação das lesões. Quando o tratamento é adotado, esse processo é interrompido.
Quais os sintomas da doença?
As manifestações da doença costumam variar de uma pessoa para outra de acordo com a apresentação e gravidade da doença. Quando classificada como leve, pode provocar desconforto. Já em casos graves, pode causar alterações que comprometem o bem-estar e qualidade de vida do indivíduo. Nesses casos, podem estar presentes sintomas como:
- pequenas manchas brancas ou escuras após melhora das lesões;
- unhas grossas, amareladas, com formato alterado ou descoladas;
- inchaço e rigidez em articulações (em casos graves, deformidades);
- manchas avermelhadas com escamas secas;
- rachaduras na pele com sangramento;
- pele ressecada e rachada;
- queimação na pele;
- coceira;
- dor.
Como é feito o tratamento da psoríase?
O tratamento da doença acontece de acordo com sua classificação e manifestações. Na maioria dos casos, ocorre uma combinação de terapias. Desse modo, é importante afirmar que a conduta terapêutica é individualizada. Atualmente, são inúmeros os medicamentos que apresentam bons resultados. As infusões medicinais são um exemplo, contribuindo para melhorar a qualidade de vida do indivíduo ao controlar os sintomas e o quadro clínico. Para avaliar a gravidade e acompanhar a evolução do tratamento, o PASI é uma ferramenta muito utilizada.
Diagnóstico: como o PASI auxilia no cálculo da gravidade da área de psoríase?
O diagnóstico da doença é clínico, considerando as lesões características e sua distribuição. Para auxiliar na identificação e estratificação da gravidade e extensão das lesões, utiliza-se uma ferramenta chamada PASI: Índice de Gravidade da Área de Psoríase. Realizado sistematicamente, essa avaliação permite ao médico identificar segmentar a gravidade e extensão das lesões provocadas. Assim, o escore contribui para o rastreio da progressão da doença e evolução do tratamento. Você pode realizar o PASI facilmente com a calculadora desenvolvida pela Clínica Croce.
Agora você já conhece os tipos de psoríase, seu tratamento e a utilidade do PASI para avaliar a gravidade da doença. Caso reconheça algum sintoma indicado acima, busque atendimento médico. Somente com um diagnóstico correto é possível ter um tratamento de sucesso.
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