Será que você já parou para pensar na seguinte pergunta: otorrinolaringologista cuida de quê? A longa palavra que dá nome a esta especialidade médica ajuda a estimular diversas dúvidas sobre a atuação do profissional.
Na verdade, o termo é resultante da aglutinação das palavras de origem grega oto (orelha), rino (nariz) e laringo (garganta), identificando uma área médica que apresenta uma série de subespecialidades de âmbito clínico ou cirúrgico.
Então, se você não sabe ao certo responder à nossa pergunta inicial, leia o artigo completo a seguir e compreenda melhor essa profissão e as doenças que podem ser tratados pelo otorrino. Acompanhe!
Afinal, otorrinolaringologista cuida de quê?
O profissional otorrinolaringologista é responsável por cuidar basicamente dos problemas envolvendo os seios da face, o nariz, os ouvidos, a faringe e a laringe. Isso significa que a atuação desse profissional exerce impacto direto no bom funcionamento de algumas das mais importantes funções e sentidos do corpo, tais como a fala, a audição, o olfato e a respiração, além de tratar de doenças relacionadas ao equilíbrio – incluindo a labirintite, por exemplo.
Para se tornar um otorrinolaringologista, o profissional deve formar-se em medicina e posteriormente fazer residência na área. No total, o tempo de estudo dura em torno de nove anos. E para aqueles que desejam obter mais expertise em uma subespecialidade, é necessário cursar mais um ano de especialização, a fim de se aprimorar na área de interesse.
Principais doenças tratadas por otorrinolaringologistas
Se ainda assim você está se perguntando “otorrinolaringologista cuida de quê?”, vamos então à prática! Geralmente, o otorrinolaringologista entra em cena depois que o paciente passa por um clínico geral, pediatra ou geriatra e recebe o encaminhamento para se consultar com o especialista.
Em alguns casos, quando o paciente identifica o problema nas regiões cuidadas pelo otorrino, é possível marcar uma consulta diretamente com o profissional.
Entre os sintomas mais comuns das doenças tratadas por otorrinolaringologistas estão:
- Obstrução nasal;
- Dores de cabeça;
- Dor na face;
- Secreção e sangramento nasal;
- Pressão e zumbido no ouvido;
- Tontura;
- Febre;
- Apatia;
- Secreção e dor no ouvido;
- Dificuldade para engolir;
- Rouquidão;
- Roncos e problemas de sono;
- Vermelhidão e inchaço no canal auditivo;
- Dor de ouvido intensa e contínua.
E esses sintomas são característicos de uma série de condições. Descubra a seguir, quais são as principais doenças e problemas tratados pelo profissional otorrinolaringologista.
1. Otorrinolaringologista e sinusite
A sinusite é uma das mais comuns doenças otorrinolaringológicas e refere-se à inflamação do revestimento interno dos seios perinasais. Entre os tipos de sinusite, estão a sinusite frontal, que afeta os seios frontais; a sinusite maxilar, que afeta um ou mais seios maxilares; a sinusite etmoidal, que afeta os seios etmoidais anteriores ou posteriores; a sinusite esfenoidal, que afeta o seio esfenoidal; e a pansinusite, que é quando todos os seios perinasais são afetados.
Ainda, a sinusite pode ser classificada como aguda, quando os sintomas têm duração inferior a quatro semanas, ou crônica, quando perduram por 12 ou mais semanas. Sintomas como dor de cabeça, pressão facial, obstrução nasal, nariz entupido, febre e outros podem surgir.
O tratamento da sinusite pode incluir inalar vapor, instilar spray ou solução salina no nariz, aplicar vacinas, fazer uso de antibióticos ou outros medicamentos e mesmo realizar cirurgia sinusal conforme indicação médica.
2. Otorrinolaringologista e rinite
Classificada como alérgica, infecciosa ou mista, a rinite refere-se a uma inflamação da mucosa do nariz, que pode ser desencadeada ou agravada a partir da exposição a microrganismos como vírus, bactérias ou alérgenos que ficam dispersos no ar e penetrarem no epitélio respiratório.
Outros desencadeantes como mudança de clima, inalação de ar frio e seco e ingestão de medicamentos anti-inflamatórios também podem ser considerados.
O tratamento para rinite pode contemplar imunoterapia para lidar com as crises, fazer controle ambiental na residência e local de trabalho e, no caso do tipo alérgico, evitar contato com o elemento que atua como alérgeno.
3. Roncopatia
Comumente conhecida como “ronco”, a roncopatia está associada ao esforço respiratório durante o sono, que estreita toda a via aérea superior, dificultando a passagem do ar em direção aos pulmões.
A roncopatia está relacionada, principalmente, ao excesso de peso, à flacidez dos tecidos, à hipertrofia das amígdalas, entre outros desencadeadores.
O tratamento costuma incluir mudanças no estilo de vida – como adotar uma prática física regular e uma alimentação mais equilibrada para reduzir o peso por exemplo, o uso de aparelhos, próteses e adesivos para dormir ou, ainda, submissão a procedimento cirúrgico.
4. Laringite
Como a própria denominação sugere, a laringite é uma inflamação na laringe, que pode ser causada por infecções provocadas por vírus, por bactérias, por parasitas ou ainda fúngicas, como é o caso da candidíase, provocada pela Candida Albicans.
Entre seus sintomas característicos encontram-se dor de garganta, sensação de mal-estar e alteração na voz (como rouquidão) ou até mesmo a perda total. Ainda, a sensação de formigamento na garganta também é bastante comum. Em casos mais severos, febre e dificuldade para engolir também podem ocorrer.
Seu tratamento costuma variar conforme os sintomas apresentados. As indicações podem incluir o descanso da voz, aumento de consumo de água, ingestão de calmantes para a tosse, inalação de vapor, uso de antibiótico, entre outras ações.
5. Otorrinolaringologista e amigdalite
Apesar de afetar geralmente as crianças, a amigdalite pode se manifestar em pessoas de todas as faixas etárias e, em alguns casos, repetidamente. A inflamação das amígdalas traz sintomas como dor de garganta e de ouvido, febre, halitose, rigidez no pescoço, manchas amareladas nas amígdalas, dificuldades para engolir e alteração na voz.
Vale ressaltar que a amigdalite é geralmente uma inflamação passageira: quando não há complicações no quadro, o paciente se recupera no período entre cinco e sete dias.
O tratamento dessa condição pode incluir, entre outras ações, o uso de anti-inflamatórios e de antibióticos. Ainda, a cirurgia de retirada das amígdalas pode ser recomendada pelo médico responsável pelo caso.
6. Desvio do septo nasal
Trata-se de distúrbio na parede de cartilagem entre as narinas. A obstrução e congestão nasal são as principais consequências do desalinhamento do septo. Existem diferentes graus de desvio e, quanto mais elevado for, mais a entrada de ar será dificultada.
O médico otorrinolaringologista, utilizando um espéculo nasal, consegue verificar facilmente se há ou não desvio do septo do paciente. Nos casos em que o desvio esteja dificultando a atividade respiratória, a cirurgia pode ser indicada.
7. Distúrbios da deglutição
Também conhecida como disfagia, a doença é caracterizada pela dificuldade de engolir, ou seja, de fazer a deglutição de alimentos ou de líquidos. O problema apresenta taxa de incidência elevada, atingindo cerca de 6 a cada 10 pessoas.
Esse tipo de distúrbio geralmente não é tratado como uma patologia em si, mas como um sintoma compartilhado de diversas doenças da orofaringe ou sistêmicas.
Portanto, entre suas causas podem estar efeitos adversos a medicamentos, doenças infecciosas, doenças metabólicas, entre outras. Os seus sintomas característicos podem contemplar eructações (arrotos), engasgos, tosse, refluxo alimentar, sensação de azia e queimação. Estresse e mastigação escassa e apressada podem agravar o problema.
Seu tratamento age na causa que gerou a disfagia, demandando comumente também o tratamento das patologias associadas. Ainda, a recomendação de exercícios objetivando a melhora da fisiologia da deglutição também pode ser feita, assim como a indicação de fracionamento das porções de comida e de mudanças na dieta. Cirurgias específicas também podem ser sugeridas pelo otorrinolaringologista.
8. Polipose nasal
Trata-se de um processo inflamatório crônico da mucosa nasal, com a formação de pólipos benignos – isso é, de um tumor benigno na mucosa do nariz. Essa doença interfere bastante na manutenção da qualidade de vida de seu portador, dificultando seu processo respiratório e bloqueando a passagem de aromas, reduzindo assim a capacidade olfativa. Há estimativa de que entre 1 e 4% da população apresente esta condição.
Entre seus sintomas característicos estão obstrução nasal, cefaleia e tosse. Em boa parte dos casos, o tratamento da polipose nasal é clínico cirúrgico.
9. Anosmia
Refere-se à perda do olfato. Entre as causas comuns do problema estão traumatismo craniano ou infecções virais e doença de Alzheimer. Também pode ser parte do processo de envelhecimento natural do indivíduo. Ainda não há um consenso sobre o papel do cigarro no processo, porém, geralmente entende-se que o fumo oferece fatores de risco para o desencadeamento da condição.
Infelizmente, mesmo com o tratamento das causas, nem sempre se recupera totalmente o sentido do olfato.
10. Síndrome de apneia obstrutiva do sono
Caracteriza-se pela obstrução total ou parcial recorrente das vias aéreas superiores durante o período de sono. Essa condição costuma manifestar-se sobretudo entre homens com problema de obesidade.
Entre seus sintomas característicos estão pausas na respiração por 10 segundos em pelo menos cinco episódios por hora de sono, ronco, sono agitado, hipertensão, dificuldade de concentração, entre outros.
O tratamento costuma variar conforme a gravidade do caso, sendo que, entre as principais recomendações, está a de diminuir os fatores agravantes da condição – incluindo, por exemplo, lidar com problemas de obstrução nasal, perder peso, evitar o consumo de bebidas alcoólicas e cigarro, principalmente antes de dormir. Próteses e máscaras para dormir também podem ser recomendadas pelo médico responsável pelo caso, assim como procedimentos cirúrgicos.
11. Otorrinolaringologista e tumores
Alguns pacientes também procuram o otorrinolaringologista em casos de tumores na cabeça, no pescoço, na laringe, na tireoide e nas glândulas salivares, por exemplo.
De modo geral, nas situações de tumores benignos, os chamados osteomas são os mais frequentes, seguidos pelos hemangiomas e papilomas.
Vale ressaltar que diversos sintomas iniciais causados pelos tumores são bastante semelhantes aos apresentados por quem tem rinossinusite – incluindo rinorreia e obstrução nasal. E isso pode levar à interpretação equivocada do problema e até em automedicação inapropriada, o que pode gerar prejuízos expressivos em termos de evolução do problema.
Portanto, tenha em mente que o otorrinolaringologista é o profissional indicado para o diagnóstico precoce do tumor e, ao apresentar o menor sinal – o que costuma incluir redução do nível de audição ou zumbido no ouvido – procure um especialista de confiança.
Quanto ao tratamento, para casos de tumores, a solução costuma envolver procedimentos cirúrgicos. Radioterapia também pode ser indicada em algumas situações.
12. Otite
Trata-se de uma infecção do ouvido, de maior incidência entre o público infantil. Esse tipo de quadro costuma gerar alguma dor, em decorrência da inflamação.
Há três tipos de otite: a otite média, quando o ouvido médio é envolvido, a otite externa, problema que abrange desde o canal do ouvido até a membrana do tímpano e a otite interna, problema grave que atinge o ouvido interno. Ainda, sua classificação abrange a otite aguda – não durando mais de duas semanas e com resolução comumente facilitada – e a otite crônica, quando o problema dura mais de um mês sem alívio dos sintomas.
Infecções bacterianas ou virais estão entre as causas mais comuns para se desenvolver otite. Para o tratamento da otite média e externa, costuma-se recomendar medicamentos e cuidados locais. Já para a otite interna, o tratamento costuma ser hospitalar, dado seu potencial de evolução para meningite ou encefalite.
13. Faringite
Refere-se a uma infecção ou inflamação na faringe. Essa é a patologia infecciosa de vias aéreas respiratórias mais comum durante o período da infância. Cabe ressaltar que, por vezes, a infecção viral afeta também a região das amígdalas – gerando a chamada faringoamigdalite.
Entre os sintomas característicos da faringite estão dor de garganta, dificuldade para engolir, coriza, espirros, tosse seca e, em alguns casos, dificuldade para respirar.
Seu tratamento geralmente inclui repouso, umidificação do ambiente, hidratação frequente da garganta, administração de fármacos, entre outros recomendados pelo especialista médico.
14. Surdez
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), 14% da população brasileira sofre de surdez. Ainda, conforme levantamento da entidade, cerca de um bilhão de pessoas no mundo, atualmente, correm riscos de ficarem surdas. Dada a importância de, quando cabível, se tomar ações preventivas, a organização determinou o combate à perda auditiva como uma das suas cinco prioridades para o século 21.
Em linhas gerais, surdez é a impossibilidade ou dificuldade de ouvir. Ela é classificada em ligeira, média, severa, profunda e cofose (sendo essa última a surdez completa), e pode acometer um ou ambos os ouvidos.
Há diversos fatores que podem desencadear esse problema, tais como histórico familiar e predisposição genética, viroses, uso de determinados medicamentos, exposição a ruídos de alta intensidade, traumas na cabeça, alergias, infecções, entre outros. O fator idade também exerce impacto para a manifestação da condição.
Em alguns casos a surdez é reversível. Entre as ações recomendadas para lidar com o quadro podem estar mudanças no estilo de vida, implante coclear, uso de aparelho de audição e cirurgia.
Quanto a esse aspecto, cabe lembrar de que o médico dessa especialidade também é acionado para a chamada triagem neonatal auditiva – conhecido popularmente como teste da orelhinha. Esse procedimento ajuda a detectar precocemente possíveis casos de perdas auditivas nos recém-nascidos. Desse modo, se o teste apontar alterações, o bebê é encaminhado para avaliação diagnóstica otorrinolaringológica e audiológica, podendo iniciar imediatamente um programa de reabilitação auditiva.
E para responder àquele questionamento inicial – otorrinolaringologista cuida de quê? –, saiba que, além dessas, ainda há outras doenças e problemas comumente tratados pelo otorrinolaringologista, como: perfuração do tímpano; distúrbios do equilíbrio; malformações congênitas do canal auditivo; amígdalas aumentadas; lesões diversas na boca ou língua; câncer de garganta, laringe ou da cavidade oral; nódulos na garganta; epistaxe; aumento da adenoide; paralisia, deformidade ou trauma facial; cirurgia estética da face; entre diversos outros.
Otorrinolaringologista na Clínica Croce
A otorrinolaringologia é uma das áreas de especialidade da Clínica Croce, sob a responsabilidade da Dra. Aline Garcia Fagan, médica especialista nas áreas de otorrinolaringologia, rinologia e cirurgia endoscópica endonasal e base de crânio.
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