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20/10: Dia Mundial e Nacional da Osteoporose

No dia 20 de outubro celebra-se o Dia Mundial e Nacional da Osteoporose. Essa data foi idealizada para a conscientização para prevenção, diagnóstico e tratamento da osteoporose, doença que acomete cerca de 200 milhões de pessoas no mundo. Atualmente, essa enfermidade é considerada um problema de saúde pública, visto que aproximadamente 9 milhões de pessoas apresentam alguma fratura por fragilidade óssea. Para contribuir com essa campanha, trouxemos informações importantes sobre a osteoporose a seguir. Confira!

Qual a importância do Dia da Osteoporose?

É grande o número de pessoas que convivem com alto risco para fraturas devido à osteoporose e permanecem sem conhecimento dessa doença silenciosa. O impacto severo das doenças e o custo pessoal e socioeconômico são subestimados. Desse modo, campanhas como o Dia da Osteoporose são uma oportunidade para que a população tenha mais informações relacionadas à doença, sua prevenção, diagnóstico e tratamento adequado. 

Afinal, o que é osteoporose?

A osteoporose é uma doença que provoca a diminuição progressiva da massa óssea, tornando os ossos mais frágeis e porosos. Nos primeiros 20 anos de vida ocorre o ganho de massa óssea. A partir dos 40 anos, inicia-se a perda dessa massa. Contudo, o organismo conta com processos de renovação. 

Os ossos são compostos por uma matriz mineral de cálcio e células chamados osteoclastos e osteoblastos, envolvidos nessa renovação. Os osteoclastos participam da absorção de minerais, eliminam áreas de tecido ósseo e criam cavidades. Por sua vez, os osteoblastos são responsáveis por preencher essas cavidades, produzindo assim novos ossos utilizando cálcio absorvido com a ajuda de vitamina D. Essa renovação permite que, a cada 3 meses, em média 10% do nosso esqueleto seja renovado.

Quando ocorre o desequilíbrio das células que fazem a absorção e regeneração, inicia-se o problema. Os osteoclastos agem mais rápido que os osteoblastos, ou seja, a degradação óssea acontece em uma velocidade maior que a fase de reposição. Esse processo é a osteopenia, ou seja, o começo da osteoporose, que muitas vezes passa despercebida sendo identificada somente em fases já avançadas.

Por que a osteoporose ocorre?

A osteoporose tem grande influência genética. Por isso, afeta mais mulheres que homens. Os medicamentos podem ser causadores da doença, assim como outras doenças associadas. No entanto, é necessária uma investigação para a indicação do tratamento adequado conforme a causa da doença. Entre os fatores de risco para a osteoporose, estão:

  • uso contínuo de medicamentos que contribuem para a doença;
  • deficiência de cálcio no organismo;
  • alterações na tireoide;
  • fatores genéticos;
  • abuso de álcool;
  • envelhecimento;
  • sedentarismo;
  • menopausa;
  • tabagismo;
  • diabetes.

Tipos de osteoporose

A osteoporose divide-se em 2 tipos. A primária ocorre de forma espontânea. Já a secundária acontece devido a outro distúrbio, ou mesmo por um medicamento. Entenda melhor cada uma delas.

Osteoporose primária

A osteoporose primária afeta cerca de 95% das mulheres com a doença e em média 80% dos homens, especialmente mulheres no período pós-menopausa e em homens idosos. Entre as principais causas estão a falta do estrogênio, hormônio que tem sua produção diminuída rapidamente na menopausa

Em homens acima de 50 anos, os níveis de estrogênio são mais altos. Entretanto, também diminuem durante o envelhecimento, resultando em uma das causas da osteoporose. A deficiência desse hormônio pode aumentar a degradação óssea, causando rápida perda óssea. Essa perda pode ser ainda maior caso os níveis de ingestão de cálcio ou vitamina D sejam baixos.

Além disso, o aumento da atividade de glândulas paratireoides eleva a secreção de hormônio, estimulando também a decomposição dos ossos. Outros fatores também podem estar relacionados com a osteoporose primária, como o uso de medicamentos, tabagismo, consumo excessivo de álcool, estrutura corporal pequena, histórico familiar da doença, entre outros.

Osteoporose secundária

A osteoporose secundária corresponde a menos de 5% dos casos de osteoporose em mulheres e 20% em homens. A doença ocorre devido à outra enfermidade ou medicamento, como, por exemplo:

  • doença renal crônica;
  • hiperparatireoidismo;
  • doença de Cushing;
  • anticonvulsivantes;
  • artrite reumatoide;
  • hipertireoidismo;
  • corticosteroides;
  • quimioterápicos;
  • hipogonadismo;
  • progesterona;
  • diabetes;
  • câncer.

Como são os sintomas?

A osteoporose é uma doença que tem como caraterística não apresentar sintomas iniciais. Isso ocorre em razão da perda de densidade óssea gradual. Muitas pessoas com osteoporose nunca sequer apresentaram sintomas da doença. Contudo, quando fraturas ósseas começam a ocorrer, o indivíduo pode sentir dores conforme o tipo de fragmentação.

Essas rupturas se consolidam lentamente, resultando em deformidades, como o encurvamento da coluna vertebral. Já em ossos longos, como braços e pernas, as fraturas acontecem em extremidades. Os ossos da coluna, ou vértebras, têm maior risco de fraturas por osteoporose. Em partes como essas, as fragmentações ocorrem no meio ou parte inferior das costas.

Fratura por compressão vertebral

As fraturas de vértebras são as mais comuns relacionadas à doença, visto que as vértebras enfraquecidas podem sofrer lesões ou quebrar espontaneamente. Em sua maioria, a fratura por compressão vertebral não causa dor. No entanto, caso apresente, as dores podem ter início repentino, permanecendo em uma determinada região das costas e apresentando piora ao levantar ou andar, manifestando sensibilidade.

Fratura por fragilidade

Esse tipo de fratura ocorre após uma queda ou esforço relativamente pequeno, como queda da própria altura ou menos, incluindo queda da cama ou cadeira e normalmente não deveriam causar danos a um osso saudável. A fratura por fragilidade acontece na parte superior do osso do antebraço, chamado rádio, parte superior do osso da coxa, o fêmur, coluna vertebral, pelve e proeminência óssea na extremidade superior do osso da coxa, conhecido como trocânter. Entre elas, a mais séria é a do quadril, uma das principais causas de incapacidade e perda da autonomia entre idosos com osteoporose.

Como prevenir a osteoporose?

A prevenção da doença costuma apresentar mais êxito do que o próprio tratamento. Isso porque, prevenir a perda da densidade óssea é mais fácil restaurá-la quando já estiver perdida. Algumas medidas de prevenção auxiliam pessoas com perda óssea ou que apresentam fatores de risco para a perda óssea, com fratura por osteoporose ou não. A prevenção envolve fatores como:

  • abandono de hábitos nocivos, como o tabagismo;
  • evitar abuso de bebidas alcoólicas;
  • realização de exames preventivos;
  • dieta rica em cálcio e vitamina D;
  • prática de exercícios físicos;
  • evitar excesso de cafeína.

Além disso, outras medidas podem ajudar na prevenção de fraturas, evitando o aumento do risco em idosos. Devido à diminuição da coordenação, visão, fraqueza muscular, confusão e uso de medicamentos que podem provocar variações cognitivas, esse risco pode ser elevado. 

Desse modo, mudar o ambiente para proporcionar um espaço mais seguro é a melhor forma de evitar complicações. Retirar tapetes, afastar sofás, aumentar a iluminação e instalar barras de suporte são pequenas mudanças que podem garantir a segurança do idoso em casa.

O Dia Mundial e Nacional da Osteoporose contribui para a conscientização da importância da prevenção, diagnóstico precoce e tratamento da doença. Por isso, além de realizar medidas que evitam a osteoporose, certifique-se de manter as consultas e exames de rotina sempre em dia.

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