Uma das maiores glândulas endócrinas do corpo, a tireoide pesa entre 15 a 25 gramas em um indivíduo adulto. Apesar de seu tamanho, é uma estrutura de extrema importância, sendo responsável pela regulação de funções de órgãos como coração, rins, fígado e cérebro.
Por isso, o Dia Internacional da Tireoide é uma data tão necessária para conscientizar a população sobre a importância dos cuidados com a glândula. Além disso, também informa sobre a prevenção, desafios, formas de diagnóstico, principais distúrbios que afetam a tireoide e sintomas. A seguir, continue a leitura e confira mais informações sobre o assunto.
Qual o papel da tireoide no organismo?
A tireoide contribui na regulação de diferentes funções vitais, como respiração, sistema nervoso, frequência cardíaca, força, peso, temperatura, entre outras. Da mesma forma, interfere no crescimento e desenvolvimento de crianças e adolescentes, fertilidade, memória, humor e controle emocional. Assim, para garantir o funcionamento do organismo, equilíbrio e harmonia, a glândula deve estar em perfeito estado.
A principal função da tireoide é a produção de hormônios que são secretados no sangue e transportados para todos os tecidos do corpo. Esses hormônios ajudam no controle do metabolismo, mantendo o bom funcionamento do corpo. Desse modo, por meio dos hormônios, a tireoide influencia grande parte dos processos metabólicos em nosso corpo.
Qual a importância do Dia Internacional da Tireoide?
Segundo projeções do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2023, cerca de 16.6 mil novos casos de câncer de tireoide no Brasil. Esse valor ultrapassa o número registrado no ano anterior em 20%. Contudo, quando detectado precocemente, o câncer de tireoide apresenta taxa de sucesso em seu tratamento de até 97%.
O Dia Internacional da Tireoide visa oferecer informações relevantes que contribuam para o reconhecimento dos sintomas. Além disso, incentiva a população a procurar assistência médica não só ao identificar alterações, mas também de forma preventiva. Isso permite que o diagnóstico precoce ocorra, melhorando as chances de cura.
Quais as principais doenças que afetam a tireoide?
Os distúrbios que afetam a tireoide podem prejudicar a saúde e qualidade de vida. Afinal, provocam complicações e podem colocar a vida do indivíduo em risco quando não tratados, sejam eles por ordem congênita, transtornos autoimunes ou por medicamentos. A seguir, conheça as principais doenças que podem afetar a glândula tireoide.
Hipertireoidismo
O hipertireoidismo é uma doença que tem como característica o aumento excessivo na produção dos hormônios da tireoide, a tri-iodotironina (T3) e a tiroxina (T4). A elevação hormonal acelera o metabolismo e provoca sintomas em todo o corpo, afetando desde o ritmo cardíaco até o funcionamento do sistema nervoso.
No hipertireoidismo, a tireoide produz e libera grandes quantidades de T3 e T4 na corrente sanguínea. Esse aumento dos hormônios pode afetar o coração e causar taquicardia. Além disso, provoca sintomas como ansiedade, insônia, nervosismo e intolerância ao calor. Seu tratamento do hipertireoidismo depende das causas e pode envolver medicamentos, terapia com iodo radioativo, cirurgia ou uma combinação desses tratamentos.
Hipotireoidismo
O hipotireoidismo trata-se de um dos distúrbios mais comuns da glândula. Nesse caso, ocorre a redução na produção dos hormônios T3 e T4, interferindo em diversas funções do organismo, como os batimentos cardíacos, o ritmo intestinal, o humor e o ciclo menstrual feminino. No hipotireoidismo, a quantidade de T3 e T4 na corrente sanguínea é reduzida e pode ocorrer devido a doenças autoimunes, como a tireoidite de Hashimoto.
Por sua vez, o hipotireoidismo pode causar ganho de peso, dificuldade em emagrecer, além de insuficiência cardíaca, problemas renais, intestino lento, ressecamento da pele e risco de glaucoma. Em crianças, pode ocorrer a redução hormonal da tireoide, prejudicando o crescimento levando a deficiências intelectuais. Entre as causas mais frequentes para o hipotireoidismo em crianças e adolescentes está a Síndrome de Hashimoto. No entanto, é possível diagnosticar a condição por meio do teste do pezinho, exame feito entre o 3º e 7º dia de vida.
Nódulos tireoidianos
Os nódulos tireoidianos são crescimentos anormais na glândula, podendo ser benignos ou malignos. Eles estão entre as doenças da tireoide mais comuns e afetam pessoas de todas as idades. No entanto, são mais frequentes em mulheres e em indivíduos acima dos 60 anos de idade.
A maioria dos nódulos tireoidianos não apresenta sintomas. Dessa forma, são descobertos incidentalmente em exames de imagem realizados por outras razões. Contudo, em casos mais graves, os nódulos podem provocar aumento visível do pescoço, dificuldade para engolir ou respirar, rouquidão, sensação de pressão ou desconforto na região da tireoide.
Desse modo, o diagnóstico ocorre por meio de exames clínicos e laboratoriais. A biópsia é o método mais confiável para determinar se um nódulo é benigno ou maligno. O procedimento inclui a retirada de uma pequena amostra de tecido do nódulo para análise laboratorial. O tratamento pode variar conforme o tipo e a gravidade. Em nódulos benignos e assintomáticos, o tratamento pode não ser necessário. Entretanto, o paciente é monitorado regularmente, visando avaliar se o nódulo está crescendo ou apresentando alterações.
Bócio
O bócio caracteriza-se pelo aumento do tamanho da glândula, e pode ocorrer por diferentes fatores. Entre eles, a deficiência de iodo na dieta, problemas de funcionamento da glândula tireoide, inflamação ou infecção. Além disso, alguns medicamentos e substâncias químicas podem afetar a função da tireoide e levar ao desenvolvimento do bócio.
Os sintomas do distúrbio podem variar entre o aumento visível do pescoço, dificuldade para engolir ou respirar, rouquidão e sensação de pressão ou desconforto na região da tireoide. Em casos mais agudos, o bócio pode afetar a produção de hormônios tireoidianos. Assim, provoca problemas como hipotireoidismo ou hipertireoidismo.
O diagnóstico do bócio é feito por meio de exames clínicos e laboratoriais como ultrassonografia, dosagem de hormônios tireoidianos e biópsia. O tratamento varia conforme a causa e a gravidade, e pode incluir medicamentos, terapia de reposição hormonal ou cirurgia para remoção de parte ou toda a glândula tireoide.
O Dia Internacional da Tireoide tem como compromisso a conscientização por meio de informações relacionadas à glândula, suas funções e principais distúrbios. No entanto, como forma de prevenção, a data também alerta sobre a importância do diagnóstico precoce e exames preventivos, evitando o desenvolvimento de doenças que afetam a tireoide e suas complicações.
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